O Poder eo Sonho

Capítulo 57 - Seu Ato Final

Quando Tamara chegou naquela festa teve certeza. Havia tanta gente ali que nunca a encontraria. Estava ali e não desistiria agora. Pati cumprimentou mil pessoas, depois a deixou perto do bar com seu amigo que era amigo do amigo do DJ, e disse que descobriria onde ela estava para que Tamara parasse com aquela cara. Depois de quase uma hora ela voltou, meio escabelada e com o batom borrado. Tamara se enfureceu.

--Porra Pati! Me trouxe para ficar se agarrando com alguém por aí?! – A outra respondeu sorridente.

--Século vinte um! Sexo livre, amor livre! Não esqueça meu lema! Nada de egoísmo! E você é mal agradecida! Eu estava atrás de informações pra você! – Tamara respondeu indignada.

--Onde?! Dentro de uma puta?! – Pati riu.

--Não, dentro da aniversariante e, nossa! Ela é... Nossa!

--Ah me poupa tá Pati, vou embora! – A outra a segurou pelo braço.

--Ei, descobri onde ela tá! – Tamara sorriu e seus olhos ficaram curiosos.

--Star te disse?!

--Não, mas eu insisti e ela disse que ela estava ocupada agora, e olhou pra lá! – Disse apontando a VIP principal que era a única com cortinas fechadas. Tamara sorriu para ela e beijou sua bochecha. – Ei eu merecia um na boca! – Tamara negou.

--Não, ainda tem muita baba da Star em você! – E saiu correndo pelo meio das pessoas subindo as escadas.

Quando Tamara abriu a porta, o que viu ali não era o que imaginou. Mas quando viu Carla tirar Nanda do colo com ódio teve certeza, precisava falar.

--Preciso falar com você! – Disse.

--Já disse que não tenho nada pra falar com você! – Nanda respondeu. Carla estava enfurecida.

--Fiquem à vontade! – Carla disse e foi saindo. Tamara segurou seu braço.

--Não! Eu vim falar com você! – Carla se espantou.

--Comigo?! Ora! Não bastou esse nariz todo ferrado?! Quer que eu te mate de pancada sua puta?! – Tamara suspirou. Imaginou que ouviria algo assim. Fechou a porta atrás de si.

--Cosmo, só escute sim?! Me apaixonei por Nanda! Acreditei que ela era o amor da minha vida! E ela escolheu você! – Carla deu um passo atrás recuando. Parecia assustada.

--Não quero ouvir você! Sua cretina! Veio jogar na minha cara? – Tamara suspirou mais uma vez.

--Jogar o que na sua cara?! Que eu e Nanda somos idênticas, nos entendemos e gostamos das mesmas coisas e mesmo assim é você que ela ama? Que ela me rejeitou quando soube o que eu sentia? – O rosto de Carla parecia confuso.

--Pare com isso! Pare com essa... Eu vi vocês. Eu vi ela nos seus braços! Ninguém me disse! Eu vi! – Uma lágrima furiosa fugiu dos olhos dela. Tamara respirou fundo mais uma vez.

--Eu me apaixonei pela Nanda! Achei que era meu grande amor! Mas nunca disse isso a ela! Eu sofri calada enquanto ela me contava o quanto te amava! Eu quis dar a ela todo amor que houvesse nesta vida, mas ela só via você! Estava tão perdida de amores por você que nem notava meus sentimentos! No dia que ela me pediu para ser sua madrinha de casamento, eu não suportei e a beijei! Ela não correspondeu, me rejeitou, mais uma vez declarou que você era a mulher da vida dela! Encerrou com nossa amizade e se foi! Foi isso que você viu! – Lágrimas banharam o rosto de Carla.

--Não! Não... – Carla soltou confusa. Tamara resolveu concluir.

--Bom, você pode acreditar ou não! Mas estou indo pro Canadá amanhã com minha banda, e só queria encerrar isto antes de ir. Porque foi o que aconteceu! Vou repetir. Eu a beijei e ela não correspondeu! Nanda nunca foi o amor da minha vida, ela é o amor da sua vida, então espero que não seja idiota o bastante para deixar isso passar assim. Acho que já fui idiota o suficiente por nós três nesta história. Eu espero mesmo que se acertem. Não posso dizer mais nada! Adeus!

Tamara saiu daquela sala se sentindo leve. Encontrou Pati e saíram dali, para outra balada, para outro país, outra vida. Liberta desta história da qual com certeza havia feito parte, ela saiu de cena, para seguir novos rumos, amar e ser feliz.