--Está pronta? Como está? – Nanda perguntou a Carla em frente à Fondation de l'enfant Rejane Nataniel. – Carla sorriu nervosa.
--Feliz! – As duas entraram. Logo os amiguinhos chamavam por Augustã contando que havia visita para ele. O pequeno veio correndo, jogou-se nos braços de Carla, depois passou aos de Nanda, e assim trocou de colo umas quatro vezes, distribuindo abraços e beijos. Ele esperneou em seu jeito hiperativo e desceu do colo de Carla. Em pé e muito sério determinou.
--Quero mostrar uma coisa importante, muito importante! Pras duas! – Levou-as pela mão até o grande quarto que compartilhava com outros garotos. Sobre sua cama, apontou um mural de adesivos de estrelinhas metálicas douradas, aquela que Carla havia dado a Nanda uma vez. Carla estava impaciente.
--Nossa! Quantas você ganhou essa semana?
--Ganhei aquelas três por fazer as tarefas, ganhei aquela por não brigar, e tá vendo aquela estrelona bem ali? Ela é muito importante! É porque eu tô já um ano todinho sem chupeta! Agora sou homem! Amo estrelinhas! – Carla sentou na cama e pegou o homem que amava estrelinhas no colo. Puxou Nanda para que sentasse ao lado deles.
--Filho, tenho uma coisa muito importante para te contar! Lembra que eu disse que um dia você ia pra sua casa e que era só esperar? – Ele moveu a cabeça.
--Sim Maman, e eu estou esperando, estou me comportando juro! – Nanda limpou uma lágrima que lhe escapou.
--Não precisa esperar mais Augustã, você vai pra casa! – Ele sorriu arregalando os olhinhos.
--Por quantos dias? – Carla puxou um papel do bolso.
--Pra sempre! Está vendo este papel? Olha seu nome aqui. Sei que não consegue ler bem ainda, mas aqui está escrito Augustã Paim. Significa que você é meu filho, e vamos morar juntos, e você já pode voltar a me chamar de Maman todo o tempo! Pode contar pra todo mundo que você é meu filho! – Ele levantou do colo dela e tentou sair correndo. Carla o segurou assustada. – Ei, onde vai?! – Ele virou para ela com um sorriso imenso no rosto.
--Contar pra todo mundo Maman! – As duas riram.
--Certo filho. Despede dos seus amiguinhos e diz que vai vir sempre visita-los está bem? – O pequeno concordou com a cabeça e saiu correndo. Carla levantou. Estava engasgada, não conseguia respirar. Nanda tinha lágrimas na face, segurou o rosto de Carla com as duas mãos, olhou em seus olhos.
--Ei Amor! Vamos! Chore! – Carla começou a chorar forte e rir ao mesmo tempo. Nanda a abraçou e aconchegou o rosto dela em seu pescoço. Ela estava chorando tudo que não chorou quando levaram seu menino, unindo com as lágrimas de felicidade por tê-lo de volta.
Dentro de alguns minutos elas saíam dali, com o pequeno ao meio delas, cada uma a segurar-lhe uma mão. Não havia nenhuma palavra para definir aquele momento. Talvez a que mais se aproximasse fosse plenitude. Estavam plenas, de amor e felicidade.
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O Poder eo Sonho
عاطفيةNanda é a garota hétero romântica. Ama estrelas e borboletas, acredita seriamente em vida em outros planetas, e sonha com o amor perfeito. Sabe que vai encontrar um amor doce, sensível e especial. Carla é objetiva. Ama o poder acima de tudo, tem suc...