Capítulo 17 - Estrelas

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Nanda olhou para uma porta azul de metal em um dos prédios de Lyon. Abriu mais os olhos, olhou para os lados e sorriu curiosa. Seria mais um dos Les Traboules, aquelas passagens secretas? Abriu a porta e assim que entrou no corredor foi puxada pelo braço. Carla colou-a na parede, prensada por aquele corpo quente.

--O que está fazendo aqui? – Nanda perguntou assustada. Os olhos de Carla eram fogo puro, escuros, ameaçadoramente sexys. Com a voz rouca ela respondeu.

--Vim te roubar outro beijo! – E mergulhou em seus lábios daquela maneira dominadora que só ela sabia. Seu corpo pressionou-se mais ao de Nanda, e ela sentiu-se aquecer inteira. Uma das mãos de Carla segurou seu peito, desceu pela cintura, apertou sua bunda, e encontrou seu sexo sob o vestido que usava. A mão abusada dela acariciou seu sexo por sobre a calcinha, Nanda sentiu seu sexo pulsar e molhar inteiro. As bocas se separaram e Nanda gemeu. Então acordou com a mão no meio das pernas totalmente quente.

Já se contorcendo puxou a calcinha para o lado e apertou o sexo totalmente encharcado. Sussurrou.

--Ai Carla! Até nos meus sonhos?! Nossa que delícia você é! – E estremeceu retesando o corpo que acordou praticamente num orgasmo, gozando aos poucos sentindo aquela energia lhe percorrer enquanto de olhos fechados pensava naquela boca linda.

Alguns minutos depois, deitada com o rosto enterrado em travesseiros, pensava que loucura foi aquela. Tinha gozado se acariciando muitas vezes, mas nunca pensando em ninguém. Resolveu não pensar mais nisso e foi para o banho. Tinha um relatório para entregar na próxima semana e tinha muito a fazer.

Nanda passou o dia todo trabalhando. Relatórios e mais relatórios de atividade espacial foram analisados. Vídeos e mais vídeos foram assistidos, e mesmo sabendo o que estava fazendo, mesmo dando atenção àquele material, parte dela passou o dia pensando em Carla.

Sabia que não podia se entregar simplesmente a ela. Isso podia aplacar tudo que estava sentindo, mas também podia aumentar tudo ainda mais. Independente de qualquer coisa que estivesse confusa em si, sabia que Carla a atraía. Talvez nada, nem o espaço onde tantas horas se perdeu a atraísse tanto quanto Carla a atraía! Precisava vê-la! Mas estava resistindo.

Já era noite quando saiu disposta a dar uma volta, mas esta volta a levou direto até o portão de Carla, como se ela tivesse um imã, que lhe puxasse para perto e Nanda já não pudesse resistir àquela ação de atração. As luzes estavam acesas. Tocou o interfone.

-- Qui est? (Quem é?) – Era gostoso ouvi-la falar francês.

--Sou eu... A Nanda. – Carla rapidamente abriu a porta da frente e veio sorrindo abrir o portão. Ela estava linda com um short de malha justo com barra arredondada, com apenas o que parecia o pedaço de uma camiseta sobre o peito. Era como uma camiseta muito fina da qual foram cortadas as mangas, a gola e a parte da barriga, então não lhe cobria quase nada e Nanda tinha a visão de todo aquele belo corpo. Esquentou por um momento.

--Surpresa boa! Entra. – Ela disse sorrindo e abrindo o portão.

--Não, vim te convidar pra ver as estrelas comigo. – Carla pareceu em dúvida.

--Ver estrelas? Como assim? – Nanda fez uma cara séria, do tipo "ela só pode estar brincando!".

--Ver estrelas! Você e eu sentamos em algum lugar, olhamos para cima, e vemos as estrelas! Mas se estiver ocupada ou não quiser... – Carla a interrompeu.

--Não! Eu vou! Estava malhando, mas já acabei. Entra e me espera tomar um banho? Estou suada! – Nanda concordou com a cabeça e olhou mais uma vez aquele corpo. Estar suada podia parecer algo que devia repeli-la, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário. Por um momento teve vontade de agarrar-se àquele corpo suado, tão bem desenhado. Entraram pela porta.

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