Capítulo 41 - Família

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Davi estranhou quando a campainha tocou. Quando abriu a porta a própria moradora do apartamento estava ali.

--VOU ME CASAR! AAAAAAHHH! – Davi gritou e deu pulinhos junto com ela e puxou-a para o sofá. Nos olhos dos dois muita alegria.

--Me conta isso direito criatura! Quando? Ela te pediu? Como foi? Quero ser o padrinho! Padrinho nada! Quero ser a madrinha! De vestido e tudo! – Nanda sacudiu as mãos tentando se acalmar. Então olhou sorridente para a mão e mostrou a aliança.

--Ela pediu! Não sei como nem quando ela pensou nisso, mas ela pediu! Ah Davi! Era tudo que eu mais queria! Foi do jeito dela! Daquele jeito maluco e apaixonante dela! Ela me levou onde a gente bateu o carro e disse que lembrava de me chamar de retardada, e que só queria dizer que me amava e pediu! – Davi riu.

--Eu não te disse que daria uma boa história?! Como vai ser isso?!

--Por ela casávamos hoje! Agora! Mas eu decidi que devemos planejar tudo depois da final da UEFA. Ela não admite, mas está sob muita pressão. Só que... Ai, não sei se estou me precipitando, mas eu a amo tanto! Amo Augustã e amo Carla e... Simplesmente não quero ficar sem eles! Toda vez que venho para casa, quase morro de saudade! Já não consigo dormir direito sem estar nos braços do meu amor, e sinto falta demais de pôr aquele pequeno na cama todas as noites, dele nos acordar pulando na cama de manhã! Por isso decidi que vou morar com Carla. Amanhã! Diz que não é uma loucura Davi! Diz que não tô fazendo nada errado! – Ele sorriu.

--Nanda, como vou dizer que está se precipitando se vocês já não se largam? Carla te ama, ela te trata com tanto carinho, e você e aquele garoto são doidos um pelo outro! Nanda vocês formam uma bela família! E eu estou mesmo muito feliz por vocês! – Nanda o abraçou.

--Obrigado Davi. Você é mesmo um irmão pra mim! E lógico que vai ser meu padrinho!

--Lógico que serei! Assim que começar a planejar o casamento eu volto te ajudar. – Nanda tinha o olhar animado.

--Eu mal consigo esperar pra contar ao Augustã! – Davi olhou o relógio no pulso.

--Ainda não são nem sete. Porque não faz isto agora? – Nanda negou.

--Não, é sua última noite aqui. Vou ficar em casa com você. – Ele segurou suas mãos e sorriu.

--Nanda, sempre estive na sua vida e sempre vou estar. Não sou novidade! Sei o quanto significamos um para o outro, mas você vai começar uma nova família! Porque não hoje? Porque não agora?! Sai correndo daqui e vai beijar sua mulher e seu filho! Vai ser feliz, e isso vai me deixar feliz também! Vai logo! – Ele tinha os olhos brilhantes de alegria. Se despediram com um abraço muito apertado e Nanda saiu correndo.

Chegando na casa de Carla, que agora seria a sua, encontrou-os deitados na sala assistindo futebol. O pequeno já de pijama saltou em seus braços animado.

--Nanda! Você voltou mesmo! Maman disse que nós tinhamos que dormir sem você hoje! – Nanda jogou-se no sofá embolada nos dois. Carla a beijou.

--Voltei sim Augustã. O que estão assistindo? – Ele respondeu animado.

--A final da Libertadores, de... De quando Maman? – Carla respondeu.

--2006, jogão, mas pode escolher um filme. – Nanda negou.

--Não, eu posso assistir o jogo. – Apertou o pequeno no seu abraço. – Se as duas pessoas que mais amo gostam disso acho que posso gostar também! – Virou para Carla tímida. Sussurrou. – Amor como eu conto pra ele? – Carla sorriu e sussurrou de volta.

--Contando. É só contar. – Nanda negou.

--Amor... Sou atrapalhada pra... Conta pra ele! – Carla espalhou o cabelo dele com os dedos.

--Ei Augustã! – Ele virou para ela prestando atenção. – Imagina uma surpresa muito boa! – Os olhinhos castanho mel brilharam na espera. – Eu pedi que a Nanda case comigo, e ela disse sim. – O pequeno ainda estava em dúvida. – Significa que ela vai morar com a gente, para sempre! – O sorriso bobo que se abriu no rostinho dele, era bem parecido com aqueles sorrisos bobos e lindos que Nanda tinha. Ele segurou o rosto dela com as duas mãozinhas.

--Você não vai mais embora tá bom? – Ela riu.

--Tá bom!

-- E eu vou te chamar de Mãe como Maman chama minha vó! Pode ser a Mãe de mim? – Nanda secou uma lágrima e deu muitos beijos no menino rindo.

--Posso! Eu vou gostar muito de ser a Mãe de ti meu Lindo! – Carla tentou se desvencilhar deles e Nanda a segurou. Ela tentava fugir pois chorava disfarçada. Ele fez carinha manhosa.

--Posso pedir mais uma coisa só hoje, só uma coisa? – As duas concordaram com a cabeça. – Posso dormir junto hoje? Deixa! Ah deixa Mãe! – O coração de Nanda acelerou por um momento. Era uma sensação incrivel ser chamada assim pela primeira vez! Nunca esqueceria aquele breve instante da sua vida. Aquele momento tão simples mudaria sua história para sempre!

Naquela noite dormiu rodeada de amor, com a mulher que amava mais que tudo no mundo, aquele serzinho que escolheu para amar como seu entre elas, tranquilo e protegido, e um gatinho Esquisito nos pés deles. Era uma combinação nada formal, mas qualquer um que entenda o que significa amor, veria que aquilo, era uma família.

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