Capítulo 1 | Um áudio Pornô

85K 5.7K 6.6K
                                    

─────────⊱◈◈◈⊰─────────
P.o.v Isabelle Cameron:
─────────⊱◈◈◈⊰─────────

— Dá pra tirar esse cu fedorento da minha cara, por favor!? – Grito com o idiota do Isaac.

Ele está de quatro no banco do carro, pegando sei lá o que no porta malas.

— Eu só tô procurando meu carregador portátil… – Ele se defende.

— A gente tá a 15 minutos de casa, inferno! Senta esse cu ai logo! – Já perdi a paciência.

Se é que eu tenho alguma.

Isaac já esgotou todo o armazenamento de paciência da minha vida.
Me pergunto todos os dias por que Deus não me fez filha única.

— Isaac fica quieto, parece que tem uma pulga na bunda. E Isa, se você gritar mais uma vez eu vou te estrangular a ponto de estourar tuas cordas vocais. – Fala minha mãe no banco da frente, com toda a calma do mundo.

Não perceberam? Herdei dela a minha paciência.

— Iii, tá estressada em Eleanor, nem parece que estamos voltando de Veneza. – Debocho.

Inclusive, essas foram as melhores férias da minha vida.

Porém o sonho acabou, e tenho que voltar para realidade, chamada ensino médio — pelo menos é o último ano.

— Eu estava calma, Isa, mas conviver com vocês dois que nem gato e rato o tempo todo suga minhas energias. – Minha mãe sussurra com os dentes cerrados.

— Ok Eleanor, se o seu filho não encher meu saco, os nossos últimos 15 minutos de viagem serão na mais perfeita paz e harmonia – Afirmo.

Pego meus fones, e ligo no último volume.

— VOCÊ COMEU CARNIÇA? – Grito sentindo um cheiro podre invadir meu nariz.

— Que exagero, nem tá fedendo assim. – O ovo podre ambulante revira os olhos.

Graças a Deus minha mãe estacionou o carro na frente de casa antes que eu morresse sufocada dentro do carro.
Abri a porta o mais rápido que consegui e corri para fora.

Me escorei na parede enquanto esperava minha mãe vir abrir a porta.
Estava tão desesperada em não morrer sufocada que nem pedi a chave a ela.

— Olha só quem voltou, Belle. – Ouço a familiar e irritante voz do meu querido vizinho.

Que diga-se de passagem, eu odeio.

Já olho pro Logan revirando os olhos.

Podia ter um caralho de um muro dividindo nossas casas.
Mas não, tem que ser uma cerquinha branca mixurica.

— Tava dormindo na rua esses tempos que não achou meu irmão em casa, Wallace? – Indago. — Não achei que sua situação de indigente estivesse tão precária. – O olho de cima abaixo com um sorriso debochado.

Ele está com duas peças de moletom, blusão e calça preta, os cabelos assanhados espalhados no rosto, e um sorriso preguiçoso estampado na cara enquanto olha pra mim.

— Logan, Isabelle, Logan. – Ele fecha a cara, mas logo abre um sorriso novamente. — Não estava dormindo na rua não, fui pedir ajuda no mesmo abrigo que te largaram antes da tia Eleanor te adotar.

— Logan, eu acabei de chegar de viagem depois de três meses feliz e longe de você. Me dê um crédito e deixe pra encher meu saco amanhã. – Sorri falsa para o loiro.

Eu Odeio Amar Você! Onde histórias criam vida. Descubra agora