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P.o.v Isabelle Cameron:
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Estava paralisada encarando Brandon.
Como assim MEU IRMÃO? Ele estava vermelho e inquieto, esperando por uma reação minha.
— Fala alguma coisa, Isa… – Murmurou.
— Como… como assim meu irmão? – Balbuciei.
— O Ronald é meu pai. Eu sou quase um ano mais novo do que você… ele me contou tudo, já tinha um caso com minha mãe nessa época, mas enrolou ela até você completar seis anos e ele finalmente tomar coragem de assumir minha mãe. Ronald recebeu uma proposta de emprego aqui e finalmente me contou sobre você, contou que eu tenho dois irmãos e eu quiser saber mais, me matriculei na mesma escola, mesmas aulas, tudo pra conhecer você, ia manter isso por mais tempo, mas ele pediu que eu contasse pra poder te convencer a conversar com ele. – Contou.
Minha visão desfocou com as lágrimas, eu não estava conseguindo processar tudo que ele falou.
— Irmão… – Balbuciei. — Como você pode mentir pra mim? – Apertei os olhos deixando as lágrimas saírem e finalmente o encarei nitidamente.
— Eu não vi outro jeito de me aproximar… você não ia querer saber de mim se eu falasse de cara que sou filho dele… – Retrucou.
— Eu odeio que mintam pra mim, Brandon. – Levantei o dedo, prendi os lábios entre os dentes respirando fundo. — Eu… eu… não tô conseguindo processar isso agora, tá bom. – Me levantei.
— Isa, eu te levo… – Ele se aproximou.
— Não toca em mim… e diz fala pra aquele filho da puta que eu não quero ver ele nem pintado de outro, se ele ousar me seguir de novo eu processo ele. – Apontei o dedo em seu rosto.
— E eu? Eu não tenho culpa dele ter sido filha da puta, Isabelle – Ele gesticulou.
— A gente conversa depois, quando eu digerir isso e tiver pronta, e-eu… eu não sei, só quero sair daqui. – Lhe dei as costas.
Comecei a caminhar com a visão embaçada pelas lágrimas, eu nunca sei como reagir em situações sérias, só não posso ter uma crise agora, no meio da rua.
— EI! Olha por onde anda garota! – Um carro freou em cima de mim na rua.
— De-desculpa – Adiantei meus passos.
Sentindo meu corpo trêmulo andei o mais rápido que pude até em casa, tinha que pelo menos chegar até lá pra desmoronar.
Ao chegar na mesma, não vi ninguém, nem minha mãe, nem Isaac e nem Emma.
Corri pro quarto, mal passei da porta e já desmoronei.
As lágrimas começaram a descer com mais força intensificando meu choro.
— A-AQUELE DES-DESGRAÇADO! – Joguei o abajur do meu criado mudo do outro lado do quarto.
Passei as mãos no cabelo puxando eles para trás, sentindo aquela já conhecida sensação ruim de sufocamento e falta de ar, as mãos trêmulas e meu corpo formigando.
Por que ele sempre tem que interferir em tudo quando eu estou bem? Ele sempre chega pra estragar tudo e me destruir, sempre, sempre.
Minha visão estava desfocada e meu corpo encostado na parede enquanto eu ainda segurava os cabelos, mal conseguia respirar direito e meus soluços me impediam disso ainda mais.
Quero gritar, mas não consigo, me sinto sufocada, com um buraco no peito e um nó na garganta.
— Belle, o que aconteceu? – Ouço a voz de Logan um pouco distante.
Tento focar os olhos na janela e vejo ele pulando a mesma.
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Eu Odeio Amar Você!
RomanceIsabelle Cameron leva a vida normal de uma adolescente de 17 anos, se preparando psicologicamente para o início das aulas depois de um ótimo verão fora do país. Ela também estava se preparando para as perturbações diárias do melhor amigo do seu irm...
