Capítulo 9 | Tudo Combina Com Ela

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P.o.v Logan Wallace Evans:
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Depois de dar uma volta com Robert, voltei pra casa e estacionei na garagem.
Entrei em casa a contragosto, não suportava mais o Saymon lá, tô torcendo pra que ele volte a viajar logo.

Quando eu tinha por volta de seis anos, ele me deu uma surra que me traumatizou.
Saymon estava estressado com algo no trabalho, e como dizem, eu sempre fui um menino "difícil", fui até ele querendo que ele brincasse comigo e ele descontou todo o estresse em mim.

Sofri um tipo de trauma em que apagamos a memória que nos traumatizou da cabeça, e desenvolvi problemas de comportamento e raiva.
Entretanto, quando completei 14 anos, essas memórias voltaram.

Nunca me dei bem como Saymon e não sabia o real motivo — achava que era por sua ausência, afinal ele passa mais tempo fazendo viagens do que na própria casa — ele está sempre me dando presentes e coisas para compensar o que fez, e o fato de nunca parar em casa mais que uma semana  — entendi tudo quando as memórias voltaram, e não contei a ninguém, nem ao menos pra minha mãe, que não sabe do dia que ele me espancou, ela acha que caí da escada pois foi o que ele inventou pra me levar ao médico.

Ouvi vozes vindas da sala de jantar, e fui até lá.
Minha mãe está gritando, e Saymon está implorando pra que ela fale baixo.

— FALAR BAIXO? Você quer que eu fale baixo para o mundo não saber que você me traiu que a vadia da sua secretária de novo? Quantas mais você vai contratar e comer pelas minhas costas? Você é nojento Saymon! Essas viagens todas são para ficar perto dela? Então agora eu vou lhe fazer um grande favor, você vai sair da minha casa, e viajar com ela pro resto da sua vida, se você voltar aqui eu taco fogo nessa sua cara imunda! – Minha mãe parece mais do que nervosa.
A raiva que sinto do Saymon triplicou nesse momento.

Minha mãe sempre foi uma mulher incrível e independente, não merece esse traste.

— Você fez o que? – Entrei na sala de jantar com os punhos cerrados.

— Filho…

— Não me chame de filho seu filho da puta! – Avancei em Saymon segurando na gola da sua camisa  e lhe acertei um murro.
Quando me afastei, ele veio para cima de mim e revidou, empurrei ele contra a mesa e ele bateu as costas no vidro.

— PAREM! LOGAN WALLACE, ELE É O SEU PAI!! – Gritou minha mãe desesperada.

— Meu pai? – Ri sem humor. — Lembra quando caí da escada e quebrei a droga de uma costela, mãe? Lembra? É, isso mesmo, eu não caí da droga da escada! – Contei de uma vez, tomado pelo ódio pulsava em minhas veias.

Minha mãe arregalou os olhos, e então voltou eles pro Saymon, incrédula, decepcionada e com raiva.
Saymon parecia sem reação, enquanto encarava minha mãe com o olhar desfocado.

— Você é um lixo de ser humano! Nunca mais volte à minha casa, saia daqui agora! Eu odeio você Saymon! Você é nojento. SAIA DAQUI AGORA! – Minha mãe já estava chorando a essa altura.

Saymon levou a mão à boca cortada, e olhou com raiva pra minha mãe, então catou sua mala de mão que estava no chão, e começou a sair da cozinha.
Mas antes de sair, ele se virou para mim…

— Você não passa de um moleque ingrato. Eu dei tudo pra você e é assim que me agradece? Eu nunca quis que você nascesse, te suportei a vida toda sendo um bom pai e me agradece assim? – Ele cospe as palavras, e volta a andar.

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