Capítulo 8 | Suck My Dick

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P.o.v Isabelle Cameron:
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— Tem alguém pra passar o intervalo? – Perguntei ao Brandon quando o sinal tocou.

— Não – Ele coça a nuca.
Durante as aulas percebi que essa é uma mania dele.
Ou está com piolho ou caspa.
Acredito na primeira opção.

— Sempre sento com minha amiga… pode ficar com a gente se quiser. – Dou os ombros.

— Se não for incomodar… – Ele parece envergonhado.

— Não vai, não se preocupe. – Sorri pra ele.

Fomos para o refeitório e pegamos o lanche.
De longe já vi Violet em uma mesa vazia, enquanto brincava com uma batata frita no prato, com uma cara nada boa.
Eu e Brandon nos aproximamos e ela levantou o olhar, preguiçosamente.

— Você tá parecendo um cadáver. – Franzi o cenho.

— Estou com uma ressaca horrível, hoje eu sou um cadáver… Oi, menino. – Ela acena, ou apenas mexe os dedos para Brandon, não sei.

— Ela tomou um porre ontem, e eu quem cuidei, ótima amiga né? – Me gabo.
Sendo que só levei ela até a cama.

— Muito cuidadosa. – Brandon ri pra mim. — Sou o Brandon Moore, e você?... – Ele aperta a mão de Violet.

— Violet Bennett. Senta aí… – Violet sorri, mas depois trava os dentes, e leva a mão à lateral da cabeça.

— Não tem aspirina? – Perguntei.

— Eu tenho, se quiser. – Oferece Brandon.

— Já tomei, mas não adiantou. Obrigada mesmo assim. – Ela passou as mãos no rosto, frustrada.

— Vodka com energético vem com um preço, amiga. – Tento não parecer debochar.

— É, parece que não aprendo nunca… – Ela choraminga.

[...]

Depois de me despedir de Brandon e Violet, fui andando em direção a saída.
Violet se ofereceu pra me levar, entretanto é super contramão pra ela, então recusei.

O que são 30 minutos de caminhada, afinal?

Para uma pessoa sedentária como eu é muita coisa, mas, vamos lá.

Pluguei meu fone no celular, coloquei ele no bolso no meu moletom e deixei minhas mãos lá também.
Fui caminhando distraidamente cantarolando Stay - The Kid Laroi, Justin Bieber.

— AAAH – Gritei vendo um carro frear a centímetros de mim.
Olhei pra frente furiosa, preparada pra xingar o motorista de todos os palavrões possíveis.

Mas aí, vejo Logan.
Com um sorriso enorme no rosto, sem mostrar os dentes.

O que aconteceu?
Eu não consegui xingar ele!
Fiquei ali parada, observando seu sorriso.
Cadê os mil palavrões e insultos que eu tinha em mente?

— Não vai entrar? – Sua voz rouca e suave me tira dos meus devaneios. — Vim buscar você, retardada! – Delicado como um coice.

Dei um tapa no capô do seu carro, e nem foi proposital!
Foi involuntário.
Estou confusa e indignada com meu transe de segundos atrás.

— NÃO BATE NELE! – O idiota grita puxando os próprios cabelos.

— Não seja dramático. – Revirei os olhos, andei até a porta do passageiro e apoiei os antebraços na janela. — Sua namorada não vai gostar de me ver no seu carro de novo. Vou de pé. – Afirmo.

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