Quando ninguém mais quiser • Vinnie Hacker

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VINNIE

Eu estava a muito tempo observando Sarah dormir, sorria vendo seus seios perfeitos nus e descobertos subindo e descendo por conta da respiração dela, ela dormia pesado também pudera havia se cansado bastante, tinha sido um sexo incrível, resultado de tanto tempo sem, da falta que tinha dela.
Eu estava extasiado de tão contente com o que aconteceu, quando decidi vim pra casa dela, 'nossa casa', eu não sabia como seria recebido por ela, mais assim que me despedi dela ainda no posto aonde fizemos as fotos da Purgatory eu sentia vontade de mais, seja apenas da companhia, de uma conversa, de um beijo mais nunca imaginei que ela se entregaria, foi muito além da expectativa.
Estava nas nuvens pelo que aconteceu, eu estava tão próximo de reconquista-la, tinha tanta esperança.

Era cedo, nem tinha amanhecido e eu não estava com sono, na verdade nem tinha dormido ainda, decidi tomar um copo de água na cozinha, eu levantei devagar, afastando meu braço que estava abaixo da nuca dela, tomando cuidado pra não acorda-la e sai do quarto pisando leve até a porta que encostei atrás de mim, acendi a luz do quarto de Daisy só pra dar uma olhada, estava organizado, do mesmo jeito que me lembrava, desliguei saindo do quartinho e indo pra sala, a casa ainda estava toda acesa, minhas roupas pela casa, peguei minha cueca a colocando, passei pelo hall de entrada e peguei meu tênis, calça, camisola de Sarah e coloquei no sofá, fui até a cozinha guardando o leite que estava na bancada na geladeira e pegando um suco de caixinha de Daisy pra beber.
Sacudi o suco colocando o canudinho e dando um gole, gosto horrível, 'como Daisy gostava disso?', me perguntei continuei bebendo mesmo assim.

Olhei ao redor vendo minha casa, sentia falta dali, o cheiro da minha casa era bom, essas velas que Sarah comprava que eram cheirosas, nunca pensei que sentiria falta de senti-las e olha que antes eu reclamava de ela comprá-las, a chuva já tinha acabado, abri a porta de vidro saindo e fui até a lateral descendo as escadas, tinha curiosidade de saber como estava no andar de baixo.
Meus aparelhos pra malhar ainda estavam ali, Sarah não malhava então estavam ali por estar mesmo, fui até a porta do meu antigo quarto de jogos abrindo e o encontrando vazio, do mesmo jeito de quando tiraram minhas coisas dali, não tinha sido nem limpo, ainda tinha alguns papéis e latas pelo chão, respirei fundo olhando, sentia dó daquilo, quanta besteira eu fiz deixando aquele lugar.

Cruzei os braços encarando o espaço vazio que antes era um lugar de paz, um lugar que eu amava, eu trabalhava ali, agora minhas coisas estavam amontoadas num apartamento enorme que eu nem se quer gostava de morar, tinha uma vista legal mais não era essa vista que eu tinha aqui, gostaria de poder voltar, voltar pra onde eu acabei destruindo por causa de uma escolha péssima, de um cara que eu acreditava ser meu amigo, ficando contra minha esposa.
Sai dali subindo as escadas e entrei novamente em casa, olhei e vi serem 4hs da manhã ainda, então voltei ao quarto me deitando na minha antiga cama com cuidado pra não acordar Sarah, foi em vão já que ela falou comigo mesmo que ainda de olhos fechados.
_"Sem sono?", Sarah perguntou.
_"É, fui na cozinha beber alguma coisa", falei.
_"Foi lá em baixo né?", Sarah perguntou se ajeitando e deitando junto a mim, com a cabeça no meu braço.
_"É, eu fui", falei respirando fundo chateado pelo que vi.
_"Eu nunca mais desci lá", Sarah contou e eu olhei pra ela curiosa, era uma sala legal, ela podia fazer qualquer coisa com aquele lugar.
_"Por que não?", perguntei fazendo um carinho em seus cabelos agora loiros.
_"Aquele lugar me lembra você, não queria lembrar de você", Sarah disse eu senti vergonha por isso, mais Sarah tinha razão em não querer mais pensar em mim, não depois do que eu fiz.

_"Eu te magoei demais né?", disse e ela permaneceu quieta, "me dói pensar que fiz algo assim com você, eu estava louco, fora de mim", falei e Sarah suspirou.
_"Eu não te reconhecia", Sarah disse.
_"Eu sei que não, nós vivemos tanta coisa, estamos a tanto tempo junto, por que eu fiz isso? Me deixei me levar por ele por tanto tempo", falei, nem eu entendia em como deixei Gardner plantar tanta dúvida sobre minha vida.
_"Aquele dia do exposed quando a casa estava cheia e eu acusei...", Sarah tomou o cuidado de não citar o nome mais ambos sabíamos de quem ela falava, "Quando você defendeu ele, e gritou comigo, não era você... eu prefiro acreditar que não era", Sarah disse e eu senti vergonha pelo que fiz, eu lembrava como se tivesse sido ontem me sentia um imbecil ao me lembrar daquele dia, defendendo, acreditando em quem por trás me deu uma facada e ficando contra minha própria esposa, Sarah podia muito bem não me perdoa mais e era completamente compreensível, depois do que eu fiz eu não merecia o perdão dela mais lutaria pra telo mesmo assim.