Quando ninguém mais quiser • Vinnie Hacker

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VINNIE

Já fazia três dias que Sarah estava sendo seguida, agora pelo segurança que contratei, eu via Sarah se sentir mais segura, apesar de no primeiro momento ela ter negado por que querendo ou não era uma ideia que podia parecer absurda, desnecessária e invasiva, mais apenas parecia, a verdadeira situação é que era necessário já que não sabíamos do que Gardner era capaz de fazer contra elas.
Mesmo depois do incidente aonde ela não sabia que quem a seguia estava sendo pago pra isso, dava pra ver que ela aceitou fácil, na verdade eu queria a nossa paz novamente, sem que a gente se preocupe em olhar ao arredores, sem conferir duas ou três vezes o que recebia, sem ter que deixar dois seguranças plantados na escola de Daisy monitorando ela a todo instante, deveria estar sendo desconfortável para os funcionários, tanto de lá quanto do estúdio.

Eu passei esses últimos dias indo a advogados, atrás de juízes, policiais, Túlio e toda sua equipe jurídica me acompanhava, foi árduo o trabalho até conseguirmos a vitória que tínhamos conseguido hoje, Túlio me ligava dizendo que havíamos conseguido, nos separamos muitos documentos, provas, prints e explicamos tudo ao advogado que pediu uma audiência de emergência com o juiz que atendeu nossos pedidos, Túlio me ligou pra contar agora a pouco, antes de Daisy entrar no banho, coisa de 15 minutos atrás, confesso que quase chorei porém segurei o choro pra quando contasse a Sarah que chegaria logo, seria um respiro no meio desse inferno todo.

Sarah me avisou que saiu do estúdio agora a pouco então estava pra chegar, monitorávamos um ao outro, sempre avisando aonde estávamos aonde íamos e o que iríamos fazer, era um jeito de saber que o outro estava bem e se caso atrasasse 'algo' poderia ter acontecido, isso era algo que eu já não via a hora de parar de acontecer, viver preocupado um com o outro, com medo de algo que não sabemos se irá acontecer é horrível.

_"Daisy agora enxágua o cabelo", falei dando banho em Daisy já que eu tinha ido buscá-la na escola hoje.
_"Daddy, a mamãe não vai ter um bebê né?", Daisy perguntou.
_"O que? Como assim? Lógico que vai, por que tá falando isso?", perguntei.
_"A barriga dela não tá igual a da professora Tanya", Daisy disse e eu ri.
_"Docinho é que a professora deve estar gravida a muito tempo, deve estar pra nascer logo, sua mãe está gravida a pouco tempo, mais logo a barriga vai crescer e depois de alguns meses a bebê vai nascer", expliquei.
_"Acho que não...", Daisy disse se colocando debaixo do jato de água tirando o que restava de sabão de si e eu a fiquei analisando, 'conversa estranha, cruzes'.

_"Logo você terá um irmão ou uma irmã", afirmei novamente pra Daisy pra ela entender que sim teríamos um bebe, "E você vai ser um ótima irmã, tenho certeza", falei, eu terminei de secar seu corpo e coloquei nela um pijaminha fresco, penteei seus cabelos loiros como os meus, passei uma colônia e ouvimos a campainha.
Daisy saiu correndo pra a porta pra ver quem era, eu sabia que era Túlio, ele vinha trazer os papéis assinado pelo juiz e eu fui até a porta aonde Daisy me esperava por ter vindo correndo, olhei no monitoramento apenas pra ter certeza e abri pra ele entrar com mais um advogado.
_"Oi", Túlio disse entrando em casa.
_"Oi Tio Túlio", Daisy disse e Túlio entregou a Daisy um chocolate que ele sempre trazia consigo quando ia em casa, era como um pedagio que Daisy cobrava dele, ela mal agradeceu e saiu saltitando.
_"Come antes que sua mãe chegue", disse e Daisy assentiu.

_"Aqui está", o advogado de Túlio me entregou alguns papéis e eu folheei, papéis e mais papéis que eu não fazia ideia do que se falavam, talvez leria depois, olhei pra ele pra que ele resumisse.
Antes que ele pudesse me explicar o que era aquilo bem na hora escutamos a garagem abrir, era Sarah chegando finalmente.
_"Sua mãe", Túlio disse a Daisy que abocanhou o chocolate e eu ri, se Sarah a visse comendo um chocolate perto da hora do jantar ela não iria gostar.
_"Espera ela entrar, você já explica pra ela", pedi e o advogado assentiu, "Vem toma alguma coisa", disse levando eles a cozinha.
Após Sarah estacionar o carro na garagem, descer e entrar em casa ela nos encontrou na sala de jantar em pé, ela nos olhou surpresa.
_"Hey mommy", Daisy disse sorrindo sentada no sofá sorrindo como se tivesse aprontado, não sabia fingir.
_"Hey baby, tudo bem?", Sarah perguntou dando um abraço em Daisy e apenas a observávamos.