Quando ninguém mais quiser • Vinnie Hacker

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MARATONA 2/3

_"Vinnie... sinto saudade", falei olhando pra mão dele, eu torcia tanto pra ele me ouvisse, "Daisy está bem, ela não sabe o que real aconteceu, mais sabe que você está no hospital... Ela chama por você Vin, sente saudade também...", falei olhando para os olhos dele fechados.
Olhei para os monitores ao redor dele, o hospital em questão de estrutura era notavelmente melhor, tudo bem mais moderno mais equipado, era bom ver aquela linha correndo mais agora não apenas em linha reta e sim subindo e descendo rápido como as batidas do coração dele.
_"Você me deu um susto esses dias atrás... achei que ia te perder...", falei a ele, "Mais não vou né? Não vou te perder né? Não dá Vinnie, eu não vou conseguir sem você...", falei.

Deixei uma lágrima escapar e limpei rapidamente.
_"A nova coleção da Purg tá sendo preparada, e tá ficando linda, Liza tá cuidando de tudo, vai ser uma surpresa pra quando você acordar, acho que você vai amar", falei a ele puxando uma cadeira e sentando ao lado da cama, continuei com nossas mãos dadas, "vai ser um sucesso", falei e eu tinha certeza, como várias coleções dele foram, mais com o fato da internação de Vinnie eu tinha ainda mais certeza do sucesso, todo mundo iria comprar.
_"Anda tudo tão desorganizado sem você, nossa casa, nossa vida, faz dias que está tudo parado, esperando você voltar...", falei.
Fiquei ali por muito tempo, não sei quanto, mais demorei ali, Luke não me acelerou, me deixou ficar lá quanto tempo eu quisesse, foi bom pra mim, eu queria nunca ter que sair de lá, deixá-lo lá, mais infelizmente eu teria.
_"Luke", chamei abrindo a porta finalmente depois de muito tempo, dando permissão pra Luke entrar, e assim ele fez, entrou devagar sorrindo, calmo.
_"Hey", Luke disse olhando pra Vinnie docemente, se aproximando, "Você tá péssimo amigo", Luke disse e eu ri, eu não esperava nada diferente dele.

Eu fiquei mais afastada olhando os dois, Luke olhou os aparelhos e sorriu pra mim, ele queria passar que aquilo tudo não assustava, mais assustava sim.
_"Vin, você precisa acordar amigo, não sabemos viver sem você, Sarah tá doidinha, toda confusa, num penteia o cabelo faz uma semana", ele disse a Vinnie e eu ri quieta, não era verdade, eu penteava o cabelo sim.
Ele olhou pra Vinnie e um completo silêncio rodava pelo quarto, Vinnie não respondia, continuava imóvel, era triste falar e não ter resposta dele, eu sorria porém querendo chorar.
_"Olha é o seguinte, se você não acordar logo eu vou apresentar um cara tão gato pra Sarah que...", Luke falava mais embargou a voz e não saiu mais nada, "Só acorda tá bom, a gente te ama cara", Luke falou e se afastou vindo pra perto da porta, ele queria ir, Luke falava sobre mim mais também odiava ser visto chorando.

Eu olhei no relógio que eu tinha no pulso e era o fim do horário de visita, era hora de ir embora, me aproximei novamente de Vinnie, no mesmo lugar que estava a pouco, e peguei em sua mão agora mais aquecida do que anteriormente.
_"Volta pra mim, eu vou estar te esperando... te amo Vinnie", falei me aproximando e dando um beijo em sua testa, demorei sentindo meus lábios em sua testa, deixei uma lágrima escorrer e ouvi um toque diferente do compasso que a tela fazia, foi um toque mais rápido do que os outros, mais apenas uma única vez, olhei pra tela e olhei pra Luke que assim que percebeu também me olhou confuso, eu sorri abaixando centímetros pra olhar o rosto de Vinnie, que ainda dormia como antes.
_"Enfermeira", Luke já tinha aberto a porta e chamava por alguém, eu estiquei a mão e apertei o botão que acionava a equipe médica pra comparecer ao quarto.

Em segundos um médico e uma enfermeira apareceram ali, Luke olhou pra mim sorrindo e eu afastei de Vinnie.
_"Eu... eu não sei explicar, mais o compasso das batidas acelerou, mudou alguma coisa... agora tá normal, mais mudou...", explicando não explicando nada.
_"Ok, deixa eu examina-lo", ele disse e eu me afastei o máximo pra deixá-lo trabalhar, parei ao lado de Luke que olhava pra Vinnie, o médico mediu a pressão de Vinnie, escutou seus batimentos cardíacos, com uma lanterna abriu a pálpebra de Vinnie pra ver se reagia e nada.
_"Você ouviu né?", perguntei a Luke que assentiu, ele viu estava aqui, se não viu, ouviu pelo menos o bip do aparelho mudar.
_"Sim eu ouvi", Luke respondeu sem tirar os olhos do médico avaliando Vinnie.

Vinnie continuava estático, não se mexia e nem respondia a estímulos, mais eu não estava louca.
_"Olha Sra, aparentemente ele continua do mesmo jeito, não teve alteração, as vezes pode dar alguma mudança mais não significa nada, ou o aparelho falha talvez, mais é apenas isso", o médico disse e eu desanimei mais uma vez.
_"Tem certeza?", pedi e o médico diferente do que havia me falado pra já aguardar a morte cerebral de Vinnie, me olhou com pena.
_"Ele ainda não acordou... mais irá...", ele disse e eu olhei pra ele, "Vamos fazer de tudo por isso, não se preocupe", ele disse e eu assenti agradecendo.
Fiquei ali mais alguns segundos esperando por algo que eu não sabia se viria, e não veio, Vinnie nem se quer se mexeu, a máquina não apitou diferente seria só aquilo mesmo, um alarme falso.

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