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MARATONA 5/5

CAPÍTULO FINAL

Eu estava sentada na areia sentindo a brisa do mar passar pelos meus cabelos, era fim de tarde e tínhamos passado um dia lindo ali na nossa casa, o calor e a sensação térmica estava na medida certa pra se sentir confortável.
Nossa casa nova já havia virado um lar, um refúgio, aonde vínhamos pra desestressar, pra aproveitar o calor, assistir o nascer e o por do sol, Daisy amava a casa nova e eu também era apaixonada, nós nos dividíamos entre o centro de Los Angeles aonde morávamos e Malibu que ficava há uma hora de carro.
Vinnie havia me pego de surpresa quando há poucos meses atrás na virada de ano novo me presenteou com essa casa.
Eu era a pessoa mais feliz do mundo naquele momento, a paz transbordava no meu coração vendo o mar e vendo minha família.

Eu via ao longe Vinnie caminhando na areia perto da água segurando os bracinhos de Dylan pra ajudá-lo a 'andar', ele ainda era um bebê de quase 6 meses e não andaria tão cedo, mais Vinnie queria que ele sentisse a água bater em seus pezinhos pequenos que mais pareciam bisnaguinhas gordinhas.
Ele crescia com muita saúde, era um bebê gordinho e muito risonho, não dava trabalho nenhum, era um anjo e preciso admitir que era a cara de Vinnie.
Assim como a irmã que também era, Daisy crescia com muita graça, era uma menina muito inteligente, seu interesse por esportes crescia a cada dia, Vinnie continuava incentivando ela em tudo, enquanto eu morria de medo de ela se machucar, era uma menina engraçada demais, tinha o humor do pai também, ela era ele por inteiro e apesar de eu brincar que não eu tinha orgulho de vê-la tão parecido com o pai.
Acomodei o bebê nos meus braços que dormia enquanto eu via os três andando ao longe.

Vinnie estava em sua melhor fase, não só com o profissional mais com a mente, depois de tudo que passamos Vinnie havia se recuperado 100%, incluindo o psicológico, fazer tratamento fez com que superássemos o trauma.
No fim chegamos a conclusão que Deus cuidou pra no fim tudo se encaixasse certinho, afinal será que estaríamos felizes como hoje se não tivéssemos nos separados no ano passado?
Eu tinha minhas dúvidas até se estaríamos juntos hoje se tudo que aconteceu num tivesse acontecido.
Ouvi Dylan gritou e riu assim que sentiu a água bater nos pés dele, vi Vinnie com um sorrindo perfeito se virar pra ver se eu havia visto aquilo e eu ri.

Vinnie então colocou Dylan no colo e deu a mão pra Daisy e voltava andando de volta.
Eu fazia carinho nos cabelos enrolados do bebê que eu segurava nos braços, minha mente passeava pensando em tudo que havíamos vivido e me lembrei da data de hoje, por coincidência era a mesma época que no ano passado Vinnie havia pedido separação.
Um ano quase que certinho, tanta mudança, tanta evolução, tanta coisa vivida, era insano pensar nisso, Vinnie se aproximava e veio até mim.
_"Dormiu?", Vinnie perguntou e eu assenti olhando pra baixo fazendo carinho nos cabelos enroladinhos dele.
Vinnie se sentou ao meu lado com Dylan no colo, e Daisy sentou ao lado de Vinnie.

_"Deus pra ouvir a risada dele?", Vinnie perguntou e eu assenti.
_"Mamãe ele tomou um susto quando a água bateu no pé dele", Daisy contou rindo e eu escutei interessada com ela contando.
_"Sarah?", ouvi meu nome e nos viramos pra olhar quem descia as escadas de casa vindo para a praia.
_"Ai num acredito, dormiu", Luke perguntou e eu assenti, "O fondue tá quase no esquema já viu", Luke avisou e Vinnie assentiu, já iria anoitecer e iríamos subir pra nós deliciarmos do fondue que Paul preparava.
_"Vem com a mamãe", Luke disse se abaixando e pegando Justin, o mais novo integrante de nossa família, meu afilhado, filho dele e de Paul.

_"Cruzes esse menino ta pesado, mamãe quase que num aguenta mais pega-lo", Luke disse o colocando deitado em seu ombro.
Luke era um pai, digo mãe incrível, e eu já sabia que seria, mais vê-lo ali pessoalmente ser me deixava muito orgulhosa.
Justin era uma criança incrível, tinha chegado há pouco mais de 2 meses e sua adaptação corria incrivelmente, ele foi adotado com 2 anos já completos, a demora no processo de adoção foi um período longo, mais Luke já havia se afeiçoado a Justin antes de ele chegar a nossa vida.
Luke contava que foi como um encontro de encontro de almas, quando numa visita despretenciosa ao orfanato ele avistou aquele garoto gordinho, de pele negra, de cabelos enroladinhos e com um sorriso encantador, Luke conta que assim que o viu falou a si mesmo 'aquele é meu filho', eu me emocionava toda vez que Luke contava essa história.

Quando ninguém mais quiser • Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora