11 - Olin

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(cap-44)

As aulas vão voltar. Não sei dizer se estou feliz ou triste. Apenas... neutro.

Porque para mim isso nem importa. Estou morando sozinho com a minha namorada agora, e com um bebê chegando. Meus pais e eu já tivemos aquela conversa de que eu não posso abandonar os estudos e um bebê é motivo de felicidade - algo que eu sei muito bem - e não um motivo para eu jogar meu futuro no lixo.

Então decidimos - eu, meus pais, os pais de Vic e Vic - de que vamos continuar a escola do jeito normal., Arthur vai ficar com meus pais que trabalham só depois das 18:00 hrs enquanto nós estivermos na escola, e quando sairmos, nós ficaremos com nosso bebê pelo resto do dia.

Alguns adolescentes falariam que passar o resto do dia depois da escola com um bebê é um pesadelo e você não teria tempo para se divertir. Mas eu discordo, passar tempo com meu filho é a coisa que eu mais quero, e eu e Vic também vamos deixar as vezes ele com nossos pais para termos... um tempinho para aproveitarmos juntos. E também, eu e Vic nunca fomos de beber muito - algo que as pessoas falam que é divertido mas eu realmente odeio - para mim beber algo alcoólico é a mesma coisa que comer uma coxinha de frango crua. E pelo o que nossos amigos e a própria Vic disseram, ela também não é muito fã.

Também, por algum milagre, eu nunca experimentei drogas e nunca quero experimentar. E de novo... alguns podem falar que viver a adolescência assim não é viver mas eu sou completamente feliz e não preciso de drogas ou bebidas ou diferentes peguetes a cada semana para me divertir e ter uma vida boa...

Meus pensamentos são interrompidos por passos pesados vindo do quarto.

- Como estou? - pergunta Vic parando na minha frente e dando uma voltinha para que eu veja seu vestido soltinho que vai até um pouco mais que os joelhos e um casaco pequeno jeans por cima.

Quando ela gira, sua barriga de melancia trás mais volume para seu vestido, fazendo o tecido rosa claro girar mais.

Um sorriso bobo surge no meu rosto antes que eu possa perceber.

É... nós decidimos também não esconder a gravidez. Por que iriamos afinal? Nosso filho não é motivo de vergonha e qualquer que seja os olhares ou os murmúrios das pessoas, bons ou ruins, vamos lidar com isso juntos.

- Linda - murmuro sorrindo. - Nossa Vic - me levanto do sofá onde estava sentado a uns cinco minutos esperando pela minha namorada para irmos para a escola. - está linda.

Hoje ela parece... sei lá... diferente. Parece estar com um brilho nos olhos

- A pare você está exagerando! - ela fala com um sorriso bobo e eu passo meus braços por sua cintura a abraçando.

- O que aconteceu hoje?

- Como assim? - ela franze o cenho mas o sorriso bobo continua

- Você está diferente - passo minha mão direita em sua bochecha

- É que... só agora a ficha caiu de como eu amo minha vida... está tudo tão perfeito que as vezes eu penso que vou acordar no meu quarto em um dia comum e com uma barriga comum.

- Mas saiba que é verdade - lhe dou um selinho - eu te amo e essa é a mais pura verdade.

A beijo novamente em um beijo quente e ela aprofunda mais o mesmo levando sua mão até a minha nuca e trazendo meu rosto mais para perto. Mas eu a impeço

- Ei... temos escola lembra? Vamos deixar isso para mais tarde que tal?

- Adorei - ela sorri e morde o lábio inferior balançando a cabeça - tenho estado com muito tesão ultimamente, esses hormônios estão acabando comigo.

Rio e lhe dou um selinho antes de me separar relutantemente de seu calor quentinho.

- Vamos... vamos voltar para a escola - ela sorri e me segue para fora do apartamento.

...........

Assim que descemos do carro no estacionamento da escola, vários olhares são direcionados para nós, ou melhor, para Vic, para a barriga dela, o alto e grande volume no seu abdome.

Conforme andamos para dentro da escola, pessoas murmuram e nos olham, mas... não são olhares julgadores, são... de compaixão?

As pessoas não estão nos julgando, e nem estão com pena. Parece que julguei essa escola mal. Mas parando para pensar, outras alunas já apareceram grávidas nessa escola mas ninguém nunca as julgou, lembro que pessoas que nunca conheciam a menina, lhe deram presentes para o bebê mas não tentaram forçar uma amizade.

Claro... exitem também as pessoas que nos olham com desgosto e reviram os olhos ao verem a barriga... mas essa é a minoria.

Encontramos Breena, Michael, Lily, Leo e Mia um pouco mais a frente do corredor princípal.

- Olha! Chegaram o casalzinho! - grita Michael com um sorriso no rosto.

- Quando vocês vão nos convidar para um noite de amigos na nova casa de vocês? - Leo pergunta e Vic gargalha.

- Vocês foram lá poucos dias atrás! - ela falança a cabeça sorrindo - Acho que só depois do parto mesmo - ela ri

Leo bufa mas continua com um leve sorriso nos lábios.

Gosto dos amigos de Vic, eles se tornaram meus amigos mais próximos hoje.

- Falta quanto tempo para o parto? - pergunta Breena acariciando a barriga de Vic mesmo a mesma estando coberta pelo vestido - Tô louca para conhecer meu sobrinho.

- Sobrinho? - pergunta Vic rindo

- É... você é como uma irmã para mim, igual a esses idiotas aqui - ela aponta para os outros que fazem cara feia - então, acho que posso chama-lo de sobrinho não é?

- Claro - falo

- Então ele também vai ser o meu sobrinho! - exclama Lily entusiasmada

- Certo... - começa Vic mas é interrompida

- E meu também! - Mia dessa vez.

- Certo então... todos vão ser tios! Felizes?! - exclama Vic abrindo os braços

- Sim! - grita Michael e sai andando pelo corredor com o queixo para cima e um andar orgulhoso. Leo o acompanha.

Breena ri junto de Lily

- Tchau gente! Nos encontramos no almoço está bem? - fala Mia andando em direção ao seu armário.

Acompanho Vic até seu armário e a ajudo com os livros

- Qual é a sua primeira aula? - ela pergunta olhando sua cartela com seu cronograma de aulas.

- Língua Inglesa, e a sua?

- Biologia - ela suspira e se vira para mim - acho que nos separamos aqui - ela fala com um sorriso triste

Suspiro e olho para meus pés.

- Ei... não se preocupa, vou ficar bem, qualquer coisa eu te mando mensagem está bem? - ela levanta meu rosto com seu dede.

- Sim... te amo - a beijo e a mesma me corresponde vagarosamente.

- Também te amo... tchau - ela vai andando até sua sala

- Vou te esperar no refeitório! - grito e ela sorri.

Parece que esse vai ser um dia longo.
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...............Continua

Meu PrimeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora