2 - EXTRA

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~ Victória ~

Estamos indo viajar para uma casa na praia que alugamos em uma cidade próxima.

Olin está dirigindo e eu estou sentada aqui no banco do passageiro.

Estico o meu braço para o pequeno espelho que fica embutido no teto, o viro para que eu consiga ver melhor Arthur na sua cadeirinha.

- Como ele está? - pergunta Olin ainda olhando para a estrada.

- Dormindo. Para variar - assim que consigo ter a visão perfeita de Arthur dormindo, paro de ajustar o espelho e volto a olhar para frente.

- Não sei de quem ele puxou isso - fala Olin sorrindo.

- Nem eu - olho para a minha mão esquerda, especificamente para o meu dedo anelar e para o anel que está em volta do mesmo.

Sorrio ao roçar os meus dedos no anel.

Olho para frente e suspiro. Estamos passando por uma rodovia com apenas alguns carros, sem trânsito, e a paisagem são várias montanhas em um dia de sol.

- Escolhemos um bom dia para viajar - falo olhando para as poucas nuvens no céu.

- Espero que esteja do mesmo jeito na praia. - fala Olin dando uma olhada para trás. - Ele está tão quietinho.

Olho por sobre o ombro e encaro Arthur que está preso no seu cinto minúsculo, igual a cadeirinha.

- Nunca pensei que uma cadeirinha de bebê fosse ser tão cara - falo esticando o braço para trás e arrumando o cobertor nos pés de Arthur que estão descobertos.

- Nem eu - Olin suspira mas sei que está sorrindo.

Ficamos um tempo apenas aproveitando a música que passa na radia local.

- Eu te amo, sabia? - pergunta Olin de repente.

Olho para ele com o cenho franzido.

- Claro que eu sei - falo com um pequeno sorriso. - Nós temos um filho de 1 ano e estamos noivos. Acha mesmo que eu teria feito ou aceitado tudo isso se eu não soubesse que você me ama? - pergunto rindo.

- Não sei não - ele fala entrando na brincadeira - Talvez você só tenha me usado todo esse tempo como brinquedo sexual. Sem querer parecer presunçoso, mas eu sei como sou bom na cama. Se eu pudesse até eu me pegaria.

Rio baixinho para não acordar Arthur.

Por mais incrível que parece, ele dorme mais rápido com música. Por isso o rádio ligado.

- Se eu fosse você não teria toda essa confiança. - falo olhando para Olin com um sorriso debochado.

- O que isso quer dizer? - ele olha de soslaio para mim fazendo uma cara de indignação - Está falando que o que eu falei não é verdade? - ele bota a mão livre no peito - Nossa, amor. Por que ser tão insensível. Eu sei que sou bom na cama e você também sabe.

- Você é bom de cama, mas...

- Mas..?- ele pergunta esperando que eu termine a frase.

- Confiança demais vai fazer você parar de se esforçar para me satisfazer, e como consequência, fazer você parar de ser tão bom assim. O que só é ruim para mim porque eu vou continuar sendo uma gostosa e muito boa em cavalgar você.

Olho para Olin com um sorriso e ele ri baixinho.

- Está bem, está bem. Você venceu.

- Yes! - balanço os braços para cima e para baixo igual um super-herói, comemorando a vitória.

- Mamãe - escuto um resmungo baixo e fino do banco de trás e olho com os olhos arregalados por sobre o ombro, para Arthur que acordou.

- Meu Deus! - grita Olin tentando olhar para trás mas não podendo muito por que tem que olhar para a estrada - Ele falou mamãe?!

- É, falou! - grito de felicidade e Arthur me olha com aqueles olhos sonolentos não entendendo nada. - A primeira palavra dele! Yuhuuu!

- Meu Deus, eu não acredito! - grita Olin sorrindo. - Nós precisamos ligar para os nossos pais quando chegarmos!

- Ele falou mamãe! - continuo surtando. - Ele falou o meu nome! Mamãe! - levanto os braços o máximo que consigo para cima por causa do teto do carro.

Arthur sorri e seus três dentes pequenos já nascidos formam uma janelinha linda.

- Parabéns meu amor - falo me virando e esticando o braço para fazer carinho no seu pé que é o único lugar onde alcanço. - Você falou mamãe.

- Agora fala papai - fala Olin olhando para a estrada sorrindo.

- Vai amor, fala pa-pai - falo devagar mas Arthur só fica me encarando sorrindo. - Pa-pa-i.

- Na - ele resmunga balançando a cabeça.

Olin ri indignado.

- Ele não quer falar papai - falo rindo para ele que me lança um olhar de indignação.

- Por que não, filho? Fala papai.

Arthur ri o que me faz rir também e logo em seguida Olin.

Ele falou mamãe!

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Oi gente! Eu vim aqui com uns EXTRAS que as vezes vou trazer para vocês. Eles vão ser bem curtinhos e vão ser pequenos eventos que vão acontecer na história. Eu ainda não sei quantos EXTRAS vão ter mas espero que gostem os que eu for postando.

Votem!

Meu PrimeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora