Como isso é possível? Como ele pode estar vivo? Eu vi ele morrer!
O choque faz meu corpo começar parar lentamente, fazendo meus olhos fecharem de forma involuntária, e não me deixar sentir mais nada antes de cair ao chão.
Quando abro meus olhos já não estou no mesmo lugar. Eu desmaiei? Foi só um sonho?
Olho ao redor e percebo que é quarto, a cama até que é macia, os móveis estão meio velhos, mas é de qualidade.
Acho melhor me levantar, mas a maçaneta da porta se mexe, e alguém a abre, Bill.
Não foi um sonho... E não sei se isso é bom ou ruim.
— Ainda bem que você acordou...
Ele se aproxima como se fosse algo normal alguém voltar dos mortos.
— Como que?...
Dou uma pausa e o olho de cima a baixo, não de um jeito malicioso, mas para confirmar se é real.Quando volto olha-lo nós olhos, continuo.
— Eu vi você morrer!
Me sento na cama com tudo, esperando explicações.
— Essa história é um pouco longa...Como assim longa? Eu fiquei seis anos da minha vida achando que ele tava morto!
Acho que longa não é bem a palavra. Talvez complexa.
— Tenho seis anos de tempo.
Ele senta ao meu lado um pouco receoso, fazendo que eu note alguns fios brancos que surgiram em seu cabelo castanho.— Está bem, vou tentar resumir...
O mesmo diz soltando o ar preso em seus pulmões, contando o que esperei em demasiado para ouvir.
— A bala me acertou e desmaiei com o impacto, um dos nossos me achou, e me levou para a enfermaria daqui, porém precisei ir ao hospital, pois era muito sangue. Perdi um rim, mas sobrevivi.Um rim?
Essa história está um pouco... Mal contada.
— Então por que você não me procurou antes?
Bill engole em seco, deixando óbvio seu nervosismo, porém sua voz esconde bem.
— Fiquei um longo período em coma.Em coma? A história mais clichê do mundo? Mas ele não só desmaiou com o impacto?
Passei anos sozinha, e ele quer mesmo que eu acredite que estava em coma??
— Longo quanto?
Pergunto intrigada, isso não pode ser verdade.
— Não importa Julie, achava que você ia ficar feliz.Feliz? Claro! Irritada? Mais ainda.
Percebo que ele tenta evitar a pergunta, porém continuo cutucando a ferida aberta, mesmo depois de anos não cicatrizou.
— Você sabe o quanto eu sofri?
Minha voz sai embargada e lágrimas ameaçam surgir. Mas eu não vou chorar, não posso chorar.Como ele quer que eu acredite nessa história? Ele nem se preocupou de saber se eu estava bem.
— Eu sempre estive lá...
Reviro os olhos, não acredito que ele vai com começar essa.
— Esse papo do coração não rola comigo.
Bill inspira lentamente, se virando para mim.
— Eu realmente estava lá.Arregalo os olhos instantaneamente, e viro o rosto para si.
— Como assim?
O ex morto abaixa brevemente o olhar, e depois o direciona para mim.
— Sempre que eu conseguia ia te ver no orfanato.— Você me perseguiu?
Agora além de feliz, irritada, e confusa, muito confusa na verdade, estou com medo, que é uma coisa bem rara.— Não! Eu sou seu pai! Estava cuidando de você!
Ele se levanta bruscamente da cama, ficando em minha frente.
— Cuidando de mim? Eu precisava que você cuidasse de mim a seis anos atrás, quando meus pais morreram!— Juli...
Ele tenta falar, mas é interrompido por alguém que entra no quarto. É um dos traficantes.
— Robin?
A pessoa que um dia já chamei de pai diz surpreso.— Os Lorenzo estão aqui! E querem roubar o cofre!
O homem exclama, com seus cabelos escuros e muita tatuagem, acho que o V dele fica escondido em um h em meio a mão, as vezes é bem difícil a identificação.Logo em seguida ouvimos um barulho alto, provavelmente de tiro. Como o novo dono da toca Bill tem a obrigação de protege-la, então ele tira uma arma sei lá de onde e saímos do quarto em meio a confusão.
Em literalmente em um piscar de olhos Bill atira em um Lorenzo.
Os Lorenzo é o nosso inimigo, fazem a mesma coisa que nós, roubam coisas valiosas, antiguidades, jóias e essas coisas.
Somos conhecidos por traficantes porquê traficamos o roubado, as vezes apenas vendemos, mas a polícia realmente acha que não é isso que traficamos, e sim drogas, enfim os burros.
— Pegue as armas no galpão!
Bill grita para o Roger... Ro... O traficante.
— Ok, mas antes pega isso.
O homem me da sua arma e sai em direção ao galpão. Sua única arma! Quem dá sua única arma??— Lembra como se usa?
Bill me pergunta enquanto anda em direção ao tumulto.
— Mais ou menos, na verdade bem para menos.Um traficante tenta atirar em Bill, mas a sua arma parece que está sem munição. Ele avança em Bill, o derrubando.
A arma do ex defunto cai no chão, fazendo que eles comecem uma briga, e quando percebo o homem o prende em uma chave de braço.
— Rápido! Atira!
Ele ordena meio sem ar.
— Mas eu não lembro como se atira!
Aponto a arma para eles, sem saber onde estou mirando.— RÁPIDO!
Grita mais uma vez, me fazendo atirar sem ao menos pensar duas vezes, porém, os dois caem no chão melados de sangue.Eu o matei?
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ᴀ ғɪʟʜᴀ ᴅᴀ ᴍᴀғɪᴀ
RandomJulie Velasquez, a filha de uma máfia. Seus pais eram chefes de um grande esquema, mas foram mortos quando ela tinha apenas 7 anos. A garota acreditou por toda a sua vida que eles foram mortos em um confronto com outros traficantes, e os fatos compr...