Ainda no quarto procuro um celular, e logo encontro em uma gaveta, mas não acho apenas um, e sim cinco, não, seis celulares.
Bill está bastante consumista.
Ligo o celular, que me pede para colocar a senha. Como ela é de dígitos tento seu aniversário, o que não dá certo.
Bill sempre gostou de aniversários, então porque não o dele?...
Não acredito que vou fazer isso, mas...
Tento o meu aniversário.
Desbloqueado.
Procuro o aplicativo de pesquisa que tem em todo celular, o Google, quando encontro começo a digitar...
Não aparece muita coisa sobre a confeitaria, só poucas fotos, o telefone e o endereço.
Tento ligar, mas o número nem começa a chamar, então desligo e tento mais três vezes, porém todas elas dão a mesma coisa.
Deixe seu recado.
Provavelmente a moça já trocou de número. O único jeito é indo até lá.
Vou levar o celular. Bill tem um monte e nem vai dar falta, e se der, ele comprar outro.
Quando dou o primeiro passo em direção a porta, penso melhor.
Já que agora eu tenho um celular, porque não tirar a foto?
Vou até o retrato e capturo a imagem, não fica muito boa, mas da pro gasto.
Saio do quarto a passos largos, e vou direto para um ponto de ônibus. Demora alguns minutos, e o ônibus chega. Entro nele, e pago a passagem.
Como eu consegui o dinheiro para passagem? Digamos que eu não só peguei o celular no quarto de Bill.
Outra pessoa também entra comigo, mas só tem um assento, olho para o homem um pouco mais velho, e ele me olha também, nós dois andamos rápido para ver quem chega primeiro.
O ônibus dá uma freiada brusca, e ele se desequilibra, nesse exato momento vou até o banco e me sento. Ele bufa, e fica em pé, segurando a barra do ônibus.
Pego o celular do bolso, e fico olhando o que Bill tem no celular. Nenhuma foto, nenhum jogo, e YouTube desativado.
Então tento o whatsapp, e para a minha sorte, ou não, ele tem apenas uma conversa, com um número não salvo. E pelas mensagens, suspeito que seja do "fantasma".
O homem que está de pé solicita parada, então olho para a janela e percebo que é onde também vou descer.
Boto o celular de volta no bolso e me levanto quando o ônibus para, eu e o homem de cabelo castanho decemos.
Entro na rua da confeitaria e ele entra também, o que me deixa um pouco agoniada, então paro em frente ao parque, o cara atravessa a rua e entra não sei a onde, ainda bem.
Pego o celular novamente, e comparo o parque e a foto. É aqui.
Vejo a confeitaria e atravesso a rua, até que ela é bem bonita, a placa enorme, e toda branca, diferente da foto que estava com a tintura rosa.
Abro a porta e escuto o barulho de um sininho, a fecho e me deparo com o atendente.
O carinha do ônibus.
— Bom tarde, no que posso ajudar?
Ele dá um sorriso irônico, e eu franzo a testa. Mas ele continua.
— Desculpe moça, mas não vendemos bancos.— Se vendesse você não teria ficado em pé.
Dou um sorriso convencido, e ele revira os olhos.— A senhorita Marie está?
Pergunto, e seus olhos me encaram.
— Minha mãe deve está na cozinha, quer alguma coisa?— Falar com sua mãe.
Ele bufa novamente e a chama. Depois de um minuto constrangedor ela chega.A mulher idosa é bastante parecida com o filho, cabelo castanho, olhos esverdeados e morena.
— No que posso lhe ajudar, minha querida?
A senhora simpática, vem até mim e o filho traz para a ela uma cadeira, pois ela tem um pouco de dificuldade de ficar de pé.Ele olha para mim com uma sombrancelha levantada, e um olhar de: Viu como eu sou educado?
Respiro fundo e tiro o celular do bolso.
— Você conhece essas pessoas?
Mostro a foto da minha família, e Bill.Óbvio que eles podem ter sido só mais uns clientes aleatórios, mas prefiro pensar que não.
— Onde você conhece Luna, minha querida?
Dou um sorriso largo, minha mãe tinha um nome tão lindo. E só de ouvir meu coração se enche de alegria.— Sou filha dela.
A mulher também abre um sorriso.
— Oh, eu era amiga da sua avó, ela deixava sua mãe aqui quando ia trabalhar.— E Bill, como está? Na última vez que a vi, sua mãe era muito apaixonada por ele.
Bill?? Não, não, não.— Marie,
Me agacho em sua frente, e mostro a foto melhor a ela.
— Bill é esse aqui ó, meu pai, Alejandro, é esse.— Até hoje ela não te contou? Minha querida, desculpe. Mas é Bill quem ela amava.
A mulher diz tranquilamente.Não, não, não.
Sinto o meu coração quase saindo pelo peito, e começo a ficar sem chão.
Ela amava Bill, e estava com meu pai? Por que essa história, só fica cada vez mais confusa?
VOCÊ ESTÁ LENDO
ᴀ ғɪʟʜᴀ ᴅᴀ ᴍᴀғɪᴀ
RandomJulie Velasquez, a filha de uma máfia. Seus pais eram chefes de um grande esquema, mas foram mortos quando ela tinha apenas 7 anos. A garota acreditou por toda a sua vida que eles foram mortos em um confronto com outros traficantes, e os fatos compr...