O solto e me afasto, o que o deixa visivelmente confuso. Mas não temos tempo para isso agora.
— Precisamos revidar.
Bill não entende, mas arrumo a postura e ando em direção a porta.— O que você vai fazer Julie?
Pergunta errada.
— O que nós iremos fazer.
Ele anda receoso até mim.Mas antes que ele comece a fazer mil perguntas, respondo todas elas.
— Nós vamos reconstruir a Velasquez.
Como o previsto, Bill me olha torto.
— Não tem como conquista-la de volta Julie.Exatamente, por isso mesmo que não vamos "conquista-la".
— Não Bill, não vamos pega-la de volta. Vamos refaze-la.
Elle franze a testa, ainda sem entender.
— Mas e todas as pessoas que perdemos? Não dá para refazer uma máfia assim, do nada.Aí está o ponto.
Não é do nada.
— Aquelas pessoas podiam ser espiões, então não seria bom de todo jeito.
Ele faz que sim com a cabeça, e prossigo.— Claro que quero que as pessoas que participaram do roubo, inútil, e do tiroteio estejam bem, e vivas. Mas não podemos ter elas de volta.
Seria um risco, e já temos problemas demais.
— Está bem.
Não achei que séria tão fácil convencer Bill.Ele normalmente é mais... Severo.
— Por onde começamos?
Dou um sorriso de lado, vou até em direção ao quarto.Primeiro temos que ter recursos.
Bill tenta me seguir mas o impeço.
— Calma, já volto.
Ele fica parado na porta, mas eu a fecho, ele não pode ver o dinheiro.Viro o colchão, que faz um barulho alto ao bater na madeira.
— Está tudo bem?
Me pergunta, e olho rapidamente para a porta.
— Sim! Fique aí!
Ele não a abre, então pego um pouco do dinheiro.Quando saio do quarto não vejo Bill. Vou até a cozinha e também não está lá, quando chego na sala o encontro olhando o lugar, com certeza com lembranças em mente.
Assim que nota minha presença, pergunta.
— De onde veio isso?
Ele observa o dinheiro em minha mão e pensa um pouco, logo depois da um riso irônico.
— Você achou o dinheiro não foi?Ele sabe?...
Como?
— Antes que pergunte, digamos que eu também ajudei.
O dinheiro da fuga... Provavelmente é esse.Nem me surpreendo mais.
Cada coisa que Bill já fez, ou faz.
Boto o dinheiro na mão dele e dou a volta na sala, parando em frente a janela.
— Compre armas, comida, coisas para a casa. Aqui será o nosso pequeno refúgio agora.Ele não dá um passo, e nem se mexe. Então me viro para ele.
— Você sabe que estou sendo "caçado", não é?Bill faz sinal de aspas com as mãos, e tenta me entregar o dinheiro, mas eu o ignoro.
— Toma.
Dou a minha arma a ele.— Onde você?...
Respondo rápido para ele ir logo.
— Na toca, a muito tempo. E relaxa, eu tenho facas.Aponto para as facas na cozinha. E inevitavelmente, lembro do meu treino com Robin.
Touché.
Dou um leve sorriso, que logo some.
Ele não era real.
— Volto logo.
Diz em quanto abre a porta, mas antes de fecha-la o impeço.— Calma, vou sair também.
Pego algumas facas e saio junto a ele.
— Para onde você vai?— Ver umas pessoas. Ah, e Bill, traz algumas fechaduras, vamos precisar.
Assim que concorda andamos em direções opostas.Vamos precisar de muitas armas, locais, e pessoas, mas para a minha sorte, conheço algumas que podem ajudar.
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ᴀ ғɪʟʜᴀ ᴅᴀ ᴍᴀғɪᴀ
RandomJulie Velasquez, a filha de uma máfia. Seus pais eram chefes de um grande esquema, mas foram mortos quando ela tinha apenas 7 anos. A garota acreditou por toda a sua vida que eles foram mortos em um confronto com outros traficantes, e os fatos compr...