Epílogo

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                               Kiara

- JJ. - Eu o chamo pela décima vez. - JJ, acorda. Meus pais chegam em 1 hora, você tem que levantar.

Ele murmura algo incompreensível, antes de me puxar para seu colo e segurar forte a minha cintura. JJ trilha beijos da minha clavícula, até o meu pescoço.

- Boa tentativa, mas não vai funcionar. - Eu digo o empurrando levemente. - Jonh B, Sarah e Aby já devem estar no apartamento.

- Só uma foda matinal, Kie. - Ele pede com a voz manhosa. - Vamos, é Natal, seja uma boa menina.

Ele alcança os meus lábios, e por um segundo eu quase me deixo levar, mas eu não podia. Hoje era manhã de Natal. Nós jantamos com meus pais e Aby, ontem, enquanto Jonh B e Sarah, passaram o feriado com os pais dela.

Hoje todos nós iríamos nos reunir para comer as sobras. Isso é claro, se JJ deixasse. Mesmo depois de uma longa noite de orgasmos, ele ainda parece insaciável. Ele me cansava do melhor jeito possível.

- Não dá tempo. - Eu digo me levantando, antes que ele consiga me convencer.

Caminho em direção ao banheiro, ouvindo o suspiro derrotado de JJ.

- E não é como se você pudesse me fazer gozar em 1 hora. - Eu o provoco, parada no batente da porta.

Eu nunca vi JJ levantar tão rápido. Eu até correria, mas a visão dele vindo até mim usando apenas uma boxer preta, precisava ser apreciada.

Meu namorado é delicioso.

- Eu só preciso de 10 minutos. - Ele sorri convencido, me erguendo do chão, e me fazendo entrelaçar as pernas em sua cintura.

[...]

Sarah e Aby estavam na sala, falando mal de JJ, que bufava a cada história constrangedora que ela contava. Eu estava tentando permanecer neutra, para não envergonhar o meu namorado, mas a última não tinha como.

- É sério. Ele morria de medo do micro-ondas. - Aby assegura mais uma vez, enquanto nós gargalhávamos.

- Aby! - JJ resmunga. 

- Não dê ouvidos a ele, Aby. Continue. - Sarah pede, ainda rindo.

- O melhor Natal de todos. - Eu ouço Jonh B dizer, enquanto secava uma lágrima, devido a sua risada excessiva.

Somos interrompidos pela campainha.

- Eu atendo. - Eu me levanto. - Devem ser os meus pais.

Eu abro a porta, e logo vejo minha mãe com uma travessa de algo nas mãos, e meu pai com uma garrafa de vinho. Mike e Anna Carrera passam batido por mim - Sua própria filha. - Para abraçar JJ e Aby.

Adorava a interação deles. Minha mãe e Aby pareciam duas adolescentes fofocando sobre a minha vida e a do meu namorado, e eu desconfiava que meu pai tinha mais ciúmes de JJ, do que de mim.

- Olá, mãe e pai. Feliz Natal, é muito bom ver vocês. Eu estou ótima, obrigada por perguntar. Me sinto muito amada pela minha família. - Eu digo sarcástica, enquanto fechava a porta.

- Oh queria, pare de drama, venha aqui. - Minha mãe abre os braços, sorrindo.

- É, não fique assim, você é a preferida depois de JJ. - Meu pai diz vindo em minha direção.

- Pai! - Eu o repreendo.

- Eu estou brincando, amor. - Ele ri se juntando ao abraço.

- Não se preocupe, Kiara. Com sorte eles podem colar uma foto sua na geladeira também. - JJ desdenha rindo.

Meu pai colou a "foto da vitória", do jogo da final, na porta da geladeira. JJ estava com o ego nas alturas, fazendo média com Mike.

- Vocês são ridículos. - Eu resmungo.

- Não dê atenção a ele querida. Vamos tirar as rabanadas do forno. - Aby segura minha mão, me levando até a cozinha.

Me viro dando língua para JJ, enquanto Jonh B e Sarah riam de toda a situação.

Passamos a manhã inteira rindo e conversando. Era leve e descontraído, tudo parecia certo, e eu estava completa. Praticamente comemos a ceia de ontem.

Jonh B ficou resmungando sobre meu pai tê-lo trocado por JJ, e Aby contou outra história sobre quando ele tentou andar de bicicleta pela primeira vez. Eu acho que nunca ri tanto em toda a minha vida.

Era Natal.

E aquela era a minha família.

Agora já passava das 20:00. Aby foi embora, depois de fazer uma marmita enorme, alegando que a comida do asilo era horrível. Meus pais a acompanharam e deram carona para ela.

E como todas as noites têm sido ultimamente, JJ e eu, e Jonh B e Sarah, revezávamos a guarda dos apartamentos. Hoje nós estávamos no meu. Eu estava deitada no sofá, e JJ estava entre as minha pernas, com a cabeça apoiada na minha barriga e os braços abraçando a minha cintura.

Nós estávamos vendo um filme brega de Natal, que eram os meus favoritos, por sinal. Eu fazia carinho em seus cabelos, e ele fazia alguns padrões com os dedos nas minhas costas.

- Micro-ondas né? - Eu o provoco depois de um tempo.

- Ah, qual é? - Ele pergunta soltando uma risada nasal. - Tente explicar pra uma criança de 12 anos, o que é uma uma caixa gigante, que faz barulho e esquenta as coisas.

Nós rimos e JJ me aperta ainda mais contra seu corpo.

- Tomara que os nossos filhos não sejam assim. - Eu digo, ainda rindo.

- Nossos filhos vão ser precavidos, como o pai, tá legal? - Ele garante, seguindo as minhas risadas.

- Tomara que eles não tenham os seus olhos. - Eu digo sem perceber.

JJ levanta a cabeça para me encarar.

- Por que não? - Ele pergunta confuso.

- Eu não acho que conseguiria negar algo a eles. - Eu respondo segurando seu rosto e ele sorri.

- Nesse caso, não adiantaria de nada se eles tivessem os seus...

Meu sorriso sai sem que eu perceba. Era estranho amar tanto alguém, ao ponto de nem caber em você. Era o que eu sentia por JJ. E era lindo.

- Eu te amo tanto... - Eu sussurro.

- Eu te amo mais... - Ele sussurra de volta.

JJ uni nossos lábios em um beijo tranquilo e apaixonado. Ele finaliza o beijo com pequenos selinhos, voltando a descansar a cabeça no meu colo. Não havia outro lugar no mundo em que eu quisesse estar, que não fossem em seus braços.

Talvez eu esteja mesmo apaixonada.

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Oiie

Gente eu sou completamente rendida por esses dois 🤧🤚

Esse foi o epílogo para vocês, espero que tenham gostado.

E lembrem-se, nunca é um adeus, é sempre um, até logo.
💫💫💫💫💫💫

Maybe I'm In Love - JiaraOnde histórias criam vida. Descubra agora