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Alis.

   Eu tinha praticamente fechado a porta do carro de Logan com toda a força que eu tinha. Quem ele pensa que é? Eu sei que devo algo a ele por ter me acolhido em sua casa mas controlar a minha vida? Não, de jeito nenhum.
   As aulas passaram longas, como se meus pensamentos fosse apenas a raiva fervilhante e eu estivesse presa nela.
   Com a sala vazia, devido ao último toque das aulas, espero Tom chegar. Eu tinha mandado mensagem para ele explicando que eu não poderia ir na noite passada devido a um contratempo e então remarcamos para hoje depois das aulas no lugar de sempre.
   Hoje não iríamos apenas trepar, era uma despedida, porque ele quer casar e ter filhos e eu...eu não amo ele, não como uma esposa deveria amar o marido.

   A porta se abriu e eu me virei a tempo de ver Tom entrar.

— Temos vinte minutos até o zelador vir — ele já abria o zíper da calça. Me sentei na carteira da mesa e abri as pernas. Puxei ele pela camisa para ficar entre elas. O ajudei com os botões da calça e ele levou a mão a minha calcinha, colocando a renda para o lado e enfiando o dedo maior entre meus lábios.

  Tom se encaixou, deslizando o próprio pênis coberto pela camisinha pela minha intimidade e então enfiou o penis médio em mim. Arfei pelo o contato. Tom alcançou meu sei sob a blusa e o apertou enquanto roçava o próprio pênis dentro de mim. Me agarrei a ele, abrindo mais as pernas e enlaçando elas no quadril dele. Meu pescoço está sobre o ombro dele.
  A força dos movimentos dele o fazem arfar e gemer. E é tão bom a sensação, a ardência e os tremores em minhas paredes.

— Ah, merda — O gemido escapa pelos meus lábios. Abro olhos e por aquele momento, meu coração para de bater.

   Logan, parado e assistindo a cena com nojo em sua expressão. Tento me desvencilhar de Tom mas Logan é mais rápido. Ele puxa Tom pela camisa para longe de mim e logo acerta o rosto dele com um soco.

— Para! — Me coloco entre os dois. Logan esta vermelho e eu não sei se de raiva ou pelo estresse de ter que lidar com isso. — Logan por favor.

— Esse babaca é seu professor! Ele está enganando você!

— Não Logan — Dou um passo na direção dele, depois outro e so então percebo que minhas pernas estão tremendo. —, fui eu qu começou, ele não me enganou ou deflorou. Eu quem quis. — Estou a um passo dele. Os olhos de Logan estão em Tom atrás de mim. Descanso minhas mãos no peito dele e sinto o coração batendo rápido por baixo da pele. — Por favor, não conte a ninguém, por favor. Ele não pode ser demitido.

— Não pode ser demitido? Rá! Vai ser preso então, por se envolver com uma aluna! — Ele berrou. Apertei sua camisa branca em minhas mãos. Ele abaixou o olhar para mim.

— Eu me envolvi com ele, fui eu quem fui atrás dele. Vamos para casa, vamos conversar em outro lugar. — Me viro nós calcanhares e olho pra Tom, já vestido e com o olho esquerdo vermelho. — Me desculpe.

   Logan me puxou para fora da sala pelo pulso, me puxou de lá até a saída. No carro, Lily está no banco de trás mexendo no celular. Ele abre a porta do passageiro e quase me enfia lá. Ele da a volta no carro, praticamente correndo.

— O que foi? — Perguntou Lily, notando o clima caótico.

— Nada, não se preocupe.

   Mas eu deveria me preocupar. O que ele pretende fazer? Como vou convencê-lo que Tom e eu tínhamos um acordo? Como vou sobreviver a isso?

    Na sala de estar, após Logan ter mandado Lily subir para o quarto e colocar a música que quiser o mais alto que quiser e ela ter subido, ele está andando de um lado para o outro. Estou sentada no sofá, assistindo a ele.

— Seu professor...

— Sim.

— A quanto tempo? — Isso importa? Aparentem sim.

— Um ano, mais ou menos.

— Então você era de menor quando começaram — Ele parou e me encarou.

— Não que seja da sua conta, mas eu perdir a virgindade com dezesseis anos com um garoto que não sabia segurar o próprio pau — Se controla, Alis, não vai ser bom se os dois começarem a gritar. — Logan eu fui atrás dele, estava carente e cansada de usar os próprios dedos. — Merda, falei demais. Choque pecorreu o rosto de Logan.  — Eu gosto de sexo, está bem? E a única coisa que Tom fez foi ser atraente para mim. Ele me recusou, sabia? Ele não queria mas eu insistir, era só sexo rápido e nada mais, então ele aceitou. Eu não fui deflorada, Logan, eu quem o usei.

   Ele soltou uma risada irônica e anasalada. É agora que ele me expulsa de casa? Ou vai me colocar de castigo como faz com Lily?

— Na sala de aula, tem noção do risco que você correu? — Ele esfregou a têmpora. — Maldito seja aquele homem.

— Logan!

— O quê? Sou eu quem vou ficar com a imagem de vocês dois trepando na mente. Acha que eu gosto? Por mim eu voltava e quebrava a cara daquele infeliz.

— Logan — Me levantei e me aproximei dele, ficando a somente um passo de distância —, por favor, não denuncia ele. Eu sei que é o que você quer, mas eu sou a culpada. Por favor.

   Ele pareceu refletir sobre o assunto então balançou a cabeça em concordância.

— Vai ter condições.

— Tudo bem — Se isso impedisse que ele denunciasse Tom, por mim tudo bem.

— Primeiro, você não vai ficar no mesmo lugar que ele e vai terminar o que quer que seja isso — Ele falou firme, olhando nos meus olhos. —, segundo, você vai ter um toque de recolher, sem saídas noturnas para encontrar seus amantes — A palavra amante pareceu um xingamento.

— Tudo bem, estou de acordo. Mais alguma coisa?

— Sim — Ele olhou para a minha boca. Sim, olhou para a minha BOCA. Caramba. O que é isso? Ele não está puto de raiva comigo? —, vá se lavar, consigo sentir o cheiro daqui.

   O quê? O meu cheiro? Mas...

— Eu estou fedendo? — perguntei baixinho, para mim mesma. Quase puxei o ar embusca de algum odor.

— Não, pelo contrario — Ergui o olhar e encarei os olhos dele. Ele tinha ouvido? Eu falei tão baixo... — Por isso, vá se lavar.

   Ele se virou e seguiu em direção as escadas.
   O que ele queria dizer que não é ruim? Ele ficou incomodado? Provavelmente. O cheiro de almíscar deve deixar qualquer um incomodado, principalmente alguém que você não tem esse tipo de contato.
   Caramba.
   Logan me viu transado com o meu professor. Brigou comigo e esmurrou Tom. Mas pelo menos, não foi um babaca. Agora, meu envolvimento com Tom tinha realmente acabado e não teria retorno.

Me EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora