Capítulo 12

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Logan

    Eu não pude ter o que quero, e o pior é que eu entendo. Por algum motivo Lily quis dormir com Alis e minha invasão ao quarto dela foi para o espaço.
    Mas eu queria vê-la.
    Passei o dia pensante nisso. Eu esperaria todos irem dormir para bater levemente em sua porta e tê-la por aqueles minutos para mim. Mas eu nunca vou tirar uma noite do pijama da minha filha.
    Com um suspiro alto, deito em minha caba com a barriga para cima. Já passa da meia noite, e Lily tem que ir para a cama as nove então...será que elas ainda estão acordadas?
    Me levanto só para pegar o celular no criado mudo e volto para o colchão. Abro o aplicativo de mensagens e clico em seu contato.
    O que eu estou fazendo?
    Eu deveria deixá-la em paz. Deveria manter minhas mãos longe dela, por que eu sou mais velho, mais experiente, uma péssima influência para ela, afinal, não é como se ela fosse querer um velho ao lado dela, certo?
    O que é que eu tô dizendo? Eu nunca me senti não diminuindo com a ideia de ser rejeitado. Eu sou um homem formado, dono de uma firma e um bom advogado, eu sempre fui o homem a qual as mulheres correrem atrás e agora me tornei quem segue uma adolescente com um cão louco pelo osso.
    Dígito inconscientemente no teclado.
"Já esta dormindo?"
     Encaro a tela com receio. Que mal faria? E até mais posso inventar uma desculpa para explicar a mensagem.
     Clico em enviar e desligo a tela. Eu não preciso encarar o chat e esperar sua resposta. Mas um minuto depois eu já estou ansioso pela resposta.
     O som do anúncio de uma notificação me alerta e eu rapidamente ligo o celular. Droga, não é ela. Eu tenho que dá um jeito da minha operadora parar de me mandar essas mensagens e spans, não aguento mais ofertas terríveis e ilusórias. Se posto em processo poderia ser arrancado uma boa fortuna da operadora.
     A notificação do chat apareceu na barra do celular e meu coração traidor palpitou no peito em expectativa.
"Não, não estou com sono."
"Lily não pode ficar até tarde acordada, eu vou ser o pai chato e pedi para que ela vá dormir."
    Se Lily acordar às dez da manhã amanhã e perder o reforço...eu nem sei o que faço com ela. Hoje em dia é mais fácil tomar o celular dela como forma de castigo, mas ela ainda tem Alis para ocupar sua mente.
"Lily ja dormiu,pai do ano. Ela não aguenta até às dez da noite. E você? Insônia?"
    Desejo.
"Sim. Minha cabeça está cheia."
    Cheia de imagens pervertidas e várias posições diferentes. Em geral, nos olhos tão irredutíveis e castanhos dela.
"Eu te entendo. Posso ir aí?"
    Tenho que me controlar para não responder de imediato. Caralho. O que está acontecendo comigo?
"Claro, a porta está destrancada."
    Eu olhei pelo quarto brincando algo fora do lugar. Me olhei no espelho da parede — que vai do teto ao chão — e me certifiquei que não pareço ansioso demais.
    Mas quando ouvi as duas batidas leves na porta...
    Meu coração parou de bater por alguns segundos.
    Vou até a porta e abro para ela. Alis entra no quarto com um sorriso fino nós lábios. Eu fecho a porta e giro a tranca.
    Alis anda até a cama e se senta no colchão. Ela olha o ao redor com curiosidade nos olhos.
— Eu nunca estive aqui antes.
— O que achou?
   Ela fez uma careta engraçada. Pelo visto não gostou da decoração.
— Frio. — Ela mexeu os pés em circulos.
   Me aproximo da cama, me sentando ao lado dela sob o colchão.
   Alis está usando um shot de algodão e uma camiseta fina. Ela está sem sutiã, a propósito, o que faz com que minha atenção seja roubada para os seios destacados.
— Eu queria conversar com você.
— Conversar? — Levanto os olhos para os dela e a encontro sorrindo maldosamente. Acho que fui levo no flagra.
— É, conversar. Me chamou pra outra coisa, Shay?
   Sim.
— Não, mas estou sempre aberto a mudanças.
— Hum, entendo. Bem, eu não vou custar a falar. — Ela esfrega as mãos nas coxas, como que para secar o suor em suas palmas. — A Lily ela...
— Lily?
— Sim, ela...
— O que aconteceu com ela? Foi aquele David de novo?
— Não foi nada disso, ela... — Ela respira fundo e então encara o próprio colo. — Lily ficou mocinha.
   O quê?
— Como assim mocinha?
— Ela menstruou, é isso. — Ela falou de uma vez, rápido e apressado.
   Pelos céus. A minha filhinha... 
   O que eu faço? Eu nunca imaginei — bem, eu sabia que um dia acontecer mas eu esperava que se ignorassemos não aconteceria —, que isso fosse acontecer.
— Ela precisa ir ao médico? E remédios? Eu acho que vocês tomam remédio nesse período, não é?
   Alis ri, leve e divertida, rindo de mim.
— Por que está rindo?
— Você é engraçado quando está preocupado. Mas relaxa, eu já cuidei de tudo. Eu só, sabe, precisava te contar.
— Eu agradeço por me contar, não acho que Germa ofaria.
   Alis se move na cama, se arrastando para ficar mais no centro e poder se deitar. Ela fica apoiada nos cotovelos, me encarando.
— Eu posso mudar de assunto e te fazer uma pergunta?
— Claro.
— Cindy diz que vamos para Yale, ela meio que tem tudo planejado, mas...
— Yale? — Fico surpreso com o que sinto em relação a isso. — É do outro lado de pais.
— Eu sei, por isso quis conversar com você. Eu me escrevi em Stanford, Havard, Yale e na Durtmoth, mas sinceramente? Eu não sei bem o que fazer, ou melhor, o que escolher.
    Todas, exceto Stanford, são longe de mais.  Fico com raiva, mesmo sem sabem o porquê.
— Eu quero fazer direito, eu gosto...não — ela sorri abertamente e eu quero sentir algo além de raiva bruta. — Eu sonho com isso desde pequena, e eu queria saber, na sua opinião, qual a melhor escolha.
— Pra você ir embora ou...
— Pra faculdade. Eu não estou indo embora, eu nunca abandonaria Lily, Logan. Não se preocupe.
   Nunca abandonaria Lily. Isso é bom, e muito bom por que não quero minha filha triste. Mas por que isso me deixou ainda mais puto?
— Stanford, é uma ótima escolha. — É difícil falar com o maxilar travado. Minha voz sai mais seca do que deveria.
— Você acha? — O desaponto na voz dela me deixa curioso e perigosamente por um fio.
— O que você acha? Quer se mudar para o outro do lado do país ou quer ficar perto de casa?
— Eu estou confusa com isso. A real é que eu queria ficar perto de Lily mas eu também queria aprender a viver com as minhas pernas, sabe? Eu quero ter oportunidade de crescer e me tornar uma mulher forte e independente, e ficar aqui, no calor e acolhimento de casa,faz parecer impossível.
    Eu odeio que ela esteja certa.
    Eu odeio que eu esteja me sentindo tão mau agora.
    Eu odeio que um lado possessivo que até então eu achei que tivesse morrido em mim tenha despertado.
    Alis merece ter uma vida incrível e eu, e nem ninguém, deveria dizer a ela o que fazer ou não. Essa decisão só cabe a ela fazer, mesmo minha vontade seja de que ela fiquei aqui.
— Meus tempos na Yale foram incríveis, Stanford é excelente, mas Yale é a minha casa, sabe? — E dói terrivelmente falar isso para ela. — Se é isso que quer, vai valer a pena se for essa a sua escolha.
   Ela caí deitada na cama, os olhos vão para o teto e um longo suspiro escapa dos seus lábios.
— Logan? — Ela sussura ao nada.
— Sim?
— Você acha que Lily me odiaria se soubesse que nós dois...você sabe.
— Eu não sei — Espero que não —, Lily é muito importante pra você.
— Sim.
    A ideia de que ela possa por um fim em seja lá o que temos me faz fazer algo que nunca pensaria em fazer.
    Buscar Alis nunca foi uma opção, até agora.
    Minha mão acaricia a perna dela. Ao meu toque, vejo os poros se contrairem em um arrepio. Os olhos dela se dirigem a mim e eu poderia fode-la agora mesmo só por causa desse olhar.
— Ela não pode descobrir, Logan.
   Ela se levanta, ficando de joelhos sob a cama,e vem até mim. Ela, sem eu sequer pedir, se senta em meu colo, passando as pernas ao redor da minha cintura.
   O calor do corpo dela e essa proximidade são muito bem vindos.
   Aperto ela, a bunda e a cintura, aproveitando a proximidade. Ela geme baixinho e o quadril circula sob meu colo. Essa garota é tão maliciosa.
— Então não grite.
   Seguro seu pescoço e a puxo para o encontro de meus lábios. Não a barreira e nem resistência, apenas o desejo.
   Eu já tive mulheres em meus braços, de todos os tipos e eu posso até ser chamado de galinha por isso mas eu nunca repetia uma por tempo demais. Nunca deixei que ficasse por tempo demias. Mas, Alis é algo totalmente novo. Como uma tragada de uma droga forte que te vicia no mesmo momento em que a experimenta. É como uma fruta do Éden, doces e cheia de pecados.
   A língua de Alis pecorre meu lábio inferior e ela se afasta para olhar em meu rosto. Os lábios levemente inchados deixam o rosto angelical sexy demais. Tenho certeza que ela está sentindo meu pau pulsando em baixo dela.
— Quero você por cima. — Ela segura a minha blusa branca e levanta, passando pela minha cabeça. — Quero cada centímetro de você. — Ela rebola sobre mim. Merda. — Vai me foder Logan? Vai me fazer implorar?
— Eu não vou prometer nada, anjo, mas vou te mostrar.
    Inverti nossa posição, fazendo com que ela fique em baixo de mim. Alis passa as pernas ao redor no meu abdômen, e as mãos vão para o meu cabelo.
    Roço minha ereção contra o short dela. Ela arfa com o contato e seu quadril se move, roçando de volta.
— Sente isso? É isso que você causa em mim. — Amplio o movimento esfregando com força. As pernas dela se contraem ao redor de mim.
— Oh Deus...
— Quer tudo? Cada centímetro? Diga, me diga como você quer. — Mordo o ombro dela e distribuo beijos em seu pescoço. Em seu ouvido mordo e chupo o lóbulo. — Como você quer que eu te foda, anjo?
— Logan — Ela geme meu nome baixinho e eu tenho que procurar seus olhos. Desejo e...algo que nunca vi. Não soube interpretar completamente o que ela me pedia, mas de uma coisa eu sei: Alis não vai voltar atrás.
   Deslizo minha mão por entre o espaço entre nós. A respiração dela se torna pesada, antecipando o que vai vir. Meus dedos ultrapassam o elástico do short e da calcinha, e encontram seus ralos pelos pubianos. Com o dedo médio acaricio seu clitóris com preguiça. Ela se abre mais para mim e as mãos agarram meu rosto. Nossos lábios se encontram e ela está faminta. É tão nova essa sensação, esse prazer em satisfazê-la.
   Aumento meus movimentos e ela arfa em minha boca. Seus corpo está entregando o orgasmo que virá, então eu mudo a posição deslizando meu dedo por entre seus pequenos lábios até sua entrada.
— Está tão molhada — Mordo seu lábio inferior —, meu anjo.
   As mãos dela tateiam meu abdômen querendo tocar em mim, mas eu a detenho.
— Eu quero isso aqui — Adentro meu dedo em sua vagina. — Você não tem noção do quão deliciosa é.
   Ela está vermelha e ofegante, me olhando com raiva e prazer. Não estou a levando ao clímax e não é por outra razão se não que quando eu entrar nela será uma linha tênue entre me perder e ejacular só de senti-la. Estou com o saco roxo de tanto tesão.
   Ela puxa a blusa do próprio corpo e com a mão em meu cabelo me guia para o próprio seio, o oferecendo.
   Gostosa pra caralho.
   Sugo o mamilo chocolate ao leite e mordo o biquinho. Os gemidos de Alis são uma doce música em meus ouvidos.
   Com fome e quase ejaculando em minhas próprias calças. Me livro do calção e Alis se livra de seu short. A calcinha é uma peça minuscula de renda e fitas brancas que com um puxão na lateral se rasgam. Alis solta um gritinho de animação.
   Me encaixo entre suas pernas e não tardo a penetra-la. Meu pau sempre foi um inimigo nessas horas, devido ao seu tamanho quase sempre minha parceira saia dolorida e com dores, por isso vou com calma, alargando ela antes de preenchê-la.
   Sinto os dedos de Alis pressionando minha bunda em uma mensagem clara de que ela quer tudo.
   A sensação de estar dentro de Alis é como experimentar o céu e o inferno ao mesmo tempo, porque ela é tão gostosa que tenho que me segurar para não gozar. Com o controle do meu corpo retomado avanço nela, estocando com vontade.
   Minhas fantasias nem se compraram com a realidade. Com os som e com a sensação. Me sinto perdido, por que não sei se consigo parar de quere-la. Não sei se quero parar de querê-la.
— Oh, isso.
   Ela tenta se segurar em mim. O corpo está absorvendo o impacto de minhas estocadas fazendo com que ela balance levemente para cima e para baixo.
   Mas não estou satisfeito, não quando quero estar em casa centímetros dela.
   Ergo a panturrilha direita de Alis e a levo até o meu ombro. Agora eu posso ir mais fundo. Provo de seus lábios, me deliciando com todas as sensações que ela pode me provocar.
— Logan, estou quase lá.
   Alis choraminga lindamente. O rosto e o corpo se contorcendo devido ao orgasmo.
— Goze para mim, anjo.
— Cace...oh, deus!
    Vê-la tão vulnerável, recebendo o orgasmo fez meu cérebro explodir e eu jorrei dentro dela. Cacete! Os espasmos me fazem ver estrelas e o orgasmo é avassalador.
    Perco o fôlego e me sinto atordoado com tanta reação.
    Eu pensei que nada poderia ser melhor do que a nossa primeira vez. Eu estava muito enganado.

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