Capítulo 9

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Logan.

— Ah, que droga!

   A névoa de talco empestiou o banheiro. Charlotte, estava branca como uma fantasma e os cabelos sujos de talco. Eu queria rir tanto quanto manda-la ir para casa.

— Olha o aquela pirralha fez! — Ela berrou e por mais que eu odeie que ela se refira a Lily assim, ela está nos diretos dela.

— É só uma brincadeira.

— Uma brincadeira? Eu estou farta dessas "brincadeiras" — Ela saiu, me empurrando quando passou por mim. — Estou cansada de ser a sua segunda opção — Ela achou que um dia poderia ser a primeira? Sério? Charlotte se vestiu, o cabelo solta pó a cada movimento. Ela está sujando todo o quarto.  — Você vai ter que escolher, Logan, por que eu não vou ficar com você se sua filha não tiver no mínimo em uma escola integral para meninas delinquentes.

    Ok, agora ela chamou a minha atenção.
   
— Primeiro, pondere as sua palavras sobre a minha filha, segundo, você tem o que na cabeça, Charlotte? Ela é a minha filha porra! Eu nunca vou deixar de escolher ela!

   Ela ergueu o queixo fino e estalou a língua no seu da boca.

— Quando você se arrepender dessa decisão, você me procura — Ela se levantou e rebolou até a saída.

    Ah, senhor, me dá paciência para lidar com ela. Eu já devia ter terminado com ela a muito tempo, ou pelo menos a três dias atrás quando Alis e eu tivemos um caso.
    Eu devo terminar com ela. Quem sabe depois dessa ela não me deixe de vez.

   Vozes gritavam em algum lugar distante, como se discutissem.
   Sai do quarto, reconhecendo o grito agudo de Lily. Corri pelos corredores da casa e desci as escadas somente para ver Alis e Charlotte atracadas uma na outra. A morena acerta o rosto da loira com o punho, e Charlotte recorre as unhas, rasgando a pele de Alis.
   Lily está em pânico, puxando a blusa de Alis. Lágrimas transbordam do rosto dela. Germa está petrificada, como se não soubesse como agir diante daquilo.
   Segurei Charlotte pela cintura e a afastei de Alis.

— Olha o que ela fez comigo! Você vai deixar ela sair em pune?!

— Eu não sei o que aconteceu aqui, Charlotte, mas vamos nos acalmar e tentar resolver isso.

   Soltei a loira e ela ficou andando de um lado para o outro. O que é que aconteceu aqui?

— Peguei os primeiros socorros — Falou Germa, se sentando ao lado de Alis no sofá. Ver Lily agarrada a Alis, chorando e tremendo apertou meu coração.

— Vou chamar um táxi para você e enquanto isso eu quero saber o que foi que aconteceu aqui.

   O braço de Alis está em carne viva, cheio de cortes retos mas superficiais. Ela tenta não demonstrar, mas está quase chorando por causa de Germa limpando os ferimentos.
   O rosto de Charlotte está vermelho e eu tenho certeza que amanhã estará roxo, principalmente o olho esquerdo.

— E então?

— Alis me atacou, essa é a verdade. — Falou a loira.

— Alis? Isso é verdade? — Perguntei, tentando só calmo.

   Alis balançou a cabeça concordando.

— Ela mereceu — Falou Lily, ainda agarrada a irmã.

— Lily... — Minha voz soou repreensiva.

— Era o que me faltava — Bufou Charlotte.

   Uma busina soou em um som agudo. Era o táxi chegando a tempo para acalmar a situação.
   Charlotte se levantou e eu a acompanhei até a porta. Ela não olhou para mim ou se despediu, mas eu fiquei aliviado de não ter que lidar com ela. Pelo menos por enquanto.

    Alis subia as escadas e Lily ajudava Germa a guardar as gazes e a solução de volta a maleta de primeiros socorros.

— O que foi que aconteceu aqui? De verdade? Não vejo Alis batendo em alguém sem motivo.

   Germa olhou para Lily e a menina suspirou. A mais velha nunca ia se intrometer em assuntos de família.

— Charlotte falou da mãe de Alis, chamou ela de "filha de uma drogada imunda". Alis não teve culpa, pai. — A menina se levantou e se aproximou de mim. — Ela ainda tem pesadelos, mesmo dizendo que não, eu sei porque ela fala dormindo as vezes, é difícil para ela e não foi justo Charlotte ter jogado isso na cara dela.

— Não filha — Abracei Lily —, não foi.

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