Capítulo 43

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POV Sayuri

— Força, Mayumi-chan — pedi enquanto ela sofria empurrando seu filho para fora da barriga, por um instante eu temi por mim daqui há dois meses.

— Isso dói muito, Sayuri-san, eu não vou conseguir — ela gemeu enquanto Mito olhava entre suas pernas para ver o avanço do bebê — Traga Madara pra mim, ele me acalma!

Busquei meu nii-san no andar de baixo, que andava agoniado de um lado para o outro e no momento em que avisei que Mayumi queria ele naquele momento, Madara praticamente saltou as escadas de dois em dois degraus, quando entrei no quarto ele já estava sentado atrás dela, a apoiando entre suas pernas. Mayumi gritou por mais duas horas enquanto apertava minha mão ou as coxas de Madara, ela fez força até ouvirmos um choro alto preenchendo o quarto.

— É um menino — Mito murmurou sorrindo e o levando a Mayumi — Quer cortar o cordão, Madara?

Ele aceitou, mas pediu que ela esperasse um pouco acomodando os braços em volta dos de Mayimi, que mantinha o bebê em seu peito. Eles eram realmente uma família.

— Kagami — Mayumi sussurrou e olhou para Madara, como se pedisse sua aprovação, meu irmão sorriu para a esposa e acariciou a pequena cabecinha de cabelos negros.

— Seja bem vindo ao mundo, Kagami Uchiha! — ele murmurou.

Eu e Madara saimos do quarto, deixando Mayumi com Mito que a ajudava no banho, meus olhos estavam cheios de lágrimas. Ao chegar a sala me deparei com Tobirama e Hashirama, que segurava Akira, nos olhando com expectativa.

— É um menino — falei sorrindo entre lágrimas — Kagami Uchiha e tem a boca de Hiroshi.

Madara também sorriu, me abraçando o máximo que minha enorme barriga permitia.

— Ele ficaria tão orgulhoso — meu nii-san murmurou em meu ouvido.

Enterrei meu rosto na curva do pescoço dele e chorei silenciosamente, estendendo minha mão para segurar a de Tobirama, quando a coisa ficava difícil eu só queria os dois homens que eu mais amava ao meu lado.

— Eu não saberia viver num mundo sem vocês — falei para os dois que me olhavam atentamente — Então por favor, não morram!

Depois de todo esse momento emotivo eu me recompus e peguei o pequeno Akira no colo, o apoiando sobre minha barriga ouvindo os protestos de Tobirama sobre "esmagar nosso bebê".

— Quer conhecer seu amiguinho, Akira-kun? — perguntei com a voz fofinha e ele riu segurando meu rosto.

— Pede pra Sayuri-oba te mostrar ele, filho — Hashirama falou rindo e o pequeno o olhou ainda com um enorme sorriso no rosto.

— Vamos, eles já devem estar prontos — falei subindo as escadas com Akira no colo.

— Me da ele, ta esmagando sua barriga — revirei os olhos e ignorei Tobirama — Não deveria subir as escadas com tanto peso!

— Ela vai te bater — escutei Madara murmurando para meu marido.

Quando entramos no quarto Mayumi já estava de banho tomado, assim como o pequeno Kagami e Hashirama foi empolgado para pegar o bebê no colo, que chorou imediatamente nos braços do moreno.

— Acho que ele não gostou de você — Tobirama comentou com tom zombeteiro.

— Ele é um garoto esperto — Madara falou, o pegando dos braços de Hashirama — Sabe de quem é o melhor colo!

— Ele é um garoto esperto — Madara falou, o pegando dos braços de Hashirama — Sabe de quem é o melhor colo!

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Assim meu irmão o pegou no colo o pequeno parou de chorar, aninhando o rostinho no peito de Madara. Quando o quarto finalmente se acalmou eu perguntei baixinho a Mayumi e a Mito.

— Dói tanto quanto parece? — acho que deixei meu medo transparecer na minha voz, porque as duas deram uma risadinha.

— Então alguma coisa te assusta? — Mito perguntou e eu vi pelo canto do olho um discreto sorriso nascer nos lábios de Tobirama, cretino, só fica rindo porque não vai sair do pau dele — Dói muito não vou mentir, você acha que não vai aguentar a dor e quer desistir e deixar o bebê ali pra sempre.

— Mas existe algo que te dá força, não sei se é amor ou alguma coisa divina — Mayumi completou e Mito assentiu — Você só consegue e sabe que faria tudo de novo.

— Acho que esse é um dom que só as okaa-sans tem — Madara falou, acariando meu cabelo e sorrindo para Mayumi — A capacidade de sentir toda a dor do mundo se for por seu filho!

Descemos para a cozinha porque sabiamos que Mayumi precisava descansar, nos sentamos para programar a captura de Kyubi o mais rápido possível.

— Dessa vez você não vai — Tobirama falou convicto e eu revirei os olhos.

— Você não manda em mim.

— Mas mando no filho que você carrega e ele não vai para o campo de batalha enfrentar a basta de caudas mais poderosa.

— Ele tem razão, Sayuri — Madara falou — É muito perigoso que você faça isso com a barriga desse tamanho, sua armadura nem te serve mais.

— Eu posso dar um jeito na armadura, eu vou e não há o que vocês possam falar sobre isso — respondi com raiva.

— Você está para se tornar uma okaa-san, Sayuri-chan — Hashirama disse com calma — Por isso queremos proteger você!

— Tobirama está para se tornar um otou-san e ninguém está impedindo que ele vá para o campo de batalha.

Os três suspiraram e meu marido veio se sentar ao meu lado, segurando os dois lados do meu rosto.

— Eu não estou com nosso filho, não vou leva-lo ao campo de batalha e por Kami, Sayuri, se algo acontecer a vocês eu não sei o que será de mim — os olhos dele estavam fixos nos meus — Então, por favor, fica aqui e me deixa ter certeza que vocês dois ficarão bem!

— Tobi — sussurrei seu nome com carinho e quando assenti ele beijou minha boca.

— Anhanh — o som de Madara pigarreando interrompeu nosso beijo — Linda declaração, mas precisamos focar no plano.

— Tem razão, desculpem — murmurei corada.

— Eu ouvi que dois irmãos de Kiri tentaram capturar a Raposa, mas eles foram devorados e se alimentaram das entranhas dela — fiz uma careta de nojo enquanto Madara completava a história — E depois conseguiram escapar, ficando com parte do chakra da besta.

— Isso é possível? — Hashirama perguntou também com uma careta de nojo.

— Eu ouvi sobre isso na missão que fiz nos arredores de Kumo ontem — meu irmão deu de ombros — Escritos antigos dizem que o mangekyou pode domina-la, mas pra isso eu precisaria estar perto o bastante, acham que conseguem distrai-la pra isso?

Fiquei apreensiva em pensar neles chegando tão perto da Kyuubi. Segurei a mão de Tobirama com força, sentindo o calor que ele emanava.

— O Tobirama pode segurar uma barreira enquanto eu preparo o selamento dos portões, você a prende num genjutsu e a trazemos para cá com o hiraishin. Acha que consegue teletransportar nós três e a besta?

— Se eu não gastar muito chakra na batalha sim, mas ficarei quase zerado depois disso — meu marido respondeu.

— Certo, então trazemos pra a floresta aqui perto e já selamos em Mito de uma vez — o shodai falou encolhendo os ombros, deixando claro seu desconforto por selar a Kyuubi na própria esposa.

— Certo, vamos em um mês porque tenho que deixar tudo na vila organizado para nossa saída e não podemos sair da vila até a festa de aniversário da fundação de Konoha — meu cunhado disse se levantando — Vamos Tobirama, me ajude a adiantar alguns papéis, você também Madara!

Meu marido me deu um selinho e saiu acompanhando os outros dois.

Proposta de Casamento - Tobirama SenjuOnde histórias criam vida. Descubra agora