Capítulo 11

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POV Sayuri

— Boa noite — sorri de leve para Tobirama.

— Boa noite, você está linda — ele estendeu a mão para mim.

Eu estava com um vestido azul e um salto baixo preto e ele vestia uma calça preta, um sapato fechado e uma blusa azul de manga longa.

— Você também não está nada mal — peguei a mão dele, quente, grande e protetora em volta da minha.

— Como você prefere ir? Caminhando ou teletransporte?

— O hiraishin é realmente uma opção? — perguntei rindo.

— Sim, eu tenho uma marcação no meu restaurante de sushi favorito — ele coçou a nuca, meio sem graça — E se você permitir eu posso fazer uma marcação aqui para te trazer de volta.

— Por mim tudo bem, eu não estou animada para caminhar com esses saltos — vi os olhos de Tobirama irem para meus pés e subirem lentamente pelas minhas pernas e dei um tapinha nele — Para de encarar minhas pernas, seu tarado!

— Não pude resistir, elas já são lindas e ficaram ainda mais lindas com esse salto!

— Tobirama — falei em tom de repreensão — Você prometeu que não passaria dos limites!

— Tudo bem, desculpe, deixe-me marcar a casa — ele estendeu a mão sobre a parede e deixou sua marcação lá — Vamos?

Ele passou um braço em volta da minha cintura e sussurrou em meu ouvido, pedindo que eu fechasse os olhos.

— Quanto tempo leva pra me acostumar com isso? — perguntei ofegante quando chegamos na rua ao lado do restaurante — Meu coração ta a mil, olha!

Sem pensar coloquei a mão dele sobre meu peito e o vi prender a respiração.

— Se não quer que eu perca o controle — ele sussurrou em meu ouvido — Não deveria colocar minha mão em seus peitos.

Revirei os olhos e dei uma risadinha, peguei sua mão e o puxei para o restaurante, assim que entramos todos nos olharam e eu até tentei soltar sua mão, mas ele segurava a minha firmemente.

— Eles nunca vão parar de olhar? — perguntei tímida.

Depois de jantarmos, estavamos esperando a sobremesa e Tobirama resolveu falar:

— Eu tenho uma pergunta pra você — assenti para que ele continuasse — Mas primeiro, eu gostaria de pedir perdão pelo que fiz com seu irmão.

Por essa eu realmente não esperava, fechei a mão que estava sobre a mesa em punho e respirei fundo, para tentar conter as lágrimas que enchiam meus olhos.

— Por que isso agora, Tobirama?

— Porque eu acho que nós não poderíamos nos casar sem que eu pedisse perdão — ele pôs a mão sobre a minha, que estava fechada em punho — Eu sei que não vai apagar o que eu fiz, mas eu quero realmente me desculpar e espero que um dia você possa me perdoar!

— Talvez um dia — forcei um sorriso para ele — Mas pensei que você tivesse uma pergunta, não um pedido.

— É ai que entra minha pergunta — ele parecia desconfortável — Eu ouvi por acaso que você prometeu a Izuna que escaparia da maldição de ódio, por que não cumpriu essa promessa?

— Eu me perguntava quando você tocaria nesse assunto — Tobirama me olhou confuso — Hiroshi me contou, eu e ele tivemos uma pequena discussão depois disso, mas já foi — dei de ombros — Respondendo sua pergunta, eu não sei, a morte de Izuna matou algo dentro de mim, talvez não ter conseguido cura-lo tenha me feito perder um pouco de fé na humanidade, não sei.

— Se pudesse, eu o traria de volta para você — eu vi sinceridade no olhar dele e segurei sua mão.

— Nós dois fizemos muitas coisas das quais nos arrependemos naqueles tempos, mas agora já foi, está no passado e não tem porque ficar remoendo isso, Izuna não vai voltar.

Depois de comermos a sobremesa em silêncio, ele aceitou rachar a conta a contragosto, com muita discussão e me levou pra casa com o hiraishin.

— Quer entrar? — perguntei a ele — Podemos tomar um chá.

— Tem certeza disso?

— Sim, eu também gostaria de te fazer uma pergunta.

Ele entrou e se sentou no sofá enquanto eu preparava o chá.

— Obrigado — ele murmurou quando lhe entreguei a xícara.

— Aproveita, essa é a única coisa que eu sei fazer na cozinha — dei uma risadinha e vi que ele estava esperando minha pergunta — Eu entendo que vivemos em guerra e fomos inimigos por muito tempo, mas hoje, por que você odeia tanto os Uchiha?

Tobirama ficou desconfortável com minha pergunta, se remexeu no sofá, colocou sua xícara na mesa de centro e se virou para mim.

— Eu não odeio os Uchiha — o olhei confuso — Eu só não gosto da forma como vocês conseguem seu poder.

— Eu também não — abaixei a cabeça e senti sua mão segurando meu queixo e a levantando.

— Além disso, eu os reconheço e respeito como um clã muito poderoso, por isso gosto de ficar de olho em vocês e em todos os outros que eu sei que caso se rebelassem dariam muito trabalho — ele deu de ombros — Não me leve a mal, eu não confio em quase ninguém, não é pessoal.

Dei uma risadinha para ele e depois de um tempo Tobirama foi embora, deixando um beijo na minha bochecha, quase no canto da boca, acho que estávamos realmente nos entendo.

Proposta de Casamento - Tobirama SenjuOnde histórias criam vida. Descubra agora