Capítulo 50

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POV Sayuri

Finalmente cheguei em casa após minha missão de dois dias na fronteira da vila e ao entrar em meu quarto me deparei com a cena mais fofa desse mundo, Tobirama e Mahina estavam dormindo abraçados em nossa cama, para evitar acorda-los eu resolvi dormir no quarto de hóspedes, mas antes de deixar o quarto vi um bilhete na mesa de cabeceira e o peguei.

Desculpe não deixar lugar
pra você na cama, mas
a Mahina estava ansiosa
para a academia amanhã e
pediu pra dormir comigo!

Dei um suspiro, eu chegava a ter inveja da forma como Mahina era ligada ao otou-san dela, sempre que tinha medo ou qualquer coisa do tipo era pra ele que ela corria, mas eu entendia, ele é um otou-san maravilhoso pra ela e chega a ser superprotetor as vezes.

Fui para o quarto de hóspedes e rapidamente peguei no sono, quando acordei no dia seguinte ainda era cedo e eu podia ouvir as risadas de nossa pequena grande filha de apenas quatro anos na cozinha, sabia que Tobirama estava fazendo alguma gracinha pra ela. Me levantei, fiz minha higiene e fui até eles, vendo Tobirama girando panquecas na frigideira enquanto Mahina batia palminhas e ria, depois ele colocou num prato e desenhou uma carinha feliz com o mel, único doce que ele a deixava consumir livremente. Nós eramos bem diferentes dos outros pais, quando se tratava da alimentação eu era mais liberal e ele mais rigoroso, na verdade a alimentação era a única coisa com que Tobirama era rigoroso, ele fazia questão que ela se alimentasse adequadamente em todas as refeições e para seu desespero eu, Madara e Hashirama não nos importamos muito com isso e até damos alguns doces a ela, principalmente Hashirama, o que fazia Tobirama gritar aos quatro ventos que nunca mais deixaria o irmão chegar perto da filha, mas Mahina adora o Hashirama-oji dela e logo está correndo atrás dele outra vez.

— Bom dia, okaa-san — minha filha desceu da cadeira e correu para abraçar minhas pernas — Otou-san fez panquecas que sorriem outra vez!

— Bom dia, meu amor — me abaixei beijando seu rosto — Será que minhas panquecas também podem ser assim?

— Podem, não podem, otou-san? — ela correu até Tobirama pedindo e ele assentiu, desenhando as carinhas na minha também.

— Bom dia, meu amor — ele me deu um selinho, me entregando o prato.

— Bom dia — acariciei sua bochecha — obrigada!

Nós tomamos o café da manhã ouvindo Mahina dizer o quanto estava ansiosa para seu primeiro dia na academia e que o Akira, que era um ano mais velho, dizia para ela e Kagami o quanto era legal e que ela estava feliz por estudar com o Kagami e uma infinidade de coisas.

— Então vamos, querida? — chamei quando já estávamos todos prontos — Hoje o otou-san e a okaa-san vão com você.

Ela segurou minha mão e a de Tobirama, andando saltitante por todo o caminho, paramos na entrada da academia e eu soltei sua mão, diferente de Tobirama que a agarrou ainda mais forte.

— Se não quiser ir tudo bem, podemos esperar um pouco — ele se abaixou, falando com ela e eu vi Madara chegando com Kagami nas costas e segurando o riso ao ouvir meu marido — Eu posso entrar com você ou podemos voltar pra casa, tudo bem sentir medo do seu primeiro dia!

— Mas eu não tô com medo, otou-san - ela inclinou a cabecinha o olhando confusa e levou a mão até o rosto dele, em um conforto gentil — Ta tudo bem, você vai ficar bem sem mim, a okaa-san toma conta de você!

Mordi o lábio, era óbvio para qualquer um que olhasse que Tobirama estava sofrendo muito mais com esse passo do que ela. Quando ergueu o olhar o viu o Madara, Mahina largou imediatamente o otou-san e correu para o oji-san, se jogando nos braços de meu nii-san que teve que se virar para segura-la sem soltar Kagami.

Proposta de Casamento - Tobirama SenjuOnde histórias criam vida. Descubra agora