Capítulo 47

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POV Tobirama

Quando me teletransportei pra casa eu sabia que Sayuri era minha melhor chance de sobreviver aquele ferimento e eu queria me agarrar a vida como nunca quis antes, mas caso não desse certo, eu gostaria de partir depois de olhar mais uma vez o rosto da minha esposa.

O trabalho de parto dela foi longo e doloroso, eu nunca vi Sayuri sentindo tanta dor e aquilo doía em mim, e me fazia sentir culpado por ter deixado vazar um pouco dentro dela em alguns momentos de muito prazer.

Ter meu irmão vendo o corpo nu de minha esposa, mesmo naquele momento foi realmente incômodo, mas Hashirama se mostrou tão correto quanto eu sabia que era e sequer olhou para o corpo dela, mantendo a visão em seu rosto. Eu gostei de ouvi-lo chamando-a de imouto, gostei do carinho fraterno que ele teve com ela, pois me deu a certeza que haveriam mais pessoas cuidado dela caso a vida shinobi fosso ruim pra mim.

— Eu preciso do meu nii-san — minha esposa chorou e eu acariciei suas mãos com meu polegar, deixando um beijo em suas costas enquanto Mayumi foi buscar Madara.

Sayuri soltou minha mão e se jogou nos braços de Madara, o puxando para dentro da banheira, ela afundou o nariz em seu pescoço, provavelmente sentindo o cheiro reconfortante do irmão. Massageei sua lombar enquanto Mito mais uma vez enfiava os dedos na vagina dela, empurrando um pouco minha barriga pra isso, já que Sayuri estava apoiada nos joelhos, com as pernas abertas e eu dava firmeza ao seu corpo.

— Já estou sentindo a cabeça, Sayuri, logo logo vai acabar — Mito falou e meu coração acelerou, isso parecia demorar uma eternidade e eu não aguentava mais ver Sayuri com tanta dor.

— Eu não vou conseguir — ouvi o choro dela e não sabia o que dizer para encoraja-la, por sorte Madara estava ali.

— Escuta — ele falou sério, segurando o rosto dela — nunca fale que você não consegue fazer alguma coisa, você é a mulher mais forte que eu conheço e vai conseguir passar por isso!

Ela gritou ainda mais alto, fazendo força para expulsar nosso bebê e eu beijei seu ombro, falando em seus ouvido.

— Seu nii-san tem razão, você é a mulher mais forte que já pisou nessa vila, vai passar por isso e nós dois estamos aqui por você!

Segurei a mão de Madara que estava sobre a dela, a verdade é que desde que me casei com Sayuri as provações entre Madara e eu não passam de brincadeiras irritantes, não havia mais hostilidade entre nós dois, por isso eu nem pensei antes de me teletransportar para o caminho entre a garra da besta e ele, eu sabia que Sayuri não suportaria perder seu único irmão, Madara era o mundo dela. Eu só não imaginei que Sayuri também não podia viver num mundo sem mim, então se fosse por ela, eu aprenderia até a gostar de Madara.

— E sempre estaremos — ele murmurou, dando um discreto sorriso.

Quando o bebê finalmente nasceu, depois de uma eternidade eu achei que o inferno de Sayuri havia acabado, mas ela continuou gemendo e resmungando de dor enquanto Mito olhava o bebê.

— É uma menina — minha cunhada falou sorrindo e a passando para Mayumi — Agora entendo porque a dificuldade de sair, ela é enorme e chegou a te rasgar, Sayuri-chan!

Arregalei meus olhos, eu não sabia se ficava feliz por minha filha estar entre nós ou se ficava assustado com o tamanho daquele bebê e com o estrago que ela fez em Sayuri, tive a certeza que nunca mais queria ver minha esposa passando por essa dor, um filho era mais que o suficiente pra mim. Sangue e algumas fezes sujaram a água da banheira e Mito começou a usar ninjutsu médico em minha esposa.

— Saiam da água, não obrigados a se sujar — Sayuri pediu com a voz fraca, cabeça baixa e as bochechas coradas e tanto eu quanto Madara a seguramos com mais força enquanto ela ficava de quatro para facilitar o trabalho de Mito.

Proposta de Casamento - Tobirama SenjuOnde histórias criam vida. Descubra agora