Proposta de Casamento - Tobirama Senju

Capítulo 3

POV Tobirama

- Cadê ela? - perguntei impaciente.

- Relaxa, otouto, tenho certeza que ela não mudou de ideia - Hashirama disse e no instante seguinte ela cruzou a porta - Sayuri-chan, olá, cadê o Madara?

- Ele queria vir, mas eu disse que não era necessário.

Ela estava realmente agindo como se fosse uma missão, maldita seja, vou te provocar tanto que você vai implorar para que eu te toque.

Ela se sentou na cadeira em frente a mesa de Hashirama, no lado oposto ao meu, eu dei a volta na mesa e me apoiei ao seu lado, para provoca-la.

- Não vai nem cumprimentar? - perguntei irônico - Pensei que um mínimo de cordialidade seria necessário entre nós dois!

Ela me fuzilou com o olhar e Hashirama suspirou, ele finalmente entendeu que isso seria mais difícil que ele imaginou. Mas o próximo passo de Sayuri fugiu totalmente ao que eu tinha calculado, ela se levantou e parou na minha frente forçando um sorriso doce nos lábios, jogou os braços em volta do meu pescoço e disse:

- Olá, meu amor - ela falou com carinho forçado e cheirou meu pescoço, me arrepiando, se continuar assim eu é que vou implorar por ela, eu segurei seus braços e a empurrei para trás - Ta vendo, por isso precisamos combinar tudo direitinho.

- O que estava fazendo? - perguntei e vi pelo canto do olho Hashirama nos observar segurando o riso.

- Te testando, você não poderia reagir assim se eu chegasse te abraçando diante dos outros, precisamos combinar todas essas coisas, porque ninguém vai acreditar num casal que nem se abraça.

- Pensei que não quisesse que eu te tocasse.

- Você entendeu o que eu queria dizer com isso, mas querendo ou não no meio dos outro teremos que nos abraçar, mas apenas isso, um abraço!

Meu aproximei dela e a vi ficar tensa, segurei seu queixo entre o meu dedo indicador curvado e o polegar, quando ia beija-la, ela se afastou abruptamente.

- Tobirama, vai com calma - Hashirama disse baixo.

- Eu pensei que tivesse dito que seriam só abraços - ela estava nervosa.

- Mas ninguém vai acreditar em um casal que nunca tenha trocado um beijo em público, Uchiha, ao menos no meio dos outros temos que parecer um casal - ela olhou para meu irmão, esperando uma confirmação.

- Infelizmente ele tem razão - Hashirama disse e ela se sentou - Nós concordamos de vocês não viverem como casados em casa, mas ao menos na rua vocês tem que se beijar, se abraçar, agir como um casal.

- Tudo bem, eu faço essa concessão, com uma condição - me sentei ao lado dela, esperando - Eu não durmo na mesma cama que ele.

- Disso eu não abro mão - falei sério, eu precisava dormir com ela para que ela implorasse para ser tocada, não posso ficar na mão pra sempre - Já imaginou como seria se alguém suspeitasse que dormimos em quartos separados?

Ela fechou os olhos e respirou fundo umas duas vezes.

- Tudo bem, tudo bem, me convenceu - ela se inclinou para frente - Mas então, como vamos nos apaixonar? Porque como eu disse ontem nós não nos toleramos, ninguém vai acreditar se não for algo bem bolado.

- Nisso você tem razão - meu irmão disse e pegou um papel - Por isso eu resolvi enviar apenas vocês dois em uma missão de patrulha na fronteira, tudo está pacífico por lá, então vocês ficarão por duas semanas se conhecendo melhor.

- Precisamos mesmo disso? - perguntei.

- Sim, eu farei com que todos saibam que vocês foram juntos nessa missão, então quando voltarem vocês demonstram uma leve aproximação, como almoçarem juntos e coisas assim - nós dois assentimos - Depois disso vão evoluindo aos poucos, dentro de sete ou oito meses nós podemos fazer o casamento.

- Quando sairemos nessa missão? - ela perguntou sem nenhuma emoção.

- Amanhã logo cedo, por favor - Hashirama pegou a mão de nós dois - Se esforcem para se tornarem ao menos amigos um do outro.

Ela assentiu, se levantou, nos deu tchau e saiu pela porta como se não estivéssemos travando o restante de nossas vidas.

- Será que eu devo me preocupar com a forma calma como aquela Uchiha está lidando com isso?

- Relaxa, Tobirama, ela só está preocupada com a vila, da mesma forma que você coloca Konoha em primeiro lugar, os Uchiha também fazem isso.

Eu e meu irmão passamos o restante da manhã e o início da tarde resolvendo coisas sobre a vila, até escutarmos alguém batendo na porta.

- Pode entrar - meu irmão falou sem levantar os olhos.

- Tobirama, que bom que está aqui - Hiroshi disse, com a voz brava - Podemos conversar por um instante?

- Sobre o que exatamente? - perguntei sem tirar os olhos dos papéis.

- Sobre você não querer mais a Sayuri perto de mim - ergui meu olhar para ele - Ela é minha amiga, Tobirama, você não pode exigir algo assim!

- Eu posso sim, nós dois concordamos em fazer concessões para que isso desse certo, pouco me importa se vocês são apenas amigos, os moradores da vila não enxergam assim e eu não quero sair como o corno de Konoha.

- Mas eu não posso deixa-la, tenho uma promessa para cumprir - ele estava perdendo a paciência.

- Que tipo de promessa? - meu irmão perguntou antes que eu mandasse aquele cara ir a merda.

- Eu era o melhor amigo de Izuna e antes dele morrer, me fez prometer que sempre cuidaria de Sayuri como se fosse minha irmãzinha mais nova.

Izuna, sempre Izuna!

- Entendo, mas ela concordou com essa concessão - meu irmão disse, mediando nossa conversa para que nós não perdessemos a paciência.

- Ela foi coagida a isso! Vocês já estão tirando muita coisa dela, por favor, apenas isso, eu imploro!

- Tudo bem, desde que vocês não fiquem mais tão próximos assim e nem fiquem sozinhos em locais privados, para não dar abertura as fofocas.

- Obrigado, Tobirama, eu tenho certeza de que isso facilitará para vocês se aproximarem - ele sorriu para mim e eu fechei mais a cara - Olha, eu sei que você não gosta dos Uchiha, acho que somos possuídos pelo demônio do ódio ou algo assim, mas Sayuri sempre foi diferente, ela é doce e gentil.

- Acho que não estamos falando da mesma pessoa - falei sério.

- Então me deixe mostrar - ele pediu, ativando o sharingan, olhei para Hashirama e ele assentiu, nós dois fomos colocados num genjutsu.