Capítulo 6

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POV Tobirama

— Quer que eu te ensine? — resolvi provoca-la um pouco — Afinal, quando estivermos nos meio dos outros vamos ter que nos beijar, não seria nada legal você não saber o que fazer quando eu me aproximar.

Eu vi como aquela proposta a deixou nervosa, estava ansiosa, mas sabia que era um fato, mais dia, menos dia, ela teria que me beijar.

— Hoje não, ok? — ela estava bem constrangida mesmo, acho que nunca a tinha visto tão desconfortável.

— Qual é, Uchiha? — falei me aproximando dela — Você é uma garota de 22 anos que nunca beijou alguém, eu sou seu futuro marido, me deixa te ensinar.

Coloquei minha mão em sua bochecha e sua respiração ficou mais rápida, seus ombros se contraíram.

— Eu só faço se você disser que quer — passei meu polegar sobre seus lábios enquanto a olhava nos olhos.

— Eu quero — quando fui beija-la, ela se levantou de uma vez — tomar um banho.

Abaixei minha cabeça frustrado, acho que eu não sou o único aqui que planeja provocar até que o outro implore, mas Sayuri é nova nesse jogo, ela não sabe que brincar com fogo pode queima-la.

Uma hora depois ela ainda não havia voltado, então resolvi ir procura-la e não deveria ter feito isso.

Sayuri estava nadando, completamente nua sob a luz do luar, aquela era uma visão dos deuses. Apesar da calça justa, ela sempre estava com uma blusa longa e frouxa, que não nos permite ver com perfeição seu corpo, mas ali, completamente nua, ela era perfeita.

Seu enorme cabelo estava boiando na água e ela o jogou para frente do corpo, me dando uma visão privilegiada da sua bunda, redondinha, grande e empinada. Senti meu pau latejando dentro da calça, essa garota vai acabar comigo!

— Quem está ai? — ela perguntou, correndo para a beira da água e se cobrindo com a toalha, essa cena nunca vai sair da minha cabeça.

Voltei rapidamente para nossa barraca e fiquei mexendo na fogueira, como se estivesse lá o tempo todo.

— Tobirama — ela me chamou, chegando vestida, mas com o cabelo todo molhado — Você foi no lago?

— Não, por que? — eu vi suas bochechas levemente coradas.

— Eu só tive a impressão que alguém estava me observando.

— Deve ter sido um animal — falei em tom despreocupado e ela concordou — Vai dormir com o cabelo molhado?

— Estou tentando seca-lo, mas não consigo, acho que lavar o cabelo agora não foi uma boa ideia.

— Só um segundo que eu ajudo — me sentei atrás dela — se dormir assim você pode se resfriar.

— O que está fazendo? — ela foi se levantar e eu a puxei de volta, o que fez com o que ela caísse sentada no meu colo, essa não era minha intenção, mas sentir sua bunda tocar meu pau, me arrepiou inteiro.

— Eu só vou secar o seu cabelo — ela saiu do meu colo e olhou discretamente para baixo, acho que também sentiu como eu estava duro.

Fiz um fraco jutsu de elemento vento e sequei seus longos cabelos, ela me agradeceu baixinho, sem olhar para meu rosto e entrou na sua barraca. Eu nunca esperaria que essa garota atrevida e com personalidade forte, pudesse ficar tão tímida quando o assunto era sexo, talvez ela ainda seja aquela garotinha inocente das lembranças de Hiroshi.

Nosso tempo na fronteira tinha acabado, depois daquele dia começamos a conversar um pouco mais, mas não nos aproximamos mais do que meros colegas de missão, eu ainda erq sério e carrancudo, apesar de pequenos momentos de gentileza.

— Tobirama — ela chamou baixinho quando estávamos nos aproximando da vila — Nós temos que pensar em como vamos entrar na vila.

— Como assim?

— Para passar para todos a impressão que nos aproximamos nessa missão.

— Bom, você pode entrar rindo de alguma que eu falar e vamos conversando e rindo até o escritório de Hashirama.

— Você rindo? Eles vão pensar que eu te matei na missão e coloquei outra pessoa no lugar.

Eu olhei feio pra ela, revirei os olhos e ela mordeu a própria bochechas segurando o riso. Fui pensando no que falar com ela, então me lembrei de quando fomos pescar nosso almoço no nono dia de missão e assim que entramos na vila falei:

— Pra mim, a melhor parte da missão foi você correndo do peixe — falei rindo e realmente rir era estranho até pra mim.

— Eu não corri dele — ela respondeu rindo e me deu um soquinho no braço — Eu só me assustei com aquele coisa enorme caindo na minha direção.

— Você nem parecia uma ninja naquela hora, gritando e jogando o peixe pro alto, como se ele fosse te devorar.

— Para, você fez de propósito jogando aquela coisa em mim — ela olhou em volta, ficou corada e disse baixinho — Estão todos olhando pra gente!

— Bom, era o que esperávamos — passei o braço em volta de seu ombro e sussurrei em seu ouvido — mas eles logo superam!

— Ok, mas me solta, você não acha que ta avançando rápido demais, não? — a soltei e ri de sua reação.

Quando chegamos a sala do meu irmão, ele e Mito estavam lá, minha cunhada e sua enorme barriga de sete meses, esperando o primeiro filho deles.

— Olha só quem voltou — Hashirama disse — como foram esses dias juntos?

— Acho que da pra gente se suportar — Sayuri disse séria e eu concordei.

— Só se suportar? — Mito perguntou rindo — Eu vi como vocês vieram rindo e brincando pela rua.

— Mas isso era parte da missão certo? — Sayuri falou com descaso — Fazer parecer que nós nos aproximamos na missão.

— Tem razão — Hashirama murmurou, meio desanimado — Bom, agora mantenham isso, saiam as vezes, parem para conversar quando se cruzarem na rua e daqui há alguns dias vocês saem juntos a noite e trocam seu primeiro beijo.

— Tudo bem — respondi quando vi que Sayuri engoliu em seco e ficou muda — Agora podemos ir?

— Sayuri-chan pode, mas você eu gostaria que ficasse mais um pouco.

— Ótimo — Mito falou animada — Sayuri, o que acha de me ajudar a encontrar roupinhas para o bebê? Agora que você será da família, temos que ficar mais próximas.

— Por mim, tudo bem — Sayuri deu de ombros e as duas saíram.

— Mito quer interroga-la, não é? — perguntei a Hashirama.

— Provavelmente, ela também deve tentar plantar uma dúvida com relação ao que Sayuri sente por você — o olhei confuso — Coisas de mulheres, aparentemente fica mais fácil delas se apaixonarem se alguém insinuar que elas estão apaixonadas, porque ai elas ficam pensando nisso, enfim, não entendi muito bem o que a Mito quis dizer com isso.

— Eu não acho que a Uchiha possa se apaixonar por mim, nem se ela quiser — meu irmão me olhou confuso — Pra ela eu sou só o cara que matou o irmão favorito dela.

— Isso eu já não sei, fato é que alguma coisa mudou no jeito que ela olhava pra você há duas semanas para como olhou hoje — fiz um sinal com a mão para Hashirama esquecer isso — Tudo bem, como foi lá, vocês conversaram?

— Sim, nos conhecemos melhor e como ela disse, acho que podemos nos suportar — ele ficou me olhando como se esperasse algo mais — E apenas isso, Hashirama, agora se não tem nada importante para falar, eu vou para casa!

Me despedi do meu irmão e resolvi ir pra casa descansar, mas as palavras dele ficaram na minha cabeça, o jeito que ela me olha mudou? Esquece isso, Tobirama, era só encenação!

Proposta de Casamento - Tobirama SenjuOnde histórias criam vida. Descubra agora