Proposta de Casamento - Tobirama Senju

Capítulo 13

POV Tobirama

Já fazia um tempo que eu e Sayuri estávamos saindo, nós só nos beijavamos em público, encenando nosso papel. Mas minha vontade mesmo era de beijar seu corpo todo, joga-la na minha cama e fazê-la minha mulher.

— Me chamou, anija? — perguntei entrando na sua casa, ele estava radiante.

— Você não imagina o que aconteceu essa madrugada — Hashirama veio até mim e começou a me puxar escada acima até seu quarto com a esposa.

— Bom dia, cunhadinho — Mito falou baixo e eu pude ver um pequeno pacotinho em seus braços.

— É menino ou menina? — perguntei também em tom baixo e me aproximei de minha cunhada, deixando um beijo na sua testa antes de olhar o pacotinho.

— É menino — ela falou baixo, Mito parecia cansada, afinal, dar a luz devia ser mais cansativo que lutar uma guerra — Akira Senju.

— Significa talentoso, não é? — os dois assentiram — Acho que esse é o nome perfeito para meu sobrinho.

O pequeno era a copia de Hashirama, só tinha a cor da pele de Mito.

— Traz a Sayuri-chan e o Madara aqui — Hashirama pediu e eu assenti, me transportando para a casa deles.

— Tobirama? — Madara perguntou quando apareci em seu quintal.

— O bebê do Hashirama e da Mito nasceu, ele pediu que eu buscasse vocês.

— Que incrível — Madara sorriu — Sayuri, vem aqui!

— O que foi, Madara? — ela apareceu com uma luva de falcoaria e os cabelos presos num coque desajeitado — O que aconteceu?

— O bebê nasceu, Hashirama pediu que eu buscasse vocês.

Os olhos dela brilharam e um enorme sorriso brotou em seus lábios.

— Só preciso prender o Tensei — ela assobiu, chamando o grande falcão de volta para a luva e o levando para os fundos da casa, voltou bem rápido, já sem a luva — Vamos?

— Posso teletransporta-los? — Madara olhou de canto para Sayuri que assentiu — Primeiro eu levo você, Madara.

Coloquei minha mão no ombro de Madara e o transportei para a casa do meu irmão.

— Por que não trouxe os dois de uma vez? — Hashirama me olhou confuso.

— Você poderia trazer nós dois de uma vez? — Madara perguntou e eu corei de leve — Ah, entendi, você quer um tempo sozinho com minha imouto.

Ele revirou os olhos e acompanhou Hashirama até o quarto.

— Voltei — falei sorrindo pra ela, mas Sayuri me olhava com os olhos semicerrados — Aconteceu alguma coisa?

— Eu sempre achei que você só conseguiria me transportar, se estivesse bem próximo a mim, por isso sempre segurava firme em minha cintura colando meu corpo ao seu, mas para levar o Madara você só tocou se leve seu ombro — ela parou na minha frente e disse em tom de brincadeira, fingindo seriedade — Seu aproveitador, barato!

Eu dei uma discreta risada de seu discurso, mas era verdade, eu aproveitava o hiraishin para sentir seu corpo colado ao meu.

— Vem cá — puxei sua cintura e a prendi em meus braços, ainda mais próxima a mim — Deixa eu me aproveitar mais um pouco de você.

Enfiei meu rosto em seu cabelo e nos transportei cheirando seu pescoço, fazendo-a se arrepiar. Surgimos na sala de Hashirama e eu a acompanhei até o andar de cima, onde Mito nos recebeu com um sorriso.

— Ele se chama Akira — sussurrei para ela, que assentiu.

— Olá, Mito, como você está? — Sayuri se sentou na cama ao lado da minha cunhada.

— Um pouco cansada, mas completamente realizada — apesar dos olhos cansados, o sorriso de Mito tinha realmente uma satisfação explícita — Logo você entenderá a sensação.

Sayuri fez uma careta e balançou a cabeça.

— Acho que não — ela estendeu os braços — Posso pega-lo?

— Claro — Mito lhe entregou o bebê e Sayuri pegou com todo o cuidado do mundo — Não pretende ter filhos?

Sayuri pareceu pensar um pouco e todos no quarto estavam atentos a ela, aguardando sua resposta, principalmente eu.

— Não sei — ela fez uma biquinho de lado — eu nunca pensei muito sobre isso, me parece assustador ter uma parte de você fora do seu corpo.

— Eu entendo o que quer dizer — Mito falou — É realmente apavorante, eu e Hashirama sabemos nos defender, mas ele ainda não sabe e se alguém fizer qualquer coisa contra ele, está nos ferindo dez vezes mais. Eu torço para aprender a lidar com esse sentimento.

— Você consegue, okaa-sans conseguem qualquer coisa — Sayuri deu de ombros e desviou o olhar para o pequeno Akira — E você será um shinobi muito poderoso, okaa-san e otou-san não terão com o que se preocupar, não é mesmo?

Ela se dava muito bem com crianças, eram as poucas vezes que eu a via sendo carinhosa e até meio boba.

— Agora me da ele — Madara pediu e ela entregou com todo o cuidado, meu sobrinho sumia no meio dos braços largos do Uchiha, mas ele até que levava jeito — É impressionante como mesmo tendo uma okaa-san linda, a criança puxou você, Hashirama.

Todos nós rimos das brincadeiras do Madara. Depois de algum tempo, Mito tocou em um assunto delicado.

— A casa aqui ao lado está a venda — todos a olhamos confusos — Eu pensei que Sayuri e Tobirama poderiam compra-la e ser nossos vizinhos quando se casarem.

Eu vi Sayuri ficar tensa, Hashirama sorrir de canto e Madara fingir que não tinha ouvido nada.

— Podemos pensar nisso depois — minha noiva desconversou.

— Mas não podem demorar muito — Madara disse — Nós vamos marcar o casamento em pouco tempo, as pessoas já estão se perguntando se o que vocês tem nunca ficará sério.

Sayuri revirou os olhos e suspirou.

— Tudo bem, Tobirama e eu vamos ver a casa depois.

— Aaah, nós podíamos ver agora, quero ver sua reação — Mito pediu com os olhos brilhando e Sayuri me olhou de canto, dei de ombros, deixando a decisão nas mãos dela.

— Tudo bem — ela revirou os olhos e se levantou.