Sayuri Uchiha é a irmã mais nova de Madara, ela sempre foi doce e gentil, no entanto a era dos Estados de Combate também deixou marcas na garota. Quando Tobirama matou Izuna diante dos seus olhos, Sayuri despertou o mangekyou sharingan e sufocou a d...
Quando começamos a entenda contra as bestas de caudas há quase um mês eu já sabia que seria complicado, mas não imaginei que era tanto assim, Hashirama preparou varios recipientes resistentes para guardar o selamento das bestas feito por Mito, quanto maior o número de caudas mais resistente deveria ser o recipientes e mais poderoso o jutsu. Ter o mukoton e o sharingan do nosso lado na hora das capturas facilitava um pouco as coisas, mas bestas de caudas ainda eram bestas de caudas.
Até agora capturamos quatro delas, nibi, sanbi, yonbi e gobi ainda faltam rokubi, nanabi, hachibi e kyubi que será a bijuu de Konoha. Nós quatro participamos da captura de todas elas, mas Sayuri ficou fora da última, em que pegamos gobi porque estava se sentindo mal com sua barriga de cinco meses que apesar de ainda não estar tão grande, a deixava com muita azia e inchada.
Estava voltando para casa depois dessa última missão tão complicada, a força bruta de Sayuri fez falta na captura de hoje, mas no fim conseguimos selar a besta no receptáculo de madeira. Cheguei em casa era o meio da madrugada, por isso fiquei surpreso ao ver a luz da cozinha acesa, caminhei até lá e vi minha esposa sentada no chão, apoiada na pia e chorando muito.
— Ei, meu amor, o que aconteceu? — perguntei fazendo carinho em sua bochecha e secando suas lágrimas.
— Eu sou uma inútil — ela respondeu chorando e eu ergui as sobrancelhas, sem entendar nada do que estava acontecendo — Você ta sempre fazendo coisas pra mim, eu queria fazer um bolo pro seu aniversário como agradecimento, mas nem seguindo a receita eu sei fazer.
— Queimou? — perguntei notando que a cozinha realmente cheirava a fumaça.
— E ficou murcho — ela chorou mais ainda, abrindo o forno e me mostrando o bolo disforme e chamuscado — Eu também queimei a cobertura e coloquei sal no lugar de açúcar refinado!
Mordi meu lábio inferior tentando conter minha risada, mas foi impossível, minha esposa era mesmo um desastre na cozinha. Comecei a gargalhar e Sayuri chorava ainda mais, continuei rindo até ela se levantar e sair da cozinha, ai tive que me controlar para ir atrás dela.
— Say, desculpa, é que foi engraçado — pedi ainda mordendo minhas bochechas para segurar o riso enquanto olhava para o rostinho inchado da minha Uchiha favorita no mundo.
— Eu quis fazer uma su-surpresa pra você — ela murmurou entre soluços — Agora você tá rin-do de mim e eu não consi-go parar de choraaaaaaar!
— Vem cá, vamos dormir e amanhã a gente pensa nisso, ta? — a abracei e fiz carinho em seu cabelo até que ela dormisse.
Quando minha esposa pegou em um sono mais pesado eu me levantei para arrumar a bagunça que ela fez na cozinha. Joguei fora aquele projeto de bolo que mais pareciam pedaços de carvão e a cobertura salgada e queimada. Depois lavei todas as vasilhas e fiz uma lista com os ingredientes que eu teria que comprar na manhã seguinte para fazermos o bolo juntos. Só quando tudo estava arrumado e a lista pronta é que eu fui tomar banho e dormir um pouco, percebendo que meu lado da cama havia sido roubado por Raiton, tive que me deitar com cuidado no cantinho para não acordar o gato ou minha esposa.
Na manhã seguinte eu acordei antes de Sayuri e quando abri meus olhos não encherguei nada, um mar da cabelos negros estava cobrindo minha visão e quando os tirei do meu rosto notei que estava do lado contrário ao que dormi, Sayuri rolou por cima de mim a noite e quase me afogou em seu cabelo. Olhei para minha esposa notei que sua blusa de pijama, no caso uma blusa minha, estava elevada, exibindo aquela linda barriguinha redonda, sorri involuntariamente e dei um discreto beijo ali.
— Bom dia, bebê — murmurei baixinho para não acordar Sayuri.
Me levantei, tomei banho, fiz minha higiene e fui para o mercado comprar tudo que precisava para o bolo. Eu não gostava muito de doces, mas Sayuri pareceu empolgada em fazer isso pra mim, então fariamos juntos.
— Tobi, nem no seu aniversário deixa de levantar cedo? — Hashirama perguntou na porta de sua casa quando eu estava chegando.
— A Sayuri quer fazer um bolo — respondi seco.
— Então teremos festa hoje a noite? — meu irmão perguntou empolgado e eu rolei o olhos.
— Não! — respondi fechando a porta da minha casa na cara dele.
— Bom dia, Tobi — uma Sayuri descabelada e sonolenta entrou na sala junto comigo — Onde estava?
— Fui comprar os ingredientes para fazermos o bolo juntos — dei um discreto sorriso e beijei sua bochecha, levando as coisas para a cozinha — O que acha da ideia?
Antes de me responder ela saltou em minhas costas, se pendurando em mim, por sorte meus reflexos eram rápidos e eu a segurei.
— Feliz aniversário, Tobi — a voz dela eta tímida em meu ouvido — Nós amamos você!
— Eu também amo vocês — virei o rosto de lado para tocar o rosto dela com o meu.
— Vamos fazer um bolo grandão e chamar todo mundo? — minha esposa perguntou empolgada quando desceu das minhas costas e eu fiz uma cereta — Certo, não todo mundo, só o Hashirama, a Mito, o Marada e a Mayumi, pode ser?
Eu sabia que não tinha escolha, se fizessemos o bolo e não chamassemos ninguém Sayuri iria devora-lo sozinha, então assenti suspirando.
— Mas só eles, por favor — murmurei separando tudo que precisariamos.
Nós dois fizemos o bolo juntos, eu entregava as coisas prontas para ela misturar, já colova o óleo, o trigo, o açúcar, todos no copo antes de entregar a ela e na hora de misturar a massa a abracei por trás, segurando a mão dela para bater a massa.
— Só estará bom quando começar a dar bolhinhas — descansei uma mão na barriga dela e senti uma pancada forte, me fazendo arregalar os olhos — Isso foi o bebê?
— Sim, ele parece ter gostado de fazermos o bolo — ela jogou a cabeça pra trás, apoiando em meu ombro — Já que é a primeira vez que se mexe tão forte assim.
Continuei com a mão na barriga dela, sentindo os movimentos fortes do nosso bebê e sorrindo feito um bobo.
— Não dói quando ele chuta assim? — perguntei preocupado com minha esposa.
— Dói um pouco, mas também é bom — ela respondeu com um sorriso no rosto, ainda com a cabeça descansando em meu ombro enquanto eu a abraçava por trás.
Sua barriga já estava um pouco maior que seus seios e não era mais tão fácil disfarçar quando usava roupas mais largas, me fazendo sorrir apaixonado sempre que via.
— Do que quer fazer a cobertura, Sayuri? — perguntei a soltando e indo até os ingredientes da cobertura.
— De chocolate — ela me abraçou por trás e a olhei por cima do ombro, vendo encantado minha esposa sorrir feito uma criança de cinco anos, quando percebeu meu olhar apaixonado ela reduziu a um sorriso tímido.
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Por um instante eu pensei se nosso filho herdaria esse sorriso inocente da okaa-san dele e torci para que sim.
