Capítulo 40

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POV Sayuri

Acordei no dia seguinte com um carinho gentil no cabelo, esfreguei meus olhos e ergui o olhar, vendo Tobirama me encarando com um pequeno sorriso nos lábios.

- Bom dia, meu amor - ele beijou o topo da minha cabeça e eu me aninhei melhor em seus braços - Nada de dormir mais, Sayuri, o quanto antes sairmos de Suna mais seguros vamos estar.

- Você é chato - resmunguei e beijei seu peitoral - Me deixou esgotada e toda dolorida e agora quer me fazer levantar.

- Por acaso está cansada demais para um banho? - ele perguntou rindo e eu assenti - Então vem cá!

Tobirama saiu da cama e me puxou para o seu colo, me levando nos braços até a banheira enquanto eu ria alto.

- Não precisa ser tão exagerado, seu bobo - falei quando ele me deixou na banheira e ligou a água.

Meu marido entrou atrás de mim e tomamos banho juntos para acelerar nossa saída daquela vila. Depois que nos vestimos pegamos nossa mochila e descemos para o café da manhã, eu coloquei algumas coisas num prato e Tobirama pegou uma xícara de chá antes de irmos ao encontro de Madara, que estava em mesa no canto com a cara empurrada e olheiras profundas sob os olhos.

- Nii-san, o que aconteceu? Não conseguiu dormir? - perguntei assim que me sentei e recebi um olhar mortal como resposta.

- Acho que ninguém nessa porcaria conseguiu dormir com um certo casal gritando feito dois animais no cio - corei violentamente e quando olhei para Tobirama notei que ele também estava corado.

Não falei nada, apenas abaixei minha cabeça e comecei a comer, muito constrangida até para pedir desculpas, depois de comermos pagamos a conta e fomos em direção a saída da vila. Eu aparentava estar tranquila, mas por dentro estava tensa, com medo de sermos descobertos antes de deixar aquele lugar.

Depois de deixar Suna sem nenhuma intercorrência começamos a correr pelo deserto e eu sentia duas vezes mais cansaço que quando viemos, reduzi o ritmo quando comecei a notar vegetações espaçadas surgindo em nossa vista.

- Tudo bem? Ta sentindo alguma coisa? - Tobirama perguntou preocupado.

- Eu tô muito cansada, meio tonta - murmurei me apoiando em seu ombro.

- Você bebeu água hoje? - Madara perguntou e eu arregalei os olhos, negando com a cabeça - Aqui, bebe, hoje está muito mais quente do que quando viemos e seu corpo está queimando muito mais energia que o meu ou de Tobirama, você está desidratando!

Bebi alguns goles de água e senti um pouco da moleza no corpo se aliviando, Tobirama pegou o próprio cantil e molhou a mão, passando em minha nuca e meu rosto.

- Ta se sentindo melhor? - meu marido perguntou preocupado.

- Tô sim, podemos continuar - os dois me olharam ainda temorosos e eu resolvi começar a correr, sabendo que eles me seguiriam, mal via a hora de estar cercada por árvores e longe do calor infernal do deserto.

Quando finalmente entramos na floresta do país do fogo já era início da noite e minhas roupas estavam ensopadas de suor, além do mal estar causado pela perda de líquido, mas eu não quis parar, sou uma mulher forte e não vou mostrar fraqueza.

- Vamos acampar aqui - Madara falou, parando em uma clareira perto de uma cachoeira.

- Mas se formos direto chegamos mais rápido em casa - os dois desceram o olhar para minha barriga e eu bufei frustrada - Não me tratem como uma mulher fraca, eu sou capaz do mesmo que vocês!

- Kami, que dificuldade você tem em aceitar ser cuidada - Tobirama falou bravo - Já reclamei disso ontem, ninguém aqui está duvidando da sua capacidade, mas nosso filho não é um shinobi ainda, ele não aguenta o mesmo que nós três aguentamos.

- Ele tem razão, Sayuri, estamos parando pelo bebê, não porque duvidamos de você - Madara murmurou beijando o topo da minha cabeça - Toma um banho, a água parece estar ótima e você suou muito no caminho.

Enquanto Tobirama montava a barraca e Madara pescava os peixes do nosso jantar eu mergulhei na cocheira, completamente nua já que eles me mandaram ficar a vontade e eram meu marido e meu nii-san.

- Imouto o jantar está pronto, venha comer - Madara me chamou com uma toalha aberta nos braços e o rosto virado pro lado.

Me aproximei dele e meu nii-san me abraçou, predendo a toalha em volta do meu corpo e beijando meu cabelo molhado.

- Tem que secar o cabelo para não pegar um resfriado - ele falou e se virou de costas mexendo na fogueira enquanto eu me secava e me vestia - Toma seu peixe, já tirei a espinha pra você.

- Obrigada, nii-san - beijei a bochecha dele e me sentei ao seu lado de costas pro rio enquanto Tobirama tomava seu banho rapidamente.

- Acha que vai ser menino ou menina? - Madara perguntou acariciando minha barriga.

- Não faz diferença pra mim, eu vou amar o que vier - deitei minha cabeça em seu ombro.

- Eu só torço pra vir parecido com você, não com aquele baka albino - ele falou rindo e eu lhe dei um tapinha.

- Nunca vai parar de implicar com ele?

- É legal, você deveria experimentar - rolei os olhos rindo, quando se tratava disso meu irmão agia feito uma criança.

Depois do Tobirama foi a vez do Madara tomar banho e eu fui dormir para acordar para o último turno de vigia. Dois dias depois chegamos a Konoha e repassamos tudo que descobrimos ao Hashirama.

- Então eles selaram a besta dentro de uma pessoa? - o hokage perguntou pensativo - Se isso vazar todas as vilas vão querer ter uma besta de caudas.

- E Konoha também tem que ter uma - Tobirama disse e todos o olhamos - Ninguém pensou nisso? Se o mundo entrar em guerra deveriamso ter a besta de caudas mais forte para proteger nossa vila!

- Eu tenho que concordar com ele - Madara falou - Acho que poderiamos capturar todas elas e usar como moeda de troca, obviamente ficando com a mais forte para nós.

- Mas como iríamos manter a besta? - perguntei pensando no quão perigosa era a ideia deles.

- Podem selar ela em mim - Mito falou entrando na sala com Akira nos braços - Desculpem não deu para não ouvir!

- Selar em você, Mito? Eu jamais faria isso com minha esposa - Hashirama respondeu revoltado.

- Eu sou a melhor opção, Hashi, tenho um chakra poderoso que poderá suprimir o da besta e conheço selamentos fortes o bastante para mante-la sob controle - Mito se aproximou do marido e acariciou seu rosto - Eu sei que sou capaz disso!

Depois de muita discussão foi decidido que capturariamos as bestas e ficaríamos com a Kyuubi selada dentro da Mito. Enquanto voltavamos para casa eu fiquei mais para trás, conversando com minha cunhada.

- É aniversário do Tobirama no fim do mês e eu queria sua ajuda - pedi meio sem graça - Preciso de uma receita gostosa de bolo de aniversário.

- Claro, eu levo pra você amanhã, quer ajuda com o bolo?

- Não, obrigada, eu acho que consigo fazer sozinha - sorri pra ela.

Proposta de Casamento - Tobirama SenjuOnde histórias criam vida. Descubra agora