4.

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Pov Dahyun





Um barulho, talvez alto, chegava aos meus ouvidos de forma distorcida. Estava longe. Ecoava na minha mente. Comecei a ter consciência novamente. Eu estava acordando. Sentia meu mundo girar, minha cabeça doer e meu estômago revirar, não abri os olhos ainda, parecia que se o fizesse a dor aumentaria. O barulho mais uma vez ecoava na minha cabeça me acordando cada vez mais. Quase que conseguia distinguir o que ele era. Senti algo batendo com força na minha cabeça, então finalmente abri os olhos.

— Acorda, caralho! – O barulho era Chaeyoung me chamando e o que bateu na minha cabeça foi uma almofada que ela mesma jogou. – Morreu?

— Para sua felicidade, não. – Cobri meu rosto com a almofada. – Mais cinco minutinhos, por favor.

— São três horas da tarde, Dahyun.

— TRÊS HORAS????? – Pulei da cama como se tivesse levado um choque, tanto pela rapidez ao levantar, quanto pelos meus cabelos bagunçados. Tateei a cama afim de achar meu celular e óculos. Sem sucesso. – Cadê minhas coisas? Como eu cheguei aqui? Puta que me pariu.

— Sim, três horas. Suas coisas estão na mesa, junto de um remédio que sugiro que tome, senão duvido que consiga trabalhar daqui a pouco. Você veio parar aqui, porque Mina me ligou dizendo que você estava numa praça perto da casa dela, conversando com um mendigo e rindo alto às 4 da manhã. – Respirou aliviada pela lista imensa. – Mais alguma coisa?

— Puta merda. Eu apaguei. Geralmente lembro das coisas mesmo depois de beber.

— Bebeu pra esquecer dos problemas e esqueceu de tudo e mais um pouco. – Joguei a almofada nela de volta. – Ai! Vai tomar um banho e desce pra comer. As meninas vão vir te pegar aqui para te levar pro buffet.

— Tinha esquecido até do trabalho. Caralho, só vacilo.

Levantei e me dirigi ao banheiro. O mundo agora parecia estar calmo, não girava mais e minha vista estava mais relaxada. Talvez eu consiga trabalhar tranquilamente hoje.

Entrei no chuveiro e saí rapidamente, vesti as roupas que minha melhor amiga separou e desci. Tomei dois remédios: um pra enjoo e outro para dor de cabeça. Se bem me conheço não fará efeito. Odeio beber. Comi o que ela havia me preparado, ou melhor, comprado, já que Chaeyoung não é a melhor pessoa na cozinha, e sem demora minhas amigas chegaram.

[...]

— Que cara péssima, Dahyun. – Minho disse se aproximando de mim me entregando o uniforme.

— Valeu, lindo. - Sorri irônica.

— Veste logo isso aí, daqui há uns minutos a gente vai para o local da festa.

— Você sabe onde vai ser?

— Numa casa enorme. Luxo puro, diamantes, cristais, talher de prata comida com recheio de euro. – Riu. – A festa é da filha dos donos da sua faculdade.

— Entendi. E esse luxo, diamantes, cristais... é mesmo verdade?

— Não sei sobre isso exatamente, mas são muito ricos, sim.

— Será que os senhores poderiam deixar de papo e se aprontarem? – Nossa chefe, delicada, entrou apontando o dedo. – 5 minutos e sairemos.

Odeio essa filha da puta, mas foi o único emprego que consegui tão rapidamente, tenho que aguentar. Me vesti rapidamente e me encontrei com Jeongyeon, Jihyo, Minho e o resto da equipe para irmos para a festa.

Usávamos trajes comuns de garçons, todos de calça, camisa social branca, blazer e gravata.
Estava quente do lado de fora, mas assim que adentramos o local da festa, pude sentir uma brisa leve, o lugar era climatizado nas partes fechadas e nas áreas externas tinham grandes ventiladores em velocidades ideais para manter tudo agradável. Pena que vou trabalhar.

Velha Roupa Colorida | SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora