Pov Sana
— Vai falar? – Perguntei incisiva.
— Primeiro, calma. – Se aproximou de mim, mas eu recuei.
— Não chega perto.
— Que isso, Sana? Eu não vou te fazer mal.
— Então fica onde está. – Falei séria. – Por favor.
— Ok...
— Por que fez isso comigo?
— Eu odiei te ver com ela, fiquei louca de ciúmes. – Não conseguia me olhar nos olhos. – Eu... Eu me arrependo tanto disso.
— Das mensagens?
— Sim.
— Mentira. – Me aproximei dela, tocando em seu rosto a forçando olhar pra mim. – Agora há pouco me mandou torpedos anônimos de novo... Que arrependimento repentino e falso é esse?
— Eu estou realmente arrependida.
— Você só sente muito eu ter descoberto... – Suspirei. – Quando foi que você virou isso? – Falei sem pesar. – Nos conhecemos há anos e jamais imaginaria que fosse capaz de algo assim.
— Você fala como se eu tivesse feito um mal gigante.
— Além de me importunar com essa brincadeira de criança, você contou sobre minha saída da faculdade. Tem noção do problema que gerou?
— O que aconteceu? Eu não fazia ideia.
— Se pensasse um pouco, saberia. Você conhece meu pai, sabe de todo o perrengue que passo com ele e ainda piora tudo. O que queria com tudo isso? Que magicamente eu começasse a te amar de um jeito romântico?
— Não...
— O que, então?
— Só não queria que ficasse com a Dahyun.
— O que ela te fez?
— Foi depois que ela apareceu que tudo deu errado entre a gente.
— Eunha, nós só demos certo na sua cabeça. – Ri irônica. – Eu sempre odiei o fato de ser sua namorada, nunca funcionou pra mim. Éramos ótimas como amigas.
— Que seja, Sana. Ao menos você fingia. Depois de Dahyun, você só me machucou, não pesava as palavras e não duvido que tenha me traído.
— Isso de novo? Você é patética.
— Se não me traiu, tenho certeza que teve vontade.
— Nisso você está certa. – Comecei a me irritar. Já me preparava para brigar, mas um pico de lucidez me ocorreu. – Não quero discutir isso, já passamos dessa fase.
— Por que me trancou aqui, então?
— Quero saber o motivo dessa palhaçada. – Me referi às mensagens.
— Já respondi.
— Se for só isso, então, espero que se encerre hoje.
— De onde surgiu essa coragem toda?
Usou um tom de deboche, o que mais me doeu do que irritou. Olhei nos seus olhos por uns segundo antes de retrucar, sua face era serena, sua expressão era de desdém. Não consigo descrever o desprezo que senti por ela naquele instante.
— Não acredito que disse isso...
— O que? – Fingiu. – Você sempre foi fraca, nunca falou a verdade e pior, sempre se curvava pro seu pai. Agora, do nada, vem cantar de galo? – Riu. – Por favor...
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Velha Roupa Colorida | SaiDa
FanficDizem que amor e ódio andam de mãos dadas; Dahyun, uma menina com sonhos e muita sede de justiça cruza o caminho de Sana, filha do homem que ela mais odeia. Será possível deixar de lado o rancor e a raiva afim de não estragar o único fio de esperanç...