17.

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Pov Dahyun




Acordei com meu celular tocando indicando uma ligação, era Sana me pedindo para lhe buscar na casa de sua namorada. A cara que Eunha a buscou na praça + a hora que Sana me liga + o favor que ela me pede só pode ter dado ruim entre as duas.

Eu, obviamente, não ia negar a ajuda, então levantei rápido, calcei um tênis, peguei as chaves do carro de Jihyo e saí.

Pensei em acordar minha amiga pra perguntar se podia usar o carro, mas a situação é urgente, ela vai entender.

[...]

— E aí. – Parei o carro na frente de Sana que estava sentada na calçada. – Como você está?

— Não precisava descer do carro... – Ela se levantou rápido quando viu que eu já abria a porta. – Estou bem.

Claramente não estava, mas se ela disse que está, é porque não quer falar sobre isso agora. Eu vou respeitar.

— Quer que eu te deixe no dormitório mesmo ou em casa? – Perguntei quando ela entrou no carro.

— Pode ser no dormitório, minha casa é contramão. – Disse enquanto enxugava o rosto.

— É nada, eu 'tava mesmo pensando em andar pelos bairros ricos de Seul de madrugada. – Falei brincando e pude ouvir sua risada fraca.

Pelo menos ela sorriu.

Religuei o carro e dei partida. Segui até a casa de Sana em silêncio, nem música coloquei, não quis invadir seu espaço de nenhum jeito possível. Ela apenas me dizia que rua seguir, não era tão longe de onde a busquei, então só abriu a boca duas ou três vezes.

Vez ou outra dava ouvir os fungados dela pelo choro. Sana estava virada pra janela e com os braços cruzados, pensei em perguntar se ela queria conversar, mas achei melhor não.

— Está entregue. – Parei o carro.

— Obrigada, Dahyun. – Se virou pra mim. – De verdade...

— Não precisa agradecer... Se precisar é só ligar, já sabe.

— Valeu. – Abriu a porta do carro e foi saindo.

— Fica bem. – Ela só me olhou e sorriu, depois fechou a porta.

Esperei Sana entrar em casa, o que não demorou muito, acho que ela tinha pedido pra irmã abrir quando estávamos chegando.

[...]

— Bom dia, não queria mais acordar, não? – Jihyo disse quando me viu sair do quarto.

— Que horas são? Meu celular descarregou, nem ouvi o alarme...

— Hora de você se arrumar o mais rápido que conseguir senão vai perder a primeira aula. –
Jeongyeon disse já saindo do dormitório. – Tchau, lindas, adoráveis, belas amigas. – Fechou a porta.

—  O que deu nela? – Perguntei confusa.

— Não sei, mas arrisco dizer que tem o dedo da Nayeon.

— Hmm pode ser mesmo! – Comecei a me arrumar rapidamente. – JIHYO! – Gritei quando ouvi a porta abrir de novo indicando que ela já ia sair.

— Oi, o que foi?

— Eu peguei seu carro emprestado essa madrugada, beleza? Eu realmente precisei. Sana me ligou dizendo que precisava ir pra casa, então eu a levei. – Falei sem pausas pela pressa em me arrumar.

— Respira. Sem problemas. Só isso? – Assenti. – Já vou, então.

Ouvi a porta bater e me apressei mais ainda. Não comi nada. Não dava tempo. Muito bom morar na faculdade, só se atrasa se quiser.





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