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Pov Dahyun





Grupo: [3 gays e uma bi]

Jeongyeon: Cadê vocês, nanicas?

Jihyo: Me respeita?

Jeongyeon: não :)

Chaeyoung: 'Tô descendo as escadas, emocionada! Já chego.

Jeongyeon: Nanica pálidaaaaa, cadê você?

Eu: ninguém me respeita nesse grupo?

Jihyo: Não

Jeongyeon: não

Chaeyoung: nop

Eu: a
Eu: Não vou descer pra almoçar hoje, galera. Depois conto o motivo, mas não 'tô com cabeça pra multidão agora.

Jeongyeon: :/

Jihyo: Fica bem, Dubu 

Chaeyoung: Mais tarde a gente se encontra lá em casa pra uma pizza? Aí você conta tudo e ainda se anima um pouco.

Eu: Combinado ;)

Bloqueei o celular e coloquei em cima da mesa, peguei um livro e comecei a folear. Sana estava na sala e eu não queria papo, então achei melhor só começar a ler qualquer coisa da matéria.

Ela parecia inquieta e enquanto eu conversava com Chaeyeon, notei que vez ou outra ela nos olhava, talvez porque agora estou próxima da amiga dela, não sei.

Cogitei me levantar, mas seria rude e eu nem quero sair daqui afinal. Bom, a leitura me parece mais atrativa que minha mente barulhenta.

— Dahyun? – Sana se virou para mim.

—Eu?

—Tem outra Dahyun aqui? – Soou brincalhona. Eu nunca tinha visto esse lado dela, afinal a conheço há uns dias apenas.

— Acho que só eu de Dahyun. – Olhei para trás fingindo procurar mais gente e ela riu.

— Você está bem? – Do nada.

— Que? Digo, sim, estou. Por quê?

— Ah, você perdeu aulas e é tão certinha, sem falar que aceitou ir na festa do Bangchan...

—Está me observando, Minatozaki? – Rimos juntas. – Estou levando a vida, na verdade.

— Desculpa. – Do nada, novamente.

— Como? – Eu nem acreditei no que ouvi.

— Desculpa. – Respirou fundo. – Por tudo, ok? Por ter te tratado mal todas as vezes que nos vimos e por só estar pedindo desculpas agora.

— Ah...

Fiquei sem palavras. Eu queria um pedido de desculpas, mas não imaginei que ele fosse de fato acontecer, tampouco que fosse rápido assim. Talvez eu estivesse errada sobre ela?

— Tudo bem... A gente esquece tudo que rolou sem problemas.

— Mesmo?

— Sim.

Ficamos em silêncio por um tempo curto que pareceu durar uma eternidade, de fato eu não esperava nada do que me aconteceu hoje.

— Você quer conversar sobre o porquê de estar mal?

— Acho que não...

— Certo. Fui rápida demais, desculpa de novo.

— Para de pedir desculpas, Sana.

Velha Roupa Colorida | SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora