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Pov Sana





— Se eu disser que ainda não entendi porra nenhuma vocês me batem? – Momo perguntou se escondendo atrás dos hashis.

— Não por isso, também não entendi direito. – Minha irmã respondeu.

Começaram então as suposições, falatórios e teorias da conspiração, uma mais bizarra que a outra. Era um barulho alto, minhas amigas realmente não têm a capacidade de conversar num volume moderado. O que eu posso dizer, afinal? Sou exatamente igual.

Ouço a campainha tocar já imaginando ser a minha salvação desse meio de animais selvagens, mais conhecidos como meu grupo. Estava certa: Chaeyoung abriu a porta e logo pude ver Dahyun, Jihyo e Jeongyeon entrando e nos encontrando na sala. As três puseram largos sorrisos em suas faces e nos cumprimentaram de forma amigável, depois se sentaram junto de nós.

— Ok, agora que estão todas aqui. – Mina começou. – A Dahyun pode nos explicar o porquê daquele grupo com nome questionável.

— Achei o nome muito bom, parabéns. – Tzuyu deu duas palmas enquanto balançava a cabeça positivamente.

— Obrigada, obrigada. – Vez da organizadora do tumulto se pronunciar. – Sana me falou que há dias recebe mensagens sem identificação e com tom de ameaça. – Me olhou como deixa para que eu começasse a falar.

— É... – Cocei a garganta antes de começar a contar toda a história.

[...]

— POR QUE CARALHOS VOCÊ SÓ FALOU AGORA???? – Nayeon berrou histérica.

— Achei que as mensagens iam sumir, uma hora ou outra não receberia mais. Nem dei muita importância, só disse pra Dahyun porque ela estava próxima e era algo que a envolvia. – Dei de ombros.

— E o que a gente vai fazer em ralação a isso? – Momo perguntou.

— Não sei. Contei a história e é só isso que sei fazer, realmente. Não faço ideia de quem seja, nem por onde começar a investigar.

— E se a gente chamar a polícia? – Tzuyu disse simples.

— Enlouqueceu? – Mina falou. – Se a pessoa já ferrou com a vida da Sana por nada imagine se a gente irritar a fera.

— Ficar de braços cruzados não vai resolver nada também. – Completou a mais nova.

— Exato. – Dahyun começou. – Tenho uma ideia de como a gente pode descobrir.

Ela falava com cautela e boa didática, até as mais lentas conseguiram entender. As mais lentas: todas nós, menos Mina. Claro, sem contar as meninas do grupo da Dahyun.

— Com essa lista de nomes e seguindo tudo que eu disse, vamos eliminando uma por uma até achar o real responsável. – Concluiu.

Dahyun propôs de nos juntarmos para fazer algo que chamasse a atenção da pessoa que quer me prejudicar – e já conseguiu uma vez. Ideia que todas achamos interessante, só nos restava saber o que fazer exatamente.

Depois de analisarem meu celular inteiro, Jihyo, Jeongyeon e Mina perceberam que boa parte das mensagens tinham o nome de Dahyun envolvido e o do meu pai também. Foi só juntar 2 mais 2 e pronto.

Com atenção de todos voltada para nós duas, era de fácil percepção aqueles que não gostassem do feito ou pegassem o celular para, provavelmente, enviar mais uma mensagem anônima.

A coreana também pensou na possibilidade de ser em um lugar com muitas pessoas, sendo difícil monitorar as expressões e comportamentos de todos. Foi aí que surgiu a ideia de atrair o desconhecido para revelar definitivamente a identidade.

Velha Roupa Colorida | SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora