15.

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Pov Dahyun





— Eca, vão para um quarto... – Falei com cara de nojo ao me aproximar da mesa que Chaeyoung estava com Mina.

— Homofóbica?

— Sou!

— Mina vai almoçar hoje com a gente, beleza?

— De boa! E aí, Mina, como você 'tá? – Perguntei me sentando junto delas.

— Já reparou que a gente sempre troca as mesmas palavras quando se vê? – Ela disse e rimos fraco. – Estou bem e você?

— Bem também. E sim, reparei. 'Tá na hora de começarmos a sair mais, o que acha?

— Acho ótimo, mas essa sua amiga aí é preguiçosa. – Bateu de leve no ombro da namorada.

— Ela é muito gay isso sim! Não larga você um segundo.

— Parem de falar de mim na minha frente, por favor? – Chaeyoung disse.

— Devemos ir no cantinho falar dela então, Mina? – Ela deu uma risada alta.

— Dahyun, você me odeia?

— Só pouquinho, Chae. – Mandei beijinhos no ar.

Avisei as duas que iria me servir e já voltava. Na fila do almoço encontrei Jeongyeon e Jihyo empolgadas conversando e me aproximei:

— Esperem pra contar os babados na mesa, poxa! – Fiz bico.

— Que susto, nanica! – Jeongyeon disse afoita.

— Ih, era algum segredo, pelo visto...

— E dos bons! – Jihyo falou empolgada.

Pegamos nossas bandejas e voltamos pra mesa. Assim que Jeongyeon viu Mina ao lado de Chaeyoung fez alguma brincadeira, como eu há uns cinco minutos.

Nos sentamos, começamos a comer e conversar qualquer besteira que passasse pelas nossas cabeças. Me dispersei um pouco, porque ouvi o toque de notificações do meu celular e decidi checar:

Minho: Adivinha quem torceu o tornozelo?

Eu: Não brinca....

Minho: Não tô brincando.
Minho: Liguei pra Yumi avisando que não poderia ser garçom na festa de sexta e ela me mandou ficar no bar!
Minho: EU NÃO SEI FAZER DRINK DIREITO, MANO!

Eu: KKKKKKKKKKKKKKKKKKNEM FODENDO
Eu: Duas coisas: primeira, como você torceu o tornozelo, velho? E segunda, onde caralhos eu vou ficar, então?

Minho: Então...

Eu: 'Tá me zoando que vou ter que ficar no seu lugar...

Minho: Se você não aceitar, eu fico sem trabalho
Minho: Vai ajudar essa pobre alma sim ou não? Sim, né? Poxa, Dubu te amo!

Eu: Você me deve um bom drink por isso!

Minho: Vou pagar!
Minho: Ah, e eu torci o tornozelo correndo mesmo, sem história emocionante, só corri e torci.

Eu: Você se supera.

Bloqueei o celular afim de terminar de comer e aproveitar os minutos finais antes de voltar a estudar. Não comentei com minhas amigas sobre a mudança brusca de função, afinal não é nada que eu não possa fazer. Só não queria ficar andando de lá pra cá numa festa só servindo os outros. O proletariado sofre.

— Então, – comecei a falar – o que vocês duas falavam na fila do almoço quando eu cheguei, hein?

— Bem lembrado! – Jihyo disse empolgada. – Vai, Jeong, conta.

Velha Roupa Colorida | SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora