8.

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Pov Sana





Tivemos um trabalho proveitoso, como esse foi só o primeiro dia, não tenho certeza se ficará excepcional, mas pelo menos teremos boas notas.

A Dahyun parece me ignorar, então isso ajuda bastante no processo de realizar a atividade. Mas por que ela está me evitando? Digo, é o que eu quero, mas sei lá... É natural as pessoas quererem conversar sobre o motivo do atrito ou até trocarem farpas, mas ela não faz nada.

Se me perguntarem o porque do meu incômodo, eu não saberia responder. Só não estou acostumada a ser ignorada e tratada com indiferença. Eu não fiz nada disso com ela. Quero dizer, fui rude talvez, mas ela mereceu.

Chaeyeon saiu do quarto agora, pois seus pais chegaram em casa e a chamaram, não sei se ela vai demorar, o que sei é que o silêncio constrangedor está começando a se instaurar.

Dahyun pegou o celular, acredito que para evitar conversar ou ela só tenha algo relevante para resolver. Prefiro acreditar na segunda opção. Infelizmente, percebo que estou errada, afinal a vejo deslizando os dedos rapidamente pela tela. Ou seja, se fosse algo importante ela estaria concentrada.

— Você não precisa evitar contato, sabia? Não precisa fingir que não estou aqui. – Falei sem pensar e imediatamente me arrependi.

— Oi?

— Esquece.

— Evitar contato? Você que faz isso, por favor... – Riu nasal.

— Se você diz...

— Você que me tratou mal naquela festa que eu trabalhei, quando a única coisa que fiz foi me preocupar. Além dos dias seguintes, que fez questão de trocar o mínimo de palavras comigo e deixar claro que não queria minha presença. – Falou tão rápido que eu quase não consegui assimilar.

— Você se meteu na minha vida. Estava trabalhando e queria saber sobre mim...

— Eu só me preocupei, como eu disse, não costumo ignorar quando choram na minha frente.

— Você não deveria nem ter falado comigo.

— Por quê? Por quê sou garçonete? Pobre? Uau você é pior do que eu pensava...

— Eu não disse nada disso.

— Foi o que pareceu...

Tentei falar, mas ela me cortou:

— Quer saber? Porque você simplesmente não continua me ignorando e trocando o mínimo de palavras comigo? É melhor para nós duas e me poupa de estresse.

— Só quis tentar ajeitar as coisas, mas melhor do jeito que está.

Ela riu cínica e voltou a usar o celular. Chaeyeon entrou logo em seguida no quarto e nos olhou.

— Uou! Que clima é esse?

— Clima nenhum. Chae, já acabamos por hoje? Preciso ir. – Dahyun disse.

— Acho que sim... Eu te levo na porta.

— Não precisa, tchau. – Deu um abraço rápido em Chaeyeon e saiu.

— Vocês têm alguma coisa? – Ela me perguntou.

— Eu e Dahyun? Como assim?

— Sei lá, me diz você. Parecem não se bicar.

— De fato. Nós discutimos, mas agora não quero falar sobre isso.

— Você que sabe.

— Já vou, então. Me leva na porta? – Ela concordou e saímos.

Velha Roupa Colorida | SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora