Capítulo 57

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Capítulo 57

Nate

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Chego à fraternidade e a primeira coisa que escuto é um; "porra" vindo da sala. Reconheço a voz que pronunciou o xingamento e acabo abrindo um sorriso porque... Sempre que Chuck está na sala e está exclusivamente soltando xingamentos; é porque há jogos envolvidos, sejam eles digitais ou não. Antes de trilhar caminho até a sala da casa, viro meus calcanhares e vou até a cozinha, a procura de algum salgadinho. Porquê por alguma razão os caras nunca se lembram de levar nada para comer durante as partidas. Pego o saco colorido cheio de letras prometendo que os salgadinhos teriam gosto de bacon e deixo a cozinha, seguindo em direção à sala. Outro dos xingamentos de Chuck se fazem presente e automaticamente me lembro do dia em que o G menino estava rindo no sofá e também pude jurar que ele estava jogando, quando na verdade estava... Se divertindo com a G menina. Parte de mim quer ficar chateado com a possibilidade de Chuck estar soltando seus "porras" por conta de B e não pelas fases difíceis nos jogos, mas simplesmente não consigo ser egoísta ao ponto de ficar chateado pela felicidade do meu amigo... Porque tanto G&G, quanto C&B merecem toda felicidade do mundo. De qualquer forma, resolvo só checar para ter uma resposta referente aos xingamentos e quando meus olhos encontram com uma das fases de The Witcher 3 rodando na tv, posso jurar que meu corpo todo se recarrega e é exatamente com essa energia renovada que adentro de vez a sala e percebo Gibson junto de Chuck, jogando com um semblante concentrado como sempre. Tanto C, quanto G não desviam olhar do jogo rolando e só me percebem no recinto quando jogo meu corpo na poltrona velha da sala, abrindo o pacote do salgadinho, antes de levar um punhado até a boca.

— Salgadinho? — ofereço e estendo o saco na direção deles, que resmungam concordâncias sem abrir direito a boca de tão focados em ler as legendas.

        Chuck pega um punhado de salgadinho e já os coloca na boca, enquanto Gregory coleta os pequenos aperitivos, mas não chega a levar de fato até a boca, porque o jogo convoca a ação dos seus dedos sobre o controle do Xbox antes e G começa a apertar e guiar os botões com precisão e agilidade.

— Porra! Ele vai pegar a gente! — não demora nada para C xingar e rosnar alto para G.

      Transfiro minha atenção para a tv e acompanho o jogo acontecer, palpitando em determinadas ações. Thomas aparece no meio de uma fase e rouba o saco de salgadinho das minhas mãos, me fazendo o xingar. Em determinado período do jogo, debatemos as opções mais viáveis e G escolhe a qual todos foram a favor. Uma sensação leve me toma por perceber que estávamos depois de bastante tempo; reunidos e jogando novamente. Jogamos até Gibson perder e no segundo em que a tela de reiniciar do jogo aparece; um arfar grupal de derrota e indignação ecoa, vindo de cada um dos caras presentes na sala. Jogo minhas costas no encosto da poltrona elogiando o empenho de cada um de nós por tentarmos ao menos, enquanto G e C iniciam uma breve discussão acusando um ao outro de terem escolhido o caminho errado, enquanto Thomas tenta apaziguar a situação e acabo rindo das caretas furiosas que Chuck e Gibson adotam, e isso acaba chamando a atenção de C, que a princípio me encara puto, mas logo o seu semblante sério se transforma em um de pura confusão.

— Mas que porra é essa? O que houve com o seu cabelo? — a pergunta de C acompanhado da sua careta; faz com que todos os olhos se voltem para mim.

        Droga, ficou tão mal assim? Por um curto período de tempo havia até me esquecido da sessão cabeleireiro que tive antes. Tudo bem que antes de encarar a reação dos caras, já havia descoberto que Ane é perfeita em muitas coisas... Mas cabeleireira, infelizmente não é uma dessas.

Talvez ApaixonadosOnde histórias criam vida. Descubra agora