Capítulo 36Nate
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Acordo com Ane tentando sair de cima da sua cama de solteiro, que para uma pessoa é confortável, porém para duas nem tanto e o fato do colchão ser pequeno fez com que a gente passasse a noite toda colados, o que é o detalhe feliz da situação. A ruiva passa sobre meu corpo com facilidade e é inevitável não admirar seu corpo nu. Fragmentos de tudo que fizemos na noite passada me vem à mente e cada segundo me faz sorrir.
— Ah você acordou, legal — Ane me percebe sorrindo para si e vai até seu guarda roupa abrindo uma das gavetas do móvel.
— Bom dia — pronuncio e me obrigo a levantar, me sentando no colchão.
— Ainda é cedo, não se preocupe, não perdemos a hora, na verdade sempre me levanto cedo — Ane me informa e veste uma calcinha de renda, que me faz respirar fundo, contemplando a visão.
— Não estou preocupado — esclareço em uma voz rouca de sono e hipnotizada, sem conseguir desviar olhar da sua bunda modelada embaixo daquela calcinha — Você... Vai sair? — a questiono e tento desviar olhar da sua bunda, uma missão que beira o impossível — Não que seja da minha conta, é só porquê se for sair, me apresso em sair do seu quarto — apresso em deixar claro que ela tem o direito dela de não me responder, caso não se sinta confortável e consigo subir atenção para seu rosto.
— Caminho toda manhã — Ane da de ombros e se vira terminando de fechar seu sutiã em conjunto com a calcinha.
Droga, a soma dos seus seios tão perfeitos dentro do sutiã combinando com a sua calcinha é definitivamente o que eu sonho em receber de presente. Todo aniversário e natal. Se houver a opção de receber essa visão no lugar dos ovos de Páscoa também... Topo tudo.
— Entendi — me obrigo a respondê-la, ainda vidrado em cada centímetro do seu corpo — Posso... Posso participar? — forço meus olhos, que em algum momento retornaram ao seu ponto de partida; a subirem até os esverdeados de Ane novamente e me surpreendo ao vê-la sorrindo, um sorriso de quem deixa claro que percebeu para onde eu estava olhando.
— Você está caindo de sono — Ane nega de leve com a cabeça e aponta um fato, já que meu corpo todo está implorando por mais cinco horas na cama.
— É, meio que fiquei distraído a noite inteira — concordo com a cabeça e me levanto, pronunciando a brincadeira, enquanto ajunto minha cueca do chão e começo a vesti-la.
— Shhh, não me lembre — alguns centímetros à minha frente a ruiva fecha os olhos por instantes e assim que os abre, não consigo identificar se o que ela disse foi algo bom ou não.
— Não me lembre? — a questiono, repetindo exatamente a mesma coisa que ela acabará de dizer.
— É, se não vou querer de novo — Ane concorda com a cabeça e conforme me responde; um sorriso sugestivo começa a surgir em seu rosto, me fazendo fascinar nele, mais que em seu corpo dentro do conjunto de renda.
***
Mesmo não estando usando roupas para isso; a acompanho na caminhada. Ane antes de deixar seu quarto, vestiu uma calça preta justa que modelou qualquer curva do seu corpo, junto com um top de academia. E eu pensando que ela não conseguiria ficar ainda mais sexy... Ao invés de prender ou alisar seus cachos, a ruiva me surpreendeu quando os deixou soltos e hoje, por estarem totalmente secos; suas ondas conseguiram alcançar um grau mais volumoso e enfeitiçador que na noite passada. O que me faz distrair praticamente o percurso da caminhada inteira, relembrando de como foi prazeroso presenciar aqueles cachos sobre o lençol da sua cama. Não que na nossa primeira vez — com seus cabelos escorridos — ela tenha ficado menos tentadora, apenas acho que seus fios cobres sem estarem escorridos a fazem ficar com mais personalidade, adornam o espaço pequeno que falta nela no quesito autocontrole... Porque mesmo sem questiona-lá; é nítido o quanto ela gosta de ser apenas ela mesma, sem modificações. Rodamos o campus três vezes em um ritmo legal, conversando sobre coisas engraçadas e fúteis ao mesmo tempo, como sites de fofocas sobre celebridades. Confesso que quando Ane entrou na brincadeira do "meus olhos veem" fiquei surpreso, tanto por ela saber como funcionava, quanto pelo fato dela se permitir distrair e rir comigo. Caminhamos, corremos e só quando — mesmo que ela não tenha necessariamente dito as palavras — sua perna começa a doer; paramos. Acabei percebendo que sua perna estava começando a incomoda-lá, apenas quando no fim da terceira volta, Ane parou de caminhar e se inclinou para frente apertando sua coxa. Seu semblante me deixou incomodado em tantos níveis, que por um momento apenas a observei e me condenei, até decidir em uma tentativa idiota de "aliviar" a tensão, começar a dizer que ela se saiu muito bem e que corremos em um ritmo legal. Ane optou por não me responder nada e foi nesse momento que sugeri que poderíamos ir tomar café da manhã na lanchonete e que deixássemos para dar mais voltas em outro dia, de preferência em um qual a gente tenha dormido a noite inteira. A ruiva a princípio permaneceu sem falar nada, apenas mantendo a atenção fixa na sua perna, mas logo a mesma concordou com a cabeça e disse que me encontraria na lanchonete em 29 minutos. Até cheguei a questiona-lá o por quê do "29" minutos e não "30"? O que fez com que Ane desse de ombros e me respondesse que ela era capaz de se arrumar em apenas 29 minutos. Sem entender muito bem, apenas concordei novamente e ri. A acompanhei até o prédio de alojamentos e quando chegamos lá, fiquei confuso entre um despedir com beijo, ou só um abraço. Ane deve ter percebido, porquê a mesma tomou a iniciativa e me se virou de frente para mim, me presenteando com um dos seus abraços estranhos, que mal encosta de verdade na outra pessoa. Por outro lado eu a envolvi com meus braços e nossos corpos suados se fundiram em uma meleca nojenta de suor. Foi inevitável não rir quando a ruiva começou a pronunciar quase que em uma forma desesperada; "Nate! Nate! Nate! Você está todo suado!", a lembrei que eu não era o único transpirando e isso acabou fazendo com que no fim ela me acompanhasse na risada, negando de leve com a cabeça.
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Talvez Apaixonados
RomanceAne Prescott desde cedo entendeu que para ser notada entre seus familiares; teria que se destacar. Não importasse como, afinal ela é uma Prescott e nada nem ninguém fica acima de um Prescott. Ane sempre foi a aluna nota 10, a princesa nas peças da e...