Capítulo 90

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       Capítulo 90

       Nate

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     O convite para tomarmos banho juntos surgiu de uma maneira tão repentina que foi literalmente impossível pensar em qualquer outra resposta que não fosse uma afirmativa. O sorriso que iluminou seu rosto no instante em que aceitei seu contive; foi a minha dose de adrenalina, mesmo que eu estivesse meio confuso com sua reação, já que não é como se houvesse qualquer outra opção sem ser a qual escolhi, porquê só alguém muito estranho diria "não". Só alguém muito, muito, muito mesmo idiota perderia a chance de observar Ane retirar sua roupa totalmente despreocupada e só alguém totalmente perturbando não iria gostar de admirar como cada gota de água escorrega suavemente sobre a sua pele. Só alguém com muito controle de si próprio conseguiria assistir a cena sem toca-la, sem desejá-la. Um alguém que nesse caso não sou capaz de ser, porquê eu a toquei. Meus dedos e lábios exploraram cada curva de Ane. Degustei e me viciei novamente em seu gosto, em seus seios, em seus lábios. Dessa vez fomos mais lentos, com a mesma nítida sede de todas as outras vezes em que nossos corpos se encontravam, mas com controle. Cada movimento nosso — suas unhas arranhando as minhas costas, minha boca sobre seu seio — foi em uma tortura prazerosamente lenta. Até mesmo quando Ane se virou de lado e levantou apenas uma das suas pernas, apoiando seu tornozelo em meu ombro; foi como se estivéssemos todo o tempo do mundo unicamente para nós. Transar naquela nova posição e em baixo da água corrente nos rendeu algumas risadas e memórias únicas, principalmente quando acabamos com a água quente da ducha, enquanto ainda estávamos no meio do sexo. No fim nossos corpos nem ligavam muito para o choque térmico, porquê estávamos ocupados em outra coisa que substituía com eficiência o calor da água corrente que havia ido embora. O nosso calor. Quando terminamos nosso banho, saímos de dentro do box praticamente tremendo. Por que as manhãs eram tão frias? Uma outra leva de risadas surgiu quando percebemos que não havíamos pego nenhuma toalha... O que acabou com que dois corpos pelados corressem pelo corredor até meu quarto. Não irei dizer nomes. Concordamos em ignorar o fato de Thomas ter nos pego no instante em que estávamos abrindo a porta. Vai ser extremamente difícil achar algo que substitua o quão lindo seu sorriso estava, ou até mesmo o barulho das suas risadas nessa manhã. Acabamos vestindo algumas peças de roupas minhas e como nossa temperatura corporal não estava cooperando muito; a emprestei um par de meias. Deixamos o quarto com as mãos entrelaçadas e só percebo que não estávamos fazendo um ritual sagrado, quando estamos a poucos passos da escada.

— Espere — paro repentinamente e isso faz com que Ane ao meu lado, totalmente contrária daquela Ane que conheci algum tempo atrás com cabelos escorridos, maquiagem, vestidos caros e saltos... Agora com seus cachos selvagens presos em um elástico da forma mais despojada possível, sem um pingo de maquiagem e inteira vestida com roupas minhas; transfira sua atenção para mim — Estamos de meia — aponto algo óbvio e isso faz com que uma das suas sobrancelhas ruivas se erga de leve — Então temos a obrigação de derrapar no carpete — sem soltar meus dedos dos seus; a puxo de volta para o início do corredor e Ane apesar de estar claramente confusa me segue.

— Derrapar no carpete? — a escuto questionar claramente incerta de como faria aquilo, no instante em que paramos de frente para o corredor vazio novamente e em resposta; concordo com a cabeça desviando meus olhos para os seus sorrindo.

— Pronta? — aperto sua mão e Ane transfere sua atenção para o carpete à nossa frente, antes de respirar fundo.

— Não — sua resposta soa em um sussurro, fazendo com que meu sorriso vacile por um segundo e apenas isso, já que no outro; seus olhos esmeraldas retornam aos meus e o sorriso inseguro em seu rosto me diz que ela vai aceitar fazer isso comigo antes mesmo que as palavras deixem seus lábios — Mas vamos — Ane quem aperta minha mão dessa vez e volta seu olhar ao corredor — E você vai perder — sua provocação amigável soa totalmente imperial e até mesmo seu sorriso adota uma sombra competitiva incrivelmente sexy.

Talvez ApaixonadosOnde histórias criam vida. Descubra agora