Talvez Apaixonados

Capítulo 97

                               Capítulo 97

                                        Ane

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A forma doce e ao mesmo tempo quente como Nate consegue me observar descer degrau por degrau dessa escada produz borboletas patéticas no meu estômago. E confesso que lá no fundo era isso que eu esperava causar quando terminasse de me arrumar, porque além de ter procurado algo chamativo e ao mesmo tempo elegante para a noite de hoje; busquei o shopping inteiro por um vestido que me deixasse exalando brasas, apenas e somente para que Nate não desgrudasse seus olhos de mim o restante da noite, apenas e somente para que quando a noite terminar; ele não pense duas vezes antes de rasgar cada peça de roupa que estou vestindo. Não que ele também não esteja causando exatamente a mesma reação em mim. Definitivamente não. Vê-lo de terno e gravata borboleta, com seus cabelos loiros alinhadinhos e sorriso adolescente totalmente desconectado do restante do seu figurino também faz com que eu respire fundo, porquê Nate consegue fazer até mesmo com que eu pense, por um segundo, que vestimentas sejam coisas irrelevantes. O detalhe que além de mim, ninguém mais essa noite vai saber que por debaixo de todo essa sua aparência carinhosa, Nate tem um pênis maestril com direito a apetrechos com a inicial do meu nome e tudo, também é um que me faz sorrir pra caramba.

— Você está... Perfeita, não perfeita não, quer dizer perfeita sim só que também está todos os outros elogios do planeta, porquê você roubou cada um para você, até mesmo os quais não inventaram ainda — Nate se atrapalha da forma mais patética possível, sem deixar de me admirar com o mesmo brilho que reluziu em seus olhos quando me viu no primeiro segundo e me faz rir.

        Estou começando a gostar e a me acostumar com a forma como ele está me observando nesse instante. Como se eu fosse, aos seus olhos algo bem próximo do diamante Hope*, da rainha do seu tabuleiro e do motivo para as suas fantasias.

— Obrigada — agradeço sorrindo pateticamente apaixonada e encurto a distância entre nós, me embriagando discretamente no seu perfume — Você também está perfeito e todos os outros elogios do planeta — passo a mão no cantinho do seu terno, levemente amassado — E sabe o que é o melhor de tudo? — o questiono e subo olhar para os seus azuis quase inexistentes.

— O que? — sua voz soa baixa e brevemente rouca, o que somada a forma como Nate está tenso deixa claro que ele quer realizar todos os pedidos que fiz quando escolhi esse vestido.

— Que você é meu — sussurro em igual provocação, conforme Nate despenca seus olhos para os meus lábios e o seu pomo de Adão sobe e desce lentamente.

        Acabo sorrindo com sua reação e me inclino, raspando tão brevemente meus lábios nos seus em um beijo rápido que apesar de ser extremamente breve, é recheado de promessas. Nate solta um; "Caralho" quando vai retribuir meu beijo, mas meus lábios se afastam dos seus.

— Melhor irmos, você sabe, antes que seus olhos queimem meu vestido e você me coma naquela escada ali — faço sinal com a cabeça para a escada atrás de mim e todo o corpo de Nate reage às minhas palavras, porquê cada um dos músculos no seu pescoço aparecem brevemente, seu maxilar trava e seus olhos se fecham, tudo em uma fração de segundos.

— Caralho Ane, agora estou com a imagem na cabeça — o xingamento que deixa seus lábios nessa sua voz rouca de desejo me excita e massageia o meu ego ao mesmo tempo.

— A guarde aí... — bato com minha mão no seu peito — Quem sabe para quando voltarmos? — seus olhos voltam a queimar os meus e por um segundo vacilo no sorriso em meu rosto, porquê ter o controle sem seus olhos cheios de fome em cima de mim é uma coisa, outra totalmente diferente é provocar a fera com ela fora da jaula, frente a frente de você.