Capítulo 86

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Capítulo 86

                                      Nate

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A observo fechar os botões da sua camisa social e novamente, como no instante em que cheguei essa sala e a vi dentro daquela blusa; meu corpo todo enrijece, porquê simplesmente observá-la se tornou uma missão extremamente difícil. Eu fazia a mínima noção de que ela ficaria sexy quando fosse vestir o uniforme habitual dessa empresa, afinal estava falando sobre Ane... E ela fica tubular em qualquer peça de roupa, mas não me passou pela cabeça em nenhum momento que iria gostaria tanto assim dela vestida dessa forma. De repente parece que estou em um daqueles vídeos para maiores de 18, onde o cara tem uma foda e tanto com a secretaria super gostosa. Ane termina de ajeitar sua blusa e lança seus olhos esmeraldas para os meus, abrindo um sorriso tubularmente lindo. Minha atenção acaba caindo nos seus dentes brancos e umedeço meus lábios, percebendo que ainda estou com o seu gosto na boca e nem estou falando do gosto dos seus beijos...

— Espero que dê para salvar algo ainda — Ane me tira dos meus próprios pensamentos perversos e se dirige até a sacola de comida que havíamos derrubado antes.

Acabo rindo com o nariz e a ajudo a recolher as sacolas do chão. Estou prestes a dizer que seus cachos estão um tanto quanto bagunçados na parte de trás da sua cabeça, mas desisto de acusá-la e apenas utilizo minha mão livre para próprio arruma-los. Ane sente e deixa de caminhar, ficando parada à minha frente. Sorriu com o fato dela estar confiando em mim para arrumar algo tão precioso na sua aparência — segundo ela — e por mais irreal que possa parecer; sinto que Ane também está sorrindo. Termino de arrumar seus cachos e a deposito um tapa na bunda sussurrando um; "Pronto", que a faz rir com o nariz e voltar a caminhar até a mesa. Arrumamos um local em meio aos intermináveis papéis para retirar das sacolas; as marmitas de comida e Ane choraminga ao pegar uma que infelizmente havia aberto na queda. Acabo rindo com a sua careta como se tivesse tocado em um inseto e me coloco ao seu lado com alguns papéis toalha que vieram na minha sacola, limpando suas mãos. Ane resmunga algo sobre "não sujar em hipótese alguma" os papéis e as suas roupas — claro — enquanto concordo com a cabeça e faço o meu melhor para desempacotar a comida da marmita "quebrada" e transferi-la para a outra que não havia sofrido nenhum dano. Ane me observa como um xerife e sorrindo a questiono se estava me saindo bem. A ruiva revira seus olhos esmeraldas e começa a abrir as outras marmitas. A percebo sorrir ao abrir a tampa da última e se deparar com berinjelas empanadas com tomate seco. Guardo esse seu detalhe, porquê por mais que estejamos muito longe do início do nosso relacionamento, ainda temos uma vida inteira de aprendizado e descobertas um com o outro.

— Eu não sei se você de fato come tudo isso... Por você sabe, talvez não goste de algumas coisas, mas trouxe bastante opções, então acho que será um almoço agradável — termino de fechar a sacola com a embalagem de comida suja dentro, para ter certeza de que não vai acontecer algum acidente ou algo do tipo com os papéis e a sua roupa, claro.

— Ah Nate... — Ane sussurra meu nome e se vira de frente para mim com um sorriso pequeno, porém incrível no rosto — Já está sendo um almoço mais que agradável desde o segundo em que você se importou em me mandar mensagem perguntando se eu queria almoçar com você — seus dedos encontram meu rosto e suas palavras carinhosas me fazem sorrir também, a ruiva desvia sua atenção para o meu sorriso e se distrai ali por alguns instantes, antes de se inclinar e juntar seus lábios aos meus.

     Assim como se iniciou; o beijo termina devagar. Ficamos olhando dentro dos olhos um do outro por alguns instantes, antes da ruiva sussurrar um; "Melhor começarmos a comer o banquete que você comprou" o que me faz perceber pela primeira vez desde que comprei toda essa comida que realmente exagerei. Respiro fundo me sentindo extremamente culpado, enquanto ela me solta e se vira. Me sento em uma das cadeiras e Ane pega um dos garfos de plástico me entregando, logo em seguida começa a buscar pelo outro, mas não chega a encontrá-lo de fato.

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