Distinct Origins - Diaboliks lovers (AU)

Algumas horas de caos: 23;00 part 2

Adormecida e ressonando, nenhuma das palavras que balbuciava tinham sentido ou coerência, Aiko estava com os lábios trêmulos, dormindo sobre aquela poltrona no corredor escurecido, o cansaço havia a deixado inerte naquele sono desconfortável. Sobre seu colo, a companhia de Lilie dormia comodamente e a confortava naquele ambiente frio.

No bolso do moletom de Aiko, a luz esbranquiçada de seu celular acendia, uns minutos se passavam e a luminosidade se fazia presente novamente, alguém de fato estava a sua procura desesperadamente. Ela virou-se para o lado, balbuciou um xingamento, Lilie se acordou e Aiko abriu minimamente os olhos, foi então que por uma coincidência o celular tocou no mesmo instante a fazendo acordar realmente, sua mente ainda abrigada no mundo dos sonhos a fez quase cair da poltrona, estava confusa e nada feliz por ter sido acordada por um zunido repetivo de uma chamada.

Shimizu bocejou e ficou segundos encarando a tela do celular, o nome gritante da pessoa que chamava a induziu à esperar para retornar a ligação. Eram onze horas, pontuais onze horas da noite, ela desdenhou a razão de Kino estar a telefonando, ele sabia o que tinha que fazer, mas apenas depois de mexer em sua caixa de mensagens, que Aiko entendeu o real motivo para as desesperadas insistências.

Por um impulso, ela se levantou da poltrona, com os olhos vidrados na tela lendo apressadamente cada parágrafo, Aiko não conseguiu evitar de cobrir a boca com a mão para não proferir o seu susto. Segundo as mensagens que ela resumiu, Kino havia mandado ghouls para a floresta da mansão, Yuri a pessoa de confiança dele, havia confirmado a presença de rebeldes nas imediações da floresta e tinha uma probabilidade que a agitação entre os clandestinos fosse um aviso para uma possível invasão. Por um instante ela mal pode pensar em como reagiria ou responderia para Kino, estava sozinha, naquela escuridão de situações, que outrora eram apenas hipóteses. Aiko tinha que se exceder a comandar, Eva era sua prioridade, para Miazaki e agora para Kino,que seria o futuro rei se o plano corresse como o esperado e naquela noite nada viesse a machucar a jovem.

Shimizu limpou a garganta, se recompôs antes de encarar o celular novamente, a chamada foi encaminhada e logo atendida.

– Kino, ma petite chose¹ onde você está? – Satirizou ela para que Kino não notasse sua possível aflição.

Ela não queria ser rude o enchendo de recomendações logo de cara, tinha muita estima por seu amigo implicante e não queria provocar uma discussão com ele.

– Na banheira?– Respondeu ele no mesmo tom. – Você me parece calma, é estranho, não esperava isso de você... Eh, me diga o que devo ordenar para Yuri e sua trupe?

Aiko recolheu-se a pensar, pois o polegar perto dos lábios e antes de transparecer a mania ansiosa, decidiu qual seria a decisão que iria tomar, sem nenhuma segunda opinião.

– Se algo...Como você disse acontecer, não quero que os ghouls e nem Yuri interfiram.

– Você enlouqueceu, Aiko!– Esbravejou Kino em meio aos barulhos de água sendo jogada. – Mina pediu que eu mandasse os ghouls para a mansão como um apoio e..

– Não tenho tempo de ficar discutindo com você e eu me recordo o que Miazaki-san disse.– Aiko o cortou ao adentrar no corredor oeste de seu quarto. – Nós apenas temos ordens de "a" proteger e isto que apenas faremos. – Declarou ela entre murmúrios.

Shimizu tinha como prioridade chegar no quarto em que Eva tinha sido realocada, deixaria Rei com ela, ter aquele ser consigo agora poderia ser reconhecido como vantajoso, mas teria que o achar primeiro.

– Kino?– Chamou Aiko, não tendo certeza se ele ainda estava na linha.

– Hãn?Sim, eu apenas fiquei pensativo escutando você...– Explicou ele ainda parecendo distante. – Espero que não venha me importunar depois de ter concordado com essa sua decisão suicida!