Distinct Origins - Diaboliks lovers (AU)

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Verde, amarelo e vermelho, estando exposta no mundo onde não conseguia falar, o breve calor do quase meio do dia aquecia seu encontro para o distante, os elementos da madrugada ainda a intrigava no correr dos segundos que adentrava pelas ruas da cidade. Situações desconfortáveis tinham sido despertadas, algo imaculado dentro de sua consciência a provocava a voltar onde uma parte do que queria fugir estava correta.

Foi de uma hora até chegar ao centro Yokohama desde que abanou K, Aiko parou de pensar a respeito do ocorrido durante a madrugada, seu tempo agora valia muito que mesmo parada frente ao posto de gasolina não iria abastecer, o carro seria deixado ali e apenas levaria o que era realmente dela. Seguindo até o banheiro logo a esquerda da loja de conveniência, encorajou-se por fim a encontrar-se frente a frente ao reflexo no meio da imensidão de azulejos brancos, o que viu pouco fez questão de julgar, assim esperando a água encher a pia diante de si e desta forma mergulhando o rosto inteiro como se estivesse afogando seus próprios gritos, seus cabelos se umedeciam aos poucos e suas mãos agarram firmemente a beira da pia, quando elevou o rosto a única coisa que fez foi esbanjar sabonete líquido por seu pescoço e sentir ardência em resposta, depois nas mãos e sobre as bochechas, estava ansiando por um banho e por um tempo sentir o cheiro de lavanda valeria até chegar na casa de Richter.

Tirando das sacolas tudo que precisaria, enxugou rapidamente o cabelo com uma toalha de mãos, amarrou a barra da blusa, cobrindo os rasgos, assim repôs as bandagens tendo a atenção as pontas de seus dedos onde envolvia as ataduras sobre eles, e acabou notando pigmentos verdes dentro de suas cicatrizes, deduzia o óbvio, que como uma vez que tentou controlar um familiar e o sangue dele se fundiu ao seu controle através delas, seria muito possível que esta teria sido sua maneira de defender-se. Aiko parou para analisar mais uma vez cada detalhe de sua situação, o casaco azul que se degradava, a calça de abrigo suja de terra e a camiseta ainda com indícios de rasgos na região da gola, as mechas de cabelo com frizz e os lábios machucados pelo frio, realmente parecia que tinha saído de um guerra.

No momento nada poderia fazer a respeito de suas condições, bebericar um pouco de whisky para tirar o gosto de sangue do paladar e pegar a bolsa de nylon, precisava sair logo dali, mesmo que sua única bagagem fosse muito fácil de ser rasgada e danificada, mas serviria por um tempo para guardar suas coisas durante sua segunda viagem.

– Espere um segundo, vou ao banheiro. – Avisou uma voz vinda do outro lado da porta.

Não dando nenhuma brecha para que Aiko saísse de seu campo de visão, a presença desconhecida adentrou o ambiente, de excêntricos óculos circulares, roupas escuras e bijuterias volumosas e coloridas sobrepostas, o que mais lhe chamava atenção era a echarpe alaranjada que cobria um pouco de seus cabelos e as luvas de couro amarelas, humanos do japão não se vestiam daquela forma sem que quisessem serem julgados.

A mulher engoliu em seco ao constatar quem estava à sua frente, quase voltou para trás.

– Viscondessa Shimizu. – Cumprimentou ela após se reverenciar e tirou os óculos para mostrar mais respeito diante da sua então superior. – Meus pêsames por Karlheinz-sama.– Desejou no instante que teve a atenção.

Aiko assentiu, se encontrava envergonhada por ter sido reconhecida pelo seu título naquelas deploráveis situações que mal se importava com mais uma evidência da morte de Tougo,pois por um segundo apenas queria enganar-se, acreditando que a desconhecida não a estava olhando com piedade.