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O ambiente de ar seco estava calmo e nada agradável, o céu estava nublado anunciando que poderia chover novamente. Não havia diferença alguma naquele roseiral, os empregados limpavam o chão das pétalas secas e elevam a poeira para os lados. Eram muitas pétalas de rosas brancas no chão, deixando o destaque naquela imensidão esbranquiçada para as perseverantes rosas alaranjadas.


Passos proferidos por uma das calçadas do roseiral, miados de inexistência, eram para as duas ficarem longe uma da outra. Aiko implorava para que Lilie parasse de a seguir. A perseguição da gatinha tinha começado minutos atrás, quando Aiko havia a encontrado olhando para o nada em uma trilha para a floresta, a sensibilidade que ela tinha a luz dificultou a identificação no momento do que presumia ser uma armadilha para morcego mal feita.

– Eu não posso voltar naquele lugar, Lilie!– Respondeu ela para o desespero do animal. – Vá miar nos ouvidos de seu dono.

– Aiko, desista, ela não vai deixar você.– Disse Miazaki impedindo que a prima corresse mais um pouco para longe. – Ela percebe que você a "escuta" e quer sua atenção.

Mina estava mais serena que o normal, estava calma tragando o seu segundo cigarro. No início daquela tarde ela optou por colocar um de seus vestidos de inverno, mas utilizando mangas longas dobradas, sua estima pelo azul escuro era visível e aceitação da despigmentação de sua pele também, as manchas do vitiligo estavam mais presentes seus braços e pernas, detalhes estas que ela outrora não gostava de amostrar.

Cansadas de ficarem caminhando por aquele labirinto, Mina e Aiko se sentaram em um dos bancos de ferro para descansarem.

– Nunca tinha visto um gato assim...– Shimizu observou Lilie se acomodando em seu colo.– Será que Shuu vai colocar os irmãos Mukami cuidarem de Eva, Miazaki-san?

– Ele seria um idiota se fizesse isso.– Miazaki revirou os olhos com desdém.– Kino falou que Yuuri amparou um dos líderes dos rebeldes, que atacou Ruki semanas atrás e depois de mordê-lo morreu dias depois nas imediações de Rotigenberg.

Aiko elevou as sobrancelhas, surpresa com a informação.

– Ghouls decentes de lobos são muito frágeis a doenças.– Reafirmou ela para a prima. – Às vezes tenho que concordar com o decreto separatista do meu pai, Richter tinha sua administração desastrosa, mas isso nunca aconteceria se ainda estivesse na liderança.– Aiko suspirou com pesar. – Beatrix é uma ministra justa, mas ninguém parece confiar nela.

– Não é culpa dela.– Defendeu Mina.– Ocupar o cargo de herança de sua família e depois tentar apagar os anos que foi casada com Tougo está sendo difícil...Beatrix está tentado.

Ambas se entreolharam e relembraram divertidas, que a presença delas na mansão era uma dessas ações independentes para sanar a situação de caos.

– O clã Mukami tem agora muitas limitações...Ruki, bem... – Aiko ajeitou os óculos no rosto. – Mas cedo, Yuuri disse que Kino estava em uma reunião e que ficaria muito feliz por voltar a falar com Laito depois de anos.

Miazaki deu uma risada anasalada.

– Não imaginava que os dois eram próximos...

– Laito é muito famoso naquele lugar. – Comentou Aiko ao acariciar Lilie que ronronava em seu colo.– Embora que aqui seu trabalho de acompanhante seja mal visto, lá é aclamado.

Ao longe Komori se avistava, ela caminhava na sombra de um guarda-chuva cor de rosa e ao seu lado estava Mukami Azusa. Mina e Aiko acharam aquilo um tipo de afronta, ele a estava escoltando e não sendo amigável.

Distinct Origins - Diaboliks lovers (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora