Repercutir Sons: 16;27

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Humanidade simulada, impotência e lugar ameno, onde o ardor do sol não adentrava, tons baixos de voz mesclados ao ritmo sinfônico de jazz do rádio decadente, a concórdia colocava as cartas na mesa e sem censura assuntos relevantes se mostravam. O tecido acolchoado da cama servia de apoio para os naipes e não existia blefe.

Passatempo proposto para evitarem mais incômodos, os soldados haviam sido petulantes o bastante com os três, quando os encontraram pelos corredores, mesmo alegando que estavam sem poderes destrutivos foi ordenado para que eles voltassem para o quarto. A reunião com Eva ainda decorria e a presença dos senhores do mundo demônio emanava por todo castelo Blutschutz, argumento que os subordinados usaram para manter Aiko e seus primos dentro do quarto, depois da prova que eles conseguiam ser extremamente perigosos os lobos não apresentavam mais aguarda baixa, estavam até com posse de adagas presas em seus cintos.

– Você diz que a parte do japão onde a mansão ficava está um caos.– Kanato mostrou interesse no assunto da prima enquanto pensava em comprar mais uma carta.

– Quando eu sai com o carro pela estrada quase bati por causa dos rebeldes. – Acrescentou Aiko.– Praticamente parecia um filme de desastres naturais... Eles estavam muito fortes.

– Envenenados. – Ayato corrigiu colocando um nove azul no montinho diante deles.– Os fundadores mandaram envenenar metade com um vírus e depois alegaram ter sido o velho que criou especificamente para conter a onda de ataques.

Ayato estava sério e não tirou os olhos de suas próprias cartas,não gostava do próprio pai, por motivos muito mais densos que poderia ser imaginado, e tinha ódio como as coisas que ele fez respingava na sua imagem também, durante seu "julgamento" os nobres passaram a crer que aquela atitude havia apenas partido de Karl e apoiaram Carla no mesmo instante.

– Eles são muito burros.– Xingou Aiko envolvendo os braços na almofada de veludo.– O que a maioria dos rebeldes querem é igualdade de direitos que Karlheinz nunca propôs, acham que podem negociar isso sequestrando alguém importante e o grupo deles são subdivididos e os mais jovens que conduzem. Acho que os fundadores poderiam fazer um acordo de paz, porque o alvo nunca foi eles, alguns mestiços até mandavam cartas para Shin dizendo gostar muito dele.

Kanato e Ayato se entreolharam.

– Yumeriko, às vezes eu esqueço que você "trabalhava" para eles.– Um sutil gesto infantil de fazer um beicinho com a boca, satirizando a situação.

– Ela é um sete um, Kanato.– Pontuou Ayato observando o irmão comprar mais uma carta.

Aiko elevou um canto da boca quase rindo da própria verdade.

– "Trabalhou" para uma grande quantidade de gente dissimulada. – Kanato colocou a carta coringa e mudou a cor para verde.– E nosso irmão hoje em dia se encaixa nessa característica.

– Eu não estou seguindo as ordens de Laito!

Kanato franziu o nariz quando Ayato o fez comprar mais duas cartas.

– Você o acordou. – O sakamaki alterou a voz e mudando de humor bruscamente. – Pedi para não fazer isso.

Aiko e Ayato sabiam que ele estava se controlando todo aquele tempo, por causa do presente respeito que tinha por Yui e que certas coisas eram de "familia demais" para serem ditas na frente de uma pessoa que não pertencia a ela.

– O seu irmão acordou porque existe algo de Adão nele, não foi culpa minha, isso é uma coisa que provavelmente atrai os inimigos que sabem os artifícios certos para o achar e que consegue ser mais forte que nossos poderes.– Afundando os dedos na almofada Aiko virou o rosto para o lado oposto onde Kanato estava, parecendo ainda pensativa.– Vou dizer a vocês que eu tentei evitar a volta para esse lugar, mas na minha própria concepção ele nunca esteve dormindo, apenas fingindo que estava ignorante.

Distinct Origins - Diaboliks lovers (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora