Azáfama dos minutos: 20...

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 Era como um lugar estranho, que não chegava a ser desconfortável apenas estava sendo iluminado com o reflexo de cristais. Azáfama¹ adentrava a mansão, os donos, ausentes como o habitual, mas seus olheiros debruçados sobre o corrimão do segundo corredor, que recomendados observavam a tudo e faziam breves cortesias aos convidados íntimos da família.




O que era para ser uma simples conversa de Laito com o pai, acabou se tornando um evento que antecederia a coroação de Eva. Era visível o despreparo dos empregados, que trabalharam às pressas para deixar apenas o salão e as áreas aos seu redor impecáveis, as entradas dos demais corredores e cômodos estavam fechadas, uma escolha inteligente de Shuu para esconder qualquer dano e evitar acidentes com bisbilhoteiros. Em uma conversa nada convencional com Mukami Yuma, Shuu o ordenou que ele fizesse uma certa vista grossa com pessoas que pareciam interessadas de mais em saber de Laito.


Do silêncio à os aplausos, e não era por Karlheinz pois ele não havia chegado.


Mina ficou minimamente boquiaberta, quando a voz de Yuma era abafada por seu temor e pelos aplausos, ela e Shuu se entreolharam, surpresos com a proporção de felicidade daqueles desconhecidos com a presença dos dois juntos.


Eles trajavam a mesma coloração bordô que os demais, mas a cor preta prevalecia deixando o vermelho escuro para pequenos detalhes, tanto no fraque de Shuu quanto no tecido do vestido de veludo de Mina se destacava o neutro. Sendo anfitriões eles desceram até o salão, despojando simpatias e como medo não desvinculam do braço um do outro, discretamente por suas razões,ficavam de mão dadas caso houvessem que se afastar, como um certo cuidado que tinham em demonstrar que estavam desconfortáveis no meio daquela multidão de bajuladores.


Quando Aiko e Kanato foram anunciados por Yuma, as pessoas tiveram suas atenções e murmúrios calados. Dois extremos opostos, lado a lado e que diferentes de Shuu e Mina, disfarçavam seus temores, como suas cordiais personalidades diante do público, se referenciam diante dos convidados. Não se diria que eles eram a personificação da força física daquele clã, mas eles realmente se portavam e vestiam-se como tal, Aiko utilizava um básico vestido de veludo bordô e uma capa de couro média com detalhes sobreposto a corrente de prata que caia sobre seu busto, enquanto a Kanato que petulantemente insistiu para usar o colete de couro preto sobre uma camiseta de botões vermelha escura, uma capa de ombro e uma calça social. Tanto um como outro foram fervorosamente aplaudidos quando Mina se manifestou.


Como de costume as bebidas foram servidas quando Kanato e Aiko se acomodaram em seus lugares no segundo piso.


– Me conte algo que não sei Yumeriko. – Murmurou o Sakamaki apoiando o cotovelo ao braço da poltrona.– Por baixo de todos estes adereços no seu cabelo existe pensamentos confusos, certo?– Ele pois o queixo sobre a palma da mão, mostrando-se interessado no que a prima diria.


– Estou me martirizando, Kanato.– Comentou ela a meia verdade.– E não digo isso porque espero sua compreensão. As coisas começaram a funcionar corretamente a partir de agora.– Repetiu Aiko as últimas palavras de Miazaki antes de entrarem para o salão.–E eu não quero falar sobre isso ou você quer escutar as minhas lamúrias, quer?– Brincou ela.



– Não, não Yumeriko, já me basta escutar daquele bastardo do Mukami.– Kanato jogou-se para trás.– Eu só queria dizer que não acho que Laito tem capacidade para ser um rei... – O olhar dele parou pela movimentação logo abaixo.– Ontem quando fui ao quarto de Laito pegar umas roupas, tive que fingir não ver os cacos de vidro da janela. Ele estava com aquela expressão de quando vê uma...aqueles bichinhos. – gesticulou Kanato com os dedos as patinhas de uma barata.– Que isto não saia daqui, mas meu irmão mais velho não saberá o que fazer sem mim e Ayato.

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