Escala idõnea: 04:22

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Cinza, amarelo e pouca vista do fim, não estava em uma utopia, onde um simples avanço de estrada forneceria a paz e harmonia por uma trajetória toda, cercada de pequenos tumultos que causavam grandes alvoroços, a incerteza das duas horas começaram que se converteram em cinco, acabavam fazendo suas alternativas fundiram-se com a sua impaciência, que por vez, iniciou uma manifestação de vibrações altas entre os veículos enfileirados.

Entre os intervalos ela e seus atuais companheiros de travessia aguardavam, logo se manifestavam novamente com as buzinas, Aiko não estava sozinha naquela situação, os humanos também encontravam-se aflitos, uma inquietude do medo pairava sobre seus nervos. Apreensivos, começava a ser possível escutar a vida cardíaca das pessoas vizinhas ao carro, sensação provocativa para um ser que não bebia sangue a dias e que a cada minuto ficava mais pressionado em um ambiente pequeno. Estalar os dedos, alongar-se e bater as costas contra o banco não a fazia parar de sentir.

Não conseguia pensar com coerência, suas atitudes até chegar aonde se encontrava começavam a ser questionadas, que com esforço apoiou o rosto no volante e fechou os olhos com força, quando mergulhou seus globos oculares no esbranquiçado verde e as pontas de seus dedos manifestavam os traços de sua verdadeira forma, Aiko se entregou aos extintos.

Na estrada ao lado a polícia rompeu o tráfego, fazendo com que os carros abrissem passagem abruptamente.

A acabando por morder seus próprios lábios, seu verdadeiro evidenciou o que a mantinha imortal;da pele cor de piche se emergia parte de seus ossos com uma coloração cinza enrijecida, o rosto era mesclado a feições onduladas que pareciam arranhões, principalmente na região dos olhos, onde carregavam marcas profundas de tristeza com as pálpebras caídas e violadas por perfurações de agulhas, a ferida que jamais iria sarar, remexendo as mãos Aiko sentia os acúleos¹ emergirem, um por um cobrindo seu braço inteiro e fazendo seus ombros pesarem, a parte de si que ainda era pouco refletida no espelho dalatava que um manto negro já havia caido sobre sua cabeça e lhe poupado de ver o estado dos vasos sanguenos de sua boca e garganta.

Por um instante ela tossiu o que parecia sangue verde e sentiu nojo de si mesma, ela não conseguia mais controlar coisas humanas sendo quem era,mal poderia pegar um lenço, Aiko teria que fazer um esforço para seguir a nova liberação dos policiais. Reconhecia que não poderia se manter por toda viagem e impensadamente tomou outro trajeto, entrando em uma estrada desnivelada a sua esquerda onde o trajeto tinha sido reduzido pelos oficiais.
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As placas acimentadas da rua provocam a sensação fria de claustrofobia, quando Aiko virou a direita e adentrou no trajeto mais aberto e asfaltado, avistou uma estação Matsuda de construção e segurança, seu palpite era que estava prestes a entrar no pequeno vilarejo próximo de K aumentaram, tinha suas dúvidas que aquele caminho a levar para algum lugar, que para o acaso realmente a ajudaria. Diminuindo a velocidade hesitante se seria ou não parada pelos operários que residiam abaixo daquela monumental antena de energia, Aiko tinha consciência que precisava ser discreta, mas cogitava a ideia de os atacar. Desconversando do pensamento petulante, ela desligou os faróis do veículo, virou-se em direção a íngreme rua e seguiu pelo silêncio.

O rádio chiava baixo, os galhos curvos que lanhavam os vidros denunciavam que aquele lugar estava peculiarmente descuidado, a percepção de pouca segurança no ambiente que se unia entre folhagens lembrava muito um portal.

Impaciente, Aiko acelerou o carro sem se importar com os prejuízos. Chegando ao topo sentiu um leve solavanco vindo das rodas, tinha atropelado algo pequeno e inocente de sua desumanidade, 
porém havia chegado ao vilarejo de casas antigas, as pequenas luzes entre as ruas sinuosas brilhavam no contraste branco e amarelo, alguns gatos que atravessavam a noite param suas atenções para a presença estranha de Aiko, eles não eram como a Lilie de Shuu, tinham muito medo de seres como ela. Ao finalmente sair da sombra daquela viagem, pondo hesitante os pés sobre cascalhos, ela mal conseguiu sentir o ar da noite que seu corpo foi ao encontro do chão e o pouco que teve controle levou as mãos para não cair totalmente, sua forma havia retornado, inebriante caracterizada pelo cheiro de enxofre.

Distinct Origins - Diaboliks lovers (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora