Minutos de Remanso: 17:50

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A beira do lago cinza, a areia se misturava nos pés descalços, rezando em agonia aos céus quando a luz amena oscilava, marcante palidez agarrava-se aos ombros alheios enquanto enterrava partículas sujas entre os cabelos de sua ameaça, sem forças a dor dava espasmos sobre a humanidade. O som da cidade comum, o trincar de janelas distanciaram a intensidade que unhas afundaram na pele outrora tensa, inerente como o êxtase.







Ele envolveu suas mãos nos cabelos de Aiko com debilidade, o humano imaturo a elogiava com cortesia, seus olhos fechavam-se e sua boca gemia de dor cada vez que o coração palpitava em arritmia acelerada, envenenado pelo aroma doce do perfume dela, preferia ser um mérito de sua vida dar mais beleza a eternidade de um vampiro. Sua alma iria lenta, morreria com dor, seus lábios estavam cortados e tremiam devido ao frio da beira d água, o árido branco se misturava às roupas casuais de esporte. Aiko não havia sido sedutora apenas algo nele tinha lhe chamado uma atenção específica, não estava deliberada como a última vez assim conseguindo identificar os batimentos do coração do humano debilitado e que se esforçava para correr por uma vida saudável, anteriormente pautado como assunto entre os dois as condições de exercício físico para pessoas com problemas cardíacos.



O tecido da pele aos poucos fica gélido, Aiko misturava sua força a uma presa que morreria com melancolia.



– Primeira vez que senti uma linda Shimizu.– Proferiu o homem, o último cortejo, no fundo de sua existência ele ainda esperava que Aiko o soltasse.



Ela analisou o rosto sobre seus braços e tocou superficialmente a pele, a triangular feição de nariz redondo e lábios finos, traços bem marcados como as sobrancelhas grossas, entre a meia luz Aiko diria que o achou bonito para um norugues que sempre eram mirrados de mais. Durante o momento que ele estava sendo puxado para dentro da areia o silêncio respeitoso se manifestou após longos segundos de assacinato.



O sangue ainda borbulhava por sua garganta, mas a sede não existia mais e entre seus punhos permanecia apenas as marcas da tentativa de controle, vestígios avermelhados e úmidos.



Aiko aproximou suas mãos da beira do lago e as mergulhou, imune ao romper a temperatura ela afundou entre as partículas de natureza do lugar. O pensamento de tentar se livrar das marcas de sua violência. O rapaz jamais voltaria de sua caminhada e como quase todos os moradores da cidade tinha conhecimento que em algum dia poderia acontecer aquilo com ele.



Yumeriko


Laito.



– Ele foi embora.– Respondeu ela para o vento que sussurrava nos seus ouvidos.



Retirando as mãos da beira e traçando o olhar entre os machucados de seus dedos sendo fechados, Aiko passou parte da barra da blusa na boca para retirar qualquer vestígio seco de sangue, o que ela anunciou servia mais como um desejo dela mesma. Aiko tinha tempo para pensar sem a inconstância de Laito a sua volta, a voz que a chamava não era nenhuma ilusão feita por um impostor e Kanato poderia estar ainda encarcerado no Eden, lugar este coberto por poder possibilitando a conexão entre os dois, uma simples semente de glicínia os unia. Aiko odiava esses artifícios invasivos, que usavam para comunicação, sentia muito não poder devolver na mesma moeda, Kanato sabia onde ela estava porque pela primeira vez tinha sido previsível aos olhos dele, entre muitas celas no Eden ela acreditava que não era escutada quanto respondia. Calçando suas botas de chuva, Aiko se preparava para entrar no cais e beber algo doce, sem se sentir arrisca avançou pela curta rua de esportes em destino as luzes amarelas do comércio.

Distinct Origins - Diaboliks lovers (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora