O céu sem nenhum vislumbre estrelado, um carro estacionado no acostamento da estrada de meia luz amarelada, e um amontoado de sacolas nos bancos de trás, entre a reles luminosidade do veículo, se escutava resmungava a pouca vontade escorada em seus próprios pensamentos. Tinha apenas uma chance de ficar viva e era quase como morar em um carro.
Remexendo o próprio corpo e alongando-se o quanto conseguia, Aiko abriu os olhos, certificou-se que onde estava não tinha perigo de ser observada, era visto que a única coisa que tinha para distrair seu paladar seria carne seca com chá de hibisco de coloração avermelhada desbotada, alimentos que quase não a sustentaria, e não sabia se conseguiria engolir, e também estava muito óbvio que sangue seria a penúltima coisa que conseguiria.
Os minutos passavam, marcados no relógio digital do carro, a medida que sentia o sabor quase que mergulhado em aromatizantes e bebia amarguenta de uma garrafinha de chá, divagava com esperança o momento que voltaria a falar, precisava sair de Yokohama, a cidade não era tão segura, e tinha algumas alternativas viáveis para que não chamasse atenção e nem se intromete-se em um conflito parecido com que tinha presenciado.
Voltando a estrada e sendo instruída a ser cautelosa, Aiko dirigiu na mesma velocidade que as placas requeriam.
Apenas se escutava o passar dos carros na via de mão dupla ao lado, os faróis brancos e amarelos, caminhões carregados cruzam em uma velocidade maior, diante da sua boa e recém desperta audição, era possível escutar as partículas de pedras sendo jogadas para longe cada vez que uma roda as atropelava, os murmúrios das conversas dos viajantes aos seu redor, escutava os batimentos cardíacos e o quão acelerados alguns estavam.
A ponta de seus dedos afundaram no revestimento do volante,
Olhando para seu redor sentia que algo muito ruim estava por perto,
De repente seu corpo paralisou.
– Aiko que bom que fizeram você lembrar de mim. – Sussurrou a voz que aos poucos tomava forma ao encostar-se em seu objetivo.
Estava sendo demais até para quem nunca a tivesse conhecido, um reencontro indescrito que apenas um espelho retrovisor presenciava:
Hana
Rosto acinzentado e circular
Braços e corpo esguio de quase uma aparência doentia
Olhar semicircular azulado que se dissolvia em partículas de cinzas
E cabelos lisos que lhe caíam sobre os ombros
Vaidosa como quase sempre era, suas unhas estavam longas semelhantes a pontas de agulhas.
Não era a mesma Hana que se escondia nas sombras do quarto do filho apenas por zelo.
– Aiko-chan – Disse ela em um braço, a sensação de afeto vindo de um fantasma era estranha. – Ligue o rádio, ligue!
Mesmo não entendo a razão o aparelho foi ligado, chiado atrás de chiado até encontrarem uma estação.
"Dado como desaparecido nos últimos sete dias é encontrado o corpo do então candidato a reeleição Sakamaki Tougo"
"É uma absurdo Utai-san, nossa cidade está se tornando um antro de acontecimentos ruins!"
"Um bom homem ele era. Não tenho como descrever o pesar que tenho ao confirmar essa esta notícia"
Um momento de silêncio que presenciava a impactante notícia, inesperado e um pouco duvidoso, Aiko não sabia se acreditava ou não, Hana permanecia ao seu lado com morbido sorriso escuro nos lábios.
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Distinct Origins - Diaboliks lovers (AU)
FanfictionEm meados de 2012, a jovem Komori Yui, namorada do prodígio poeta Mukami Ruki, se hospedeou na mansão dos herdeiros do governate da elite vampira. O que pouco tempo depois, acabou marcando o retorno das duas últimas mulheres que possuiam vinculo san...